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segunda-feira, 29 de julho de 2024

ALEGRIA - UM INGREDIENTE NECESSÁRIO AO CRISTÃO

 

Em primeiro lugar, não podemos seguir Jesus por muito tempo se não o conhecermos e entendermos quais são os seus ensinamentos. Para tanto, é necessário que examinemos a Bíblia, visto que ela testifica sobre a pessoa de Cristo - Jo 5.39  

Jesus e o jovem rico: A Bíblia diz que quando o jovem confessou que seguia todos os mandamentos de Deus,  Jesus o amou. E, justamente por isso era necessário que nada o impedice de segui-lo. Aquilo que para muitos era só bens materiais, Cristo sabia que era um grande impecilho para o moço segui-lo, pois ele estava "preso" às riquezas. Por isso exigiu que o jovem se desfizesse daquilo que, em seu coração,  deixava Deus em segundo lugar:.  Enquanto a riqueza fosse um bem supremo para ele, Deus não teria liberdade de agir em sua vida. Por isso Jesus lhe revelou que só após se desapegar do tesouro terreno, ele teria um tesouro no céu. E o jovem se retirou TRISTE. Sua alegria não estava em obedecer a Deus, mas em suas posses materiais. Sem elas ele não sabia ser feliz. Leia Mc 10.17-22.

O Evangelho descrito na Bíblia pressupões renúncia - Se não soubermos nos desapegar das coisas desta vida, seja objetos, animais, trabalho, pessoas, ou qualquer outra coisa, nunca seremos plenamente usados por Deus. Faz parte da vida cristã renunciar a tudo para que Cristo seja a primazia em nossa vida - Lc 9.23; Mt 10.37. A tristeza do jovem consistia no fato dele querer Deus e seus bens, e isso não teria problema algum se as riquezas não fosse um ídolo para ele, ou seja, se ele não tivesse depositado sua segurança, esperança e alegrias no que possuia mais do que em Deus. Só conseguiremos alcançar a alegria completa em Cristo, quando ele for o nosso mais valioso tesouro, pois as coisas dessa vida são transitórias, passageiras e sempre deixará lacunas em nossa alma. Leia o que Jesus disse sobre isso: Mt 6.19-21.

Vem, toma a tua cruz e segue-me:   Cruz é símbolo de morte, e só consegue seguir a Jesus quem já morreu para si mesmo. O apóstolo Paulo se expressou muito claramente, usando a analogia da cruz, ao dizer: "Já estou crucificado com Cristo, agora já não sou eu qem vive, Cristo vivem em mim" - Gl 2.20.

Jesus sabia a dificuldade daquele jovem em largar tudo o que tinha para se dedicar a Deus, pois Cristo mesmo já fizera isso, e sua perda foi infinitamente mair do que a de qualquer um que abandone toda a sua fortuna, visto que ele trocou seu poder, sua glória e majestade para se humilhar a forma frágil e débil de uma criatura sua, finita, e, além disso, nasceu num lar pobre. Ele sabia muito bem o que é ter tudo e se ver sem nada. No entanto, a única coisa do qual reclamou foi no momento de sua crucificação, quando perguntou: "Pai, porque me desamparastes?" Deus era a única perda que Jesus sentiu muito e se entristeceu. Será que esse é o nosso caso? Ou fazemos parte do grupo que pode perder a presença de Deus desde que as coisas materiais não lhes sejam tiradas, a exemplo daquele jovem rico da narrativa bíblica?

Deus exige posicionamemento por parte dos seus servos - Jesus contou uma parábola sobre a responsabilidade de se tomar uma decisão. Em sua narrativa, ele propôs que nenhuma decisão deve ser precipitada, pois para qualquer projeto que se tenha interesse em realizar é necessário se sentar e pensar sobre o que se quer fazer, seja uma torre ou guerra, pois em qualquer situação, a ideia do empreendedor é ser ter vitória sobre o que se pretendeu conquistar. Depois, Jesus faz um paralelo entre essa história e a escolha em o servir. Ele deixa claro que servi-lo tem um preço e nem todos estão dispostos a pagar. Logo, conclui o Mestre, analise primeiro, para você não parar no meio do caminho e ser motivo de chacota para os que te observam. É isso, a salvação é adquirida de graça, porque Cristo pagou o preço, mas servi-lo nos custa tudo o que temos, pois ao nos entregar a ele, tudo o que é nosso passa a ser dele e nos tornamos apenas mordomos - Lc 14.27-33.

A alegria do Senhor é a nossa força - Muitos cristão da atualidade, ao pensar em alegria, não consegue desvincular a palavra de coisas dessa vida (bens, dinheiro, amigos, família etc.). No entanto, ao falar da posição em que seus discípulos deveriam assumir no tocante a serem servos, isto é, Cristo neles e eles em Cristo, e de outras observações que o Mestre fez sobre como ser seu discípulo, Jesus abriu um parênteses na explicação para dizer que o propósito daquelas admoestações era para que seus seguidores pudessem usufruir da sua alegria  a fim de que a alegria deles fosse completa - Jo 15.11Percebe que a única alegria que nos completa, segundo o próprio Senhor Jesus, é a alegria que emana dele?

Neemias (8.8-10) , juntamente com Esdras, ao reunirem o povo para ouvir a lei de Deus, e, enquanto ouviam a Lei do Senhor que outrora haviam rejeitado e, por causa disso, foram exilados por anos como cativos de Babilônia, choravam muito por reconheceram o seu pecado para com Deus. No entanto, Neemias, Esdras e os levitas que estavam liderando o povo ensinando-lhes novamente as palavras da Lei, repreenderam o povo por estarem tristes diante do Senhor, e ordenaram que comessem, bebessem e exigiram que estivessem alegres na presença do Senhor. O salmistano Sl 100.1,2 mostra bem essa realidade ao exortar o povo a adentrar  na casa de Deus com alegria.

O reino de Deus é alegria - No novo testamento, o apóstolo Paulo faz uma importante observação ao dizer aos irmãos de Roma que o reino de Deus  não é constituído de coisas materiais e naturais como comida ou bebida, mas é constituído por justiça, paz e alegria no Espírito Santo - Rm 14.17.

 Alegria no Espírito Santo: é de fundamental importância o complemento dessa frase "alegria no Espírito Santo", pois estamos acostumados a buscar alegria em muitos lugares, porém, talvez não tenhamos observado que no Reino de Deus a alegria deve ser buscada no Espírito Santo de Deus. Ele conhece a mente de Cristo e nos leva por caminhos que nos assegurará a verdadeira e completa alegria que Jesus reservou para seus discípulos. 

O salmista, no Sl 1.1,2 diz que bem-aventurado, isto é, feliz é a pessoa que tem o seu prazer na lei do Senhor e medita nela de dia e de noite.  Ao nascermos de novo nossas fontes de alegria também deverá mudar, e assim como Jesus diante da pergunta dos discípulos sobre se ele não estava com fome, a resposta do Mestre foi: "" minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou" - Jo 4.33,34Ou seja, Jesus estava dizendo, em outras palavras, que o que lhe causava alegria era fazer a vontade de Deus, mais do que alimentar o seu corpo. Se  não vivemos em NOVIDADE de vida, que boa NOVA iremos pregar?

 Alegrai-vos sempre no Sr - Em Fp 4.4,  apóstolo Paulo admoesta os irmão da cidade de Filipos dzendo-lhes: "Alegrai-vos sempre no Senhor". Além do imperativo "Alegrai-vos", Paulo frisa que isso deve ser SEMPRE e também deve ser NO SENHOR. 

Ao dizer a palava sempre, o apóstolo aos gentios (Paulo) estava esclarecendo aos irmãos que a alegria deles não pode ser circunstancial, ou seja, de acordo com o momento em que estão vivendo. Eles deveriam sempre estarem alegres. Olhando a grosso modo isso parece algo impossível, não é mesmo? No entanto, essa impossibilidade seria real se a alegria da qual ele se referia fosse uma alegria pautada nas coisas dessa vida. Mas, um olhar  mais atento há de observar que ele falava para se alegrarem sempre NO SENHOR.  Isto é, com a alegria completa de que Jesus disse em Jo 15.11 - a alegria que só ele pode dar.

Essa alegria é inesperada e acontece sem a gente programar, apenas aquece nosso coração e lança fora a tristeza. Dois discípulos de Jesus experimentaram dela em uma tarde em que estavam voltando entristecidos pela decepção de terem confiado que Jesus haveria de ressuscitar e, até aquele momento, nada tinha acontecido. Foram até suas casas contando suas decepções a um viajante que "pegou carona" na estrada com eles, até chegarem em casa. Convidaram o acompanhamento para entrar devido ao perigo da alta hora em que chegaram em suas casas, e na hora em que serviram o pão, o visitante o partiu e agradeceu a Deus. Então perceberam que era o Senhor. E a observação deles foi que durante todo o trajeto em que conversavam os seus corações ardiam. Ou seja, eles sentiram algo diferente do comum, do natural, porque, apesar de estar tristes e desanimados, a presença de Jesus lhes trouxe uma experiência sobrenatural. E tão felizes ficaram que se animaram, e, sem se lembrarem dos perigos da noite, voltaram todo o caminho que a pouco percorreram para contar aos outros seguidores de Cristo que ele havia ressuscitado sim. Leia essa história em Lc 24.13-35

O Evangelho é boas novas de alegria - Se formos crentes tristes não teremos condiçoes de anunciar as boas novas do Evangelho porque elas são novidades alegres, sua mensagem traz alegria, conforme os próprios anjos anunciaram a Maria que ela seria mãe do Salvador do mundo, dizendo-lhe: "...estou te trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo" - Lc 2.10.

JESUS NOS ENSINA COMO AGIR PARA SERMOS FELIZES:

Pensando no hoje: Em Mt 6.33, 34 vemos a narrativa de Jesus dizendo que não devemos nos preocupar com o dia de amanhã, pois assim como Deus cuida das flores do campo e dos pássaros, isto é, assim como ele sustenta a natureza, ele provê as nossas necessidades. A ansiedade é um dos fatores que, na atualidade, vem causando diversos males a nossa saúde física e mental, e ela é resultado de nossas muitas preocupações com o futuro. Mas, de acordo com o Rei do Universo, basta fazermos a nossa parte que do resto ele se responsabiliza. O salmista compartilha essa certeza conosco no Sl 125.1, ao dizer que "Os que confiam no Senhor... não se abalam"

Enquanto não confiarmos no que o Senhor nos revela em sua Palavra não temos nenhuma boa nova a anunciar.

Que o Espírito Santo de Deus nos esclareça quem é o Deus a quem servimos para que, tal qual Geasi, possamos ver que há mais conosco do que com qualquer coisa ou ser  que venha tentar roubar a nossa alegria.

No amor de Cristo,

Leila Castanha

23/07/24

 

sábado, 29 de junho de 2024

A OBRA SOCIAL NA IGREJA


O que é  Igreja?

O termo “igreja”, vem do original grego eklesia, que significa chamados para fora

Amor à misericórdia e atitude devem ser característica da Igreja - Esse tema é importante porque muitos cristãos estão acostumados ao conforto do templo e não se importam com os necessitados de dentro nem de fora dele. No entanto, é necessário que entendamos, conforme vemos em Mc 16.15, que,  nesse versículo, a primeira ordem de Jesus aos seus discípulos foi IDE, isto é, eles deveriam se mover em busca dos que necessitam de Cristo e não ficarem relaxados dentro de quatro paredes. Outra ordem dada ao povo de Deus é que, não apenas seja misericordioso, mas que ame a misericórdia - Mq 6.8. Amar a misericórdia é muito mais que praticar boas ações, é amar o que se faz, é ajudar por prazer, é auxiliar o necessitado com alegria. Como ensina o apóstolo Paulo em Cl 3.232 Co 9.7

Assim como toda lei, o não cumprimento do agir com misericórdia resultará em castigo, pois em Tg 3.13, o apóstolo alerta os cristãos que receberam sua carta de que “o castigo será sem misericórdia para os que não praticam a misericórdia”. Da mesma forma, Jesus afirma que quando ele vier julgar o mundo, os que não socorreram os necessitados sofrerão punição, pois ao não cumprir seu mandamento de amar o próximo como a si mesmo,  ignoraram o próprio Jesus - Mt 5.31-40.

A igreja aprendeu errado sobre evangelizar: O Pr Juan Carlos Ortiz  satiriza a atitude da igreja dizendo que qdo os cristãos cantam o hino: “vem já, vem já, alma cansada vem já”. Eles estão cantando errado, a letra certa seria: Vão já, vão já, ó preguiçosos vão já. Somos nós que temos de ir atrás das almas perdidas e não ficarmos sentados esperando que elas venham ao templo para encontrar Cristo.

Tiago diz -1. 27- que “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo”. Veja bem que a palavra visitar pressupõe que precisamos nos mover para fora do templo e de nós mesmos.

A palavra pura, nesse sentido é aquela que é original, a verdadeira. Mas essa visão de Tiago sobre a religião verdadeira não é sob a ótica humana, mas para com Deus, o Pai. Há muitos tipos de religião criada pelos homens: as benevolentes, que dão esmolas e fazem caridade e as espirituais, que se concentram em viver uma vida casta, longe do pecado. Mas, de acordo com Tiago, nem uma nem outra é a original, a que Deus ordenou, pois a verdadeira religião é a soma das outra duas: ser benevolente, amar a misericórdia, mas também ser pura, separar-se da corrupção do mundo.

Uma vez entendido isso, nesse estudo iremos nos ater no primeiro tópico: visitar os órfãos e as viúvas em suas necessidades.

1. A religião verdadeira é a que pratica a obra social

Visitar os órfãos - crianças desamparadas (incapazes de viver só). As crianças não tinham valor naquela sociedade daquela época. Sem os pais, eram praticamente nulos da sociedade. Perceba que adultos levaram as crianças para serem abençoadas por Jesus e os discípulos as repeliram como se fossem meros empecilhos. Jesus sempre teve uma queda pelos infortunados, pelos rejeitados, pelos que viviam à margem da sociedade.

Visitar as viúvas - as mulheres, naquele tempo, eram dependentes da renda do marido, além de precisarem da proteção masculina, do pai, irmão ou marido, pois elas não podiam trabalhar, seus afazeres se resumiam a cuidar da casa e do lar. Se a mulher  não tivesse um homem que a amparasse, ficavam desamparadas e eram mal vistas pela sociedade. Por isso, o desespero maior de Marta e Maria por perderem o irmão Lázaro. Do mesmo modo, as mulheres não podiam falar em público, por isso quando Jesus conversou com a samaritana seus discípulos se admiraram por ele estar conversando com uma mulher. Imagine o sofrimento da viúva de Naim ao perder seu único filho! Jesus, que estava sempre atento às pessoas desafortunadas, não conseguiria ver aquela mãe em lágrimas sem fazer nada. Então, ele ordenou que o rapaz voltasse à vida - Lc 7.11-17.

Nas suas tribulações - não é a situação de órfão ou de viúva que Tiago está destacando, mas dois exemplos de pessoas que, na época, teriam problema de subsistência caso não tivessem amparo. Com certeza, ninguém alcançaria louvores por ajudar essa gente.

Assim, ambos os exemplos diz respeito às pessoas incapazes de se autossustentarem.

A Igreja nasceu para servir - Mt 20. 28 - Nós, cristãos da modernidade, estamos acostumados à igrejas que fazem tudo pensando nos fiéis: nosso conforto, nossos gostos pessoais, nossas exigências, etc.

A mãe só vai ao culto se tiver salinha para os filhos; o jovem só vai para a igreja que tem grupo de louvor; o obreiro só trabalha se for bajulado, e assim por diante.

Evoluímos financeiramente, mas regredimos espiritualmente: Tomás de Aquino, um grande influenciador do pensamento teológico e filosófico na Idade Média. Certa vez o papa lhe mostrou a suntuosa igreja e disse: “Tá vendo Tomás, hoje a igreja não pode mais falar como Pedro e João:  não temos prata nem ouro”.

Tomás olhou todo aquele luxo e depois respondeu: “É verdade, mas também não pode mais dizer: Levante e anda”.

A igreja enriqueceu. Mas se esqueceu dos pobres. Pedro e João não ignoraram o paralítico pedir “dinheiro”, eles apenas disseram a verdade: “Não temos prata nem ouro”.  Porém, não deixaram o homem sem nada, o que  tinham lhe deram: tinham o poder de Deus e usaram para libertar o mendigo de seu estado de miséria. Alguma coisa temos que ter, pois até a igreja da Macedônia que era muito pobre, os crentes fizeram questão de contribuir com alguma coisa para os crentes pobres de Jerusalém - leia 2 Co 8. 1-10.. Com esse mesmo pensamento, Cristo apontou a oferta da viúva como sendo melhor para Deus do que dos fariseus que, tendo muito, eram mesquinhos, e ela, tendo pouco, contribuía com alegria - Lc 12. 41-44.

A obra social começa com a Igreja: A Igreja primitiva também era pobre, todavia compartilham entre si tudo o que possuíam: os mais pobres contavam com a generosidade da igreja, e os mais ricos tinham prazer em ajudar, de modo que naquela igreja não havia  nenhum necessitado - leia At 4. 32-35.

Quando lemos todo o capítulo de Tiago 2, que fala sobre agir e não somente falar, geralmente nos vem à lembrança pessoas moradoras de rua ou  que vivem abaixo da linha da pobreza. Mas Tiago está falando de situações que ocorrem dentro da igreja. o tema de sua advertência é não fazer acepção de pessoas, colocando os ricos em lugares de honra e os pobres no anonimato. Tudo isso, dentro da igreja - leia os versículos 1 e 2, que observarão isso.

Não é o ato de caridade em si que importa, mas a motivação por trás dele: - Em At 5.1-10, O casal Ananias e Safira quiseram “entrar na onda, e fizeram tudo o que os outros faziam. No entanto, a motivação não era autêntica, visto que ofertaram um valor como sendo o montante total da venda de suas propriedades, quando, na verdade, mentiram o valor pelo qual venderam. Pedro repreende-os dizendo que não precisavam mentir, pois a oferta deve ser dada com liberalidade, não por obrigação. A repreensão que receberam não foi porque não deram todo o valor da compra da propriedade, mas porque queriam que os outros pensassem isso. O apóstolo Paulo faz uma séria observação sobre o ato de ofertar à igreja, dizendo que cada deve  contribuir de acordo com o que propôs em seu coração, não com desgosto por estar ofertando, nem por obrigação, mas com alegria - 2 Co 9.7. Se não for assim, melhor é não contribuir, pois Deus rejeita qualquer oferta feita de má vontade - Gn 4.5-8 (versão NTLH).

Em Cl 3. 23,24, o apóstolo aos gentios (Paulo), adverte para que “tudo o que vocês fizerem façam de todo o coração, como para o Senhor...”. Em Rm 14.7, o mesmo apóstolo diz que o  reino de deus é alegria e, em sua primeira carta aos coríntios - 1 Co 16.14 -  Paulo afirma que “todas as vossas coisas sejam feitas com amor”. Logo, ajudar por misericórdia não é suficiente para Deus, porém, como expressa Oséias no texto que lemos acima, o Senhor pede que amemos a misericórdia.

Somos uma geração antropocêntrica: O pr Juan Carlos Ortiz, faz uma crítica às igrejas atuais dizendo que nosso cultos são antropocêntricos (o homem no centro de tudo). Cantamos em pé, depois sentados p, a leitura da bíblia tem que ser rápida, a oração o mais breve possível, tudo cuidadosamente arquitetado para não cansar o povo. Todavia, nos tempo do Antigo Testamento. o povo ficava o dia todo ouvindo a Lei de Deus, homens, mulheres e até crianças - Ne 8. 2,3,8.

A obra social começa na Igreja. Observa o que Timóteo ensinava para a Igreja: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” - 1Tm 5.8

A igreja tem que sair do templo - Em Mt 5.13-16, Jesus diz que a Igreja é o sal da terra e se não salgar não vale para nada. Ouvi em algum podcast na internet alguém repetir a frase “o sal dentro do saleiro não faz diferença nenhuma”, e achei interessante essa colocação, visto que o sal só faz a sua função se misturado ao alimento. Embora ele fique invisível e ninguém o cite na composição dos alimentos, como fazemos com as demais ervas para tempero, sem ele nenhum condimento faria diferença no prato.

Assim deve ser a Igreja, não adianta  ficar pregando com palavras o tempo todo, às vezes é mais eficiente pregar com atitudes. E o trabalho social é um meio eficiente de mostrar na prática o que pregamos nos púlpitos e em nossos centros de evangelização.

Conheci um pastor que dizia que não aceitava fazer nada, a não ser viver para a Igreja. Uma parente dele necessitou de ajuda para realizar a reforma  na  casa dela, que, aliás ficava em cima da igreja cujo salão ela doou para o ministério que o pastor abriu, e o ministro do Evangelho se negou sob a alegação que parou de trabalhar fora para se dedicar somente as coisas de Deus. Na verdade, ele não entendeu nada do Evangelho. Em Gl 6 o apóstolo Paulo procura ensinar os irmãos que devem ajudar uns aos outros (levar as cargas uns dos outros), fazer o bem quando for preciso.

A Igreja tem que pregar a fé, mas demonstrá-las com as obras:

Em algum lugar, no tempo da minha adolescência, li um frase que nunca mais esqueci: “As tuas ações falam tão alto, que não consigo ouvir as tuas palavras”. E é isso o que os não crentes pensam a respeito da Igreja, no entanto, a sua falta de ação é que está fechando o ouvindo do mundo para ouvir o que ela tem a lhes dizer a respeito de Cristo. Mahatma Gandhi, um líder indiano, certa vez disse: “Admiro o Cristo dos cristão,  mas abomino o cristianismo deles”. Em outras palavras, esse grande ativista estava dizendo que as práticas de Jesus, pregada pelos seus discípulos é respeitável, mas os atuais de discípulos de Cristo não aprenderam nada com ele, além de repetir as suas palavras. Isso é vergonhoso para nós, cristãos, visto que essa palavra significa seguidores ou imitadores de Cristo.

A Igreja está confortável no templo e não quer sair dele: Iniciei um projeto em uma igreja, no qual levamos a EBD para a escola pública. Lá éramos vistos pela comunidade e os jovens que frequentavam aquela escola nos finais de semana, se interessavam para saber sobre o que fazíamos ali. Algumas pessoas que foram lá para participar de trabalhos voluntários também prometeram que nos visitaria, e, inclusive, uma das voluntárias trabalhava como supervisora de uma escola em Santo Amaro e nos convidou para levar esse trabalho para lá. Apesar de que Deus estava abençoando grandemente aquela obra, alguns líderes influenciaram os irmãos a ser contra a EBD  fora das quatro paredes do templo, alegando ser aquele espaço um lugar que qualquer pessoa podia frequentar.

Todavia, para um bom evangelista isso seria um prato cheio para cumprirmos a ordem do Mestre: pregar e ensinar os novos discípulos. Mas nem todos tinham essa visão, e a igreja voltou a se reunir com o seu grupo de fiéis, escondidos no templo.  

A Igreja Primitiva, não tinha as oportunidades que temos, então saíam para as ruas, debaixo de grande perseguição, e, ao invés de se esconderem, se expunham para que o mundo visse Cristo através de seus fiéis. Em nosso dias,  temos a bênção da liberdade religiosa e ainda assim, muitos cristãos preferem ser sal no saleiro e luz debaixo da cama.

 Tiago - 2.14-19 - explica às igrejas que de nada adianta palavra bonitas sem atitude. Deus não podia se apresentar ao povo para lhes mostrar o seu amor e interesse por eles, então enviou Jesus em carne. E, como disse Phillipe Yancey, ao tomar a forma humana as pessoas puderam tocar em Deus, cheirá-lo ouvi-lo e vê-lo, como aquelas crianças citadas nos Evangelhos fizeram, porque Cristo se vestiu de humanidade para poder ter contato conosco, criaturas suas. Agora, Jesus voltou para o céu, e essa incumbência foi dada à sua Igreja, ser os braços, as pernas, os olhos e o corpo de Cristo, a fim das pessoas conhecerem Deus por meio do contato com o seu povo.

2. Guardar-se da corrupção do mundo: Na segunda parte do versículo de  1.27, Tiago diz que tão importante quanto realizar a obra social é ser cristão de verdade. Em At 2.42, Lucas observa que, além de todas as boas ações que a Igreja Primitiva praticava, ela “perseverava na doutrina dos apóstolos”.

 A obra social na igreja não deve ser realizada visando só o bem estar das pessoas aqui na Terra, mas precisam observar também o aspecto eterno, pois todos nós compareceremos diante do tribunal de Cristo, conforme afirma 2 Co 5.10,  logo, a vida  não cessa com a morte. A igreja não é uma ONG humanitária, ela é a representante do Reino de Deus.

Em suma, a Igreja não é Igreja sem praticar a caridade, no entanto, antes de sairmos salvando o mundo, precisamos, primeiramente,  aprender a socorrer os irmãos, isto é, os domésticos da fé - leia Gl 6.10.

No amor de Cristo,

Leila Castanha

21/06/2024


 BIBLIOGRAFIA

Bíblia Sagrada, versão NVI

YANCEY, Philippe. Decepcionado com Deus. São Paulo: Mundo Cristão,

2004

ORTIZ, Juan Carlos. O discípulo. São Paulo: Betânia, 2017

 

sexta-feira, 28 de junho de 2024

A IGREJA E AS MÍDIAS SOCIAIS


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1. Objetivo da Igreja

Evangelizar e comunicar o Evangelho de forma eficiente: As mídias sociais servem para levar mais longe o “Ide” de Cristo - Mc 16.15 -, através delas evangelizamos a todas a pessoas: cristãos, não cristãos e desviados. Hoje pessoas do mundo inteiro, em qualquer lugar do planeta,  podem ouvir o Evangelho por meio das mídias sociais: Instagram, facebook, youtube, etc.

Despertar a atenção dos fiéis e alcançar mais pessoas: Embora muitos cristãos se beneficiam em assistir cultos ou ver as programações dos ministérios através da mídias sociais, há outros públicos que também as acessam, como não cristãos e desviados do Evangelho. É importante ter cuidado para não ofender as pessoas só porque não fazem parte do seu círculo de fé e crença.  O objetivo da mídias sociais na igreja é atrair o maior número possível de pessoas para  Reino de Deus.

2. Comunicação eficiente

A comunicação deve ser compreendida pelo público: Quando falamos a um público tão distinto, simplicidade e objetividade é tudo. Toda postagem deve ser um meio de interagir com o público, de modo que ele se sinta incluído e representado, para tanto se faz necessário comunicar as verdade bíblicas de modo que todos entendam: pessoas letradas ou até os que nunca frequentaram a escola. O Evangelho de Jesus é simples e deve ser pregado de forma simples, se quisermos alcançar todas as pessoas que nos assistem ou que visitam nossas páginas sociais.

Utilização de linguagem acessível à relidade dos ouvintes: O modo de comunicar as verdades bíblicas, além de abarcar a realidade do público-alvo, deve ser específica, visto que a comunicação difere entre adultos e crianças e também entre os jovens. Todo o trabalho deve ser voltado, em todos os sentidos, para o público a quem se pretende alcançar, e a linguagem deve ser adequada para ser compreendida e não causar enfado no público ministrado.

A prática do Evangelho deve resultar em transformação de vida e comunhão: Apesar da adequação da linguagem, a mensagem do Evangelho não deve ser deturpada, no entanto, também não pode ser utilizada para defender práticas preconceituosas ou promover comportamentos separatistas. A mensagem pregada deve resultar em transformação de vidas e comunhão entre os membros, além de soar ao público em geral como um convite de acolhimento, não de afronta. Deus ama a todas as suas criaturas, e a Igreja deve transmitir essa verdade, por meio de seus ministérios e das pregações, pois Jesus disse que devemos amar ao próximo como a nós mesmos - Mt 22.37.

3. Exemplo de Jesus

Jesus é visto como um grande comunicador, que transmitiu sua mensagem com clareza e eficiência: Falar para as pessoas compreenderem é um meio de respeitá-las. Jesus fazia isso ao utilizar as parábolas ao pregar para as pessoas, pois através delas ele fazia comparações com as coisas comuns do dia a dia para que, por meio do que as pessoas conheciam eles comunicsse as verdades do Evangelho. Nós precisamos programar conteúdos que façam sentido para as pessoas que seguem  nossas mídias sociais. Contéudos que comuniquem de forma eficaz com a realidade que conhecem e, que, ao mesmo tempo transmitam algo que responda às suas necessidades. 

Seu impacto inspirou os apóstolos e a Igreja Primitiva, cuja mensagem continua a alcançar o mundo: tanto as mensagens de Jesus, quanto as pregadas pelos apóstolos, foram impactantes porque dialogavam com a realidade e necessidades das pessoas. As mídias sociais podem estabelecer a conexão entre o povo e os trabalhos relevantes realizados pelo ministério, e estes precisam ser desafiadores e atuais. 

4. Uso das mídia sociais

As pessoas buscam conteúdo simples e objetivo nas mídias sociais: Não adianta encher o Instagram ou qualquer outra mídia social de conteúdos porque as pessoa dificilmente irão parar para olhar. O que dá mais resultado são conteúdos breves e significativos, ou seja, simples e objetivos. A qualidade é mais relevante do que a quantidade. Recortes de mensagens com legendas (quando possível) são mais interessantes do que a pregação inteira. A legenda possibilita que as pessoas vejam a mensagem sem acessar o áudio, isso é bem interessante também, já que pode-se acessar o conteúdo mesmo quando a pessoa está em locais que não é possível ligar o som.

Mídias sociais devem oferecer conteúdos resumidos que chamem a atenção da Igreja: além de curtos, os conteúdos devem ser chamativos para instigar as pessoas a visualizá-lo e compartilhá-lo. Por isso devem ser bem escolhidos, e não apenas postados de qualquer maneira. Palavras-chave também ajudam muito na hora da pesquisa, aumentando a chance das pessoas serem direcionadas aos nossos conteúdos. Essas palavras (hashtags) precisam ser bem elaboras, termos simples e objetivos.

Utilização de textos, imagens e vídeos para transmitir a mensagem: É importante que haja pessoas responsáveis pela mídia na igreja para que não se coloque qualquer tipo de conteúdo. Vídeos com muito ruído, textos mal escritos, e mensagens ofensivas, por exemplo, não devem ser postados porque elas serão o cartão postal da igreja, ou seja, as mídias sociais levam a igreja para fora do templo, e é através dos conteúdos postados que as pessoas irão formar um conceito sobre o ministério.  O grupo do ministério da mídia deve selecionar somente o que servir de edificação e que glorifique a Deus - 1  co 1.26; 10.31.

5. Plano de comunicação

Definir visão, valores, princípios e objetivos do ministério: Sendo a mídia um meio de divulgar o trabalho da igreja (ela é ferramenta de marketing) é importante que  as pessoas consigam identificar qual é a visão, os princípios e os objetivos do ministério. Isso facilitará que o público a entender se identifica ou não com os ideais daquela igreja. Saber a regra de fé da igreja também é algo bem interessante, visto que ela resume quem somos. Uma palavra rápida, de um ou dois minutos, ministrada pelo pastor dirigente também é importante, visto que ele é o anjo de Deus à Igreja cuja função é cuidar, orientar e sustentar os fiéis em sua carreira cristã.

Trabalhar junto com os líderes para criar conteúdos que agreguem valor e definam a direção do ministério: O ministério de mídia precisa trabalhar em colaboração com os demais ministérios, uma vez que a função dos obreiros de mídia é propagar os trabalhos realizados na igreja e que foram idealizados e/ou conduzidos pela liderança.

6. Identificação do público-alvo

Comunicar-se de forma adequada para cada público-alvo específico: As pessoas se sentem bem onde se sentem confortáveis, assim o modo como a mensagem é direcionada às pessoas é fator importante se elas voltarão ou não àquela igreja. Nem todo mundo gosta de ser fotografado ou filmado, e, ao invés de ajudar o ministério a crescer, isso pode afastar algumas pessoas. Conhecer o público que participará de forma direta ou indireta desses trabalhos da igreja se faz necessário, tanto porque precisamos ter empatia, como também pelo fato de que a pessoa que se sentiu exposta pode recorrer a lei. A comunicação franca com as pessoas que participarão dos conteúdos filmados ou fotografados sobre as futuras postagem de sua imagem nas mídias sociais se faz necessaria, tanto para mostrar respeito ao direito do outro de querer ou não participar, como também para a igreja se resguardar de futuros processos judiciais.

Personalizar a mensagem para diferentes grupos: Em cultos voltados para jovens, é importante que haja programações e mensagem próprias para esse grupo. Da mesma maneira em eventos de palestras para mulheres, como o nome já diz, a mensagem deve ser direcionada a esse público. Seria incoerente publicar imagens, textos ou mensagens extraídos de um culto específico cujos conteúdos não estejam ligados ao seu propósito, exposto através do nome do trabalho ministerial.

7. Marketing e relacionamento

Gerenciar o relacionamento com o público-alvo, promovendo uma troca mútua: É importante haver, por parte da igreja, uma agenda na qual separe alguns momentos de esclarecimento sobre o uso das redes sociais. Também é de fundamental importância que os membros compartilhem e participem das postagens comentando ou curtindo os posts, pois isso fará com que o aplicativo utilizado para o compartilhamento dos trabalhos da igreja seja mais divulgado, resultando em mais vusualizações para a igreja, fazendo-a se tornar mais conhecida.

Planejar conteúdos a serem postados em datas específicas: Seria ideal ter várias pessoas trabalhando no ministério de mídia, tanto para divisão de tarefas, como para fazer rodízios. Para se postar os conteúdos, há todo um trabalho árduo com a preparação do material e, por esse motivo, facilitaria haver pessoas responsáveis por cada área que compõe a exposição dos trabalhos nas mídias utilizadas pela igreja.

8. Produção e conteúdo

Formar uma equipe com diferentes responsabilidades, como: fotografar, gravar vídeos, planejar temas, divulgar nas mídias e editar conteúdos:

Por outro lado, isso possibilitaria aos obreiros, nos dias em que não estão encarregados da mídia, cultuarem sem distrações e serem fortificados pela comunhão em adoração e pela ministração da Palavra. Divisão de funções facilita o trabalho e promove a colaboração.

Leis sobre o uso de mídias na Igreja

A constituição de 1988 - Segundo a constituição Federal, art.5º, inciso X, são invioláveis a intimidade, a vida privada honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 

A LGPE - a sigla LGPE - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - foi aprovada em agosto de 2018 e entrouem vigor em setembro de 2020. São regras que estabelecem diretrizes importantes e obrigatórias para a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais.

9. Linha editorial

Definir os assuntos a serem abordados, como agenda de eventos, estudos, programação dos ministérios e internos e registros de eventos anteriores:

Garantir que os conteúdos não sejam ofensivos ou agressivos: a igreja que tem seus trabalhos divulgados nas redes sociais, precisa ter cuidado com comportamentos e falas que possam ser interpretados como atitude preconceituosa ou separatista. As pessoas hoje são mais bem informadas, e fatos como esses podem gerar processo contra a igreja. Por isso, além da responsabilidade da igreja, se faz necessário que o obreiro de mídia seja idôneo, crítico e responsável, a fim de que tenha sabedoria na escolha do que irá ou não para a mídia social. `Por conta desses deslizes, comuns aparecerem em cultos ao vivo, é importante repensar essa prática, para que, ao invés de estar agregando em favor do ministério, pode estar denigrindo a imagem de toda a Igreja de Cristo ou daquela em particular.

10. Liderança e responsabilidade

Informar quais líderes e representantes aparecerão nas comunicações: É importante que a igreja entenda que é necessário que o pessoal da mídia transite pela igreja, para que isso não seja erroneamente interpretado como falta de reverência. Também é necessário o entendimento de que os obreiros da mídia precisam de espeço para melhor se posicionarem a fim de registrar o evento, então bancos, cadeiras e qualquer outra coisa ou pessoa que estejam no ângulo de ação deles devem ser colocados em outro lugar. Outra coisa importante é a conscientização dos líderes sobre o respeito a quem exerce esse ministério que, como qualquer outro, exige esforço e dedicação. A mídia precisa de materiais para a melhor execução de seu trabalho, e é preciso que o pastor e demais obreiros inclua o grupo de mídia no orçamento da igreja. É um ministério, não um passatempo.

Garantir que apenas membros comprometidos com a instituição transmitam as mensagens: Também não é possível que todos os líderes e ministérios sejam divulgados nas mídias sociais, mas somente os que estiverem prontos para “promover a edificação” das pessoas que veem os vídeos e as imagens e leem as postagens. É importante haver líderes representantes dos ministérios para que não fique um trabalho bagunçado. Esses líderes deverão saber qual é a sua função em relação aos conteúdos que prepararão para serem divulgados: uma palavra, fotos de trabalho em sua liderança, texto escrito, etc. Nem tudo pode ser divulgado, de modo que a seleção dos conteúdos deverá ser revisados, aprovados ou reprovados pelo grupo que compõe o ministério de mídia da igreja.

11. Críticas

Feedback do público contribui para o crescimento da intituição: É importante que o pessoal da mídia saiba ouvir as críticas sobre o seu trabalho. Críticas, nesse sentido, diz respeito à opiniões do público que consume o seu produto. Um olhar de fora pode ser benéfico para ajustes e melhoramento do trabalho. Procure ouvir o que as pessoas estão achando dos conteúdos e o modo como foram divulgados. Por outro lado, nem todo mundo sabe utilizar determinadas mídias sociais, cabendo ao minstério de mídia, bem como aos líderes que já tem familiaridade com elas, ensinar e incentivar o povo a acessar e participar das mídias sociais nas quais sua igreja está incluída.

Permite avaliar a prodtividade do trabalho realizado: O julgamento do povo é fundamental para que se tenha ideia de quanto o trabalho está sendo produtivo. O que o povo sente falta e o que não está dando muito certo. Como todo bom líder, o líder de ministério de mídia deve estar sempre apto a ouvir a fim de aperfeiçoar o seu trabalho que, embora, na maioria das igrejas, é um serviço voluntário, é, também, acima de tudo, para o Senhor, e ele não fica devendo nada a ninguém - leia Tg 1.19,20; Hb 6.10


Por Ivani Bezerra

Palestra ministrada na AD Viva em Cristo

Em 28/05/2024

Entendendo o batismo nas águas

 

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 A palavra batismo vem do grego - baptismos - e significa imersão ou mergulho.

É uma ordem: Diferente de outras celebrações e rituais, o batismo nas águas foi uma ordenança de Jesus para todos os seus seguidores e foi cumprida e ensinada pelos seus discípulos - leia Mc 16.16Mt 3.13-1528.19;  Lc 3.21;  Jo 1.131Pe 2,21.

É um simbolismo: todo símbolo traz consigo um significado, a representação de algo. O símbolo é a representação concreta de alguma coisa abstrata. Em outras palavras, a função do símbolo é representar algo que não pode ser materializado: a bandeira é o símbolo da nação, ou seja, representa um povo e a sua cultura. A pomba branca é o símbolo da paz. Como podemos observar, o símbolo não é a coisa representada, mas apenas a sua representação: a bandeira não é a nação, e a pomba não é a paz. Para melhor explicar isso, o artista surrealista belga, René Magritte, desenhou um cachimbo e embaixo dele escreveu em belga as seguintes palavras: "Isto não é um cachimbo". O que ele estava tentando demonstrar com aquele trabalho é que a arte é a representação do real, e não a realidade. Assim também devemos entender a representação por trás do simbolismo do batismo nas águas cujo objetivo é tornar público o que aconteceu no interior da pessoa quando ela se rende a Cristo, isto é, morremos para o mundo e passamos a viver para Deus. No batismo isso é representado quando o pastor mergulha o batizando (imerge), simbolizando que ele morreu para as coisas mundanas, e depois o levanta (emerge) das águas, representando que ele nasceu de novo para viver guiado por Deus. 

O QUE NÃO É O BATISMO NAS ÁGUAS

1. Não pode ser entendido como algo literal: Como já vimos, o batismo nas águas é um acontecimento simbólico que testemunha diante dos presentes a nova situação do batizando, representado pelo imergir e emergir a morte para o mundo e a nova vida em Cristo. Ou seja, o batismo nas águas é o testemunho simbólico de a pessoa batizada nasceu de novo, de modo que as coisas antigas já passaram (não conta mais), e agora tudo se fez  novo (Deus contabiliza as ações do batizando à partir de sua decisão por Cristo) - leia 2 Co 5.17.

O apóstolo Pedro confirma isso, dizendo que o batismo nas águas é uma figura da salvação que recebemos em Cristo -1 Pe 3.20,21. Figura é alguma coisa que sempre para representar outra. O apóstolo Paulo, compara o batismo com um sepultamento - Rm 6.4. É claro que não fomos enterrados de verdade, logo, isso se trata de simbolismo.

 

2. Não é salvação: Embora Mc 16.15 diz “quem crer e for batizado será salvo”, a parte b do versículo afirma que “quem não crê será condenado”. Perceba que na segunda parte do versículo não diz “quem não crê e não for batizado será condenado”, mas apenas “quem não crer será condenado”. Isso porque o batismo por si só não pode salvar ninguém, assim como ninguém pode fumar o cachimbo desenhado por Magritte. No caso do desenho do artista é a representação de algo que existe, e o batismo nas águas também é a representação de um fenômeno que já aconteceu quando a pessoa se entregou a Cristo. O batismo só confirma o acontecido para testemunho diante dos que assistem ao ato, mas ninguém ‘nasce de novo’ só porque foi batizado. A salvação é garantida para quem nasceu de novo, isto é, para aqueles que experimentaram uma mudança de vida, conforme Jesus assinalou a Nicodemus em Jo 3.1-7.

Se o simples ato de ser batizado nas nas águas fosse condição para a salvação, o ladrão que estava ao lado da cruz de Cristo não poderia ser recebido no paraíso, visto que não teve tempo para se batizar. E o que dizer das pessoas que se decidem por Cristo no último minuto de vida? Elas não serão salvas? Segundo a Bíblia, a condição para alguém ser salvo é aceitar a salvação oferecida por Cristo, ou seja, receber a Jesus como o caminho que o leva a Deus - leia At 4.12; 16.30,31; Jo 1.12; Jo 10.28; Rm 10.9; Hb 7.21.

 

Por que então Mc 16.15a diz que “quem crê e for  batizado será salvo”? Porque a fé precisa das obras para ser eficaz. É isso que Tiago diz - 2. 14-26, visto que, segundo o raciocínio dele, só conseguimos identificar o que uma pessoa acredita se ela demonstrar por suas atitudes. Não dá para dizer que alguém realmente mudou de vida se ele não demonstrar isso em suas ações diárias. O casamento civil é um exemplo bem claro sobre isso: ninguém toma a decisão de casar após ir ao civil formalizar a união. Na verdade, essa formalização acontece porque o casal tomou a decisão de viver juntos antes de formalizá-la. Então para que serve o casamento? Simplesmente para testemunhar aos convidados e a quem interessar sobre a decisão que ambos fizeram de assumir o outro para se amarem e viverem uma vida mútua.  O casamento em si não pode fazer ninguém se amar nem se respeitar, tanto é que muita gente se divorcia, mas ele tem a função de testemunhar perante a sociedade o acordo de amor construído entre os nubentes. A aliança tem a mesma função simbólica: ela simboliza o compromisso entre duas pessoas e seu formato também representa a intenção de uma união sem fim. Mas usar uma aliança não garante isso, ela apenas retrata o que o contrato de fidelidade que há entre o casal. O batismo nas águas é a mesma coisa: é só a ‘materialização’ de um compromisso firmado entre o homem e Deus. O apóstolo Paulo coloca o ato batismal como prova de que fomos unidos a Cristo - Gl 3.25-28.

A rejeição em ser batizado limita o agir de Deus em nós, visto que é entendido pelos céus como uma negação ao mandamento divino - leia Lc 7. 29,30 - os que não se batizaram “rejeitaram o plano de Deus para suas vidas". Quando Pedro pregou o Evangelho e alguns gentios foram batizados com o Espírito Santo, ele entendeu que o ‘plano de Deus se cumpriu entre eles’, então ele entendeu que deveriam ser batizados nas águas. Aqui, aconteceu de maneira contrária, visto que eles não conheciam Jesus, mas, de qualquer modo, a resposta à aceitação de Cristo é, em seguida, testemunhar essa decisão por meio do batismo nas águas - At 10.44-48.

 

3. Não é a regeneração: Regeneração é o ato de nascer de novo, de ser gerado de novo. Jesus disse a NIcodemus - Jo 3.5 - que era necessário nascer ‘da água e do Espírito’. Ou seja, não se trata de um nascimento natural,  mas sobrenatural. Logo, o simples ato de ser batizado não pode culminar em uma ação que ultrapassa a ação da água. Não há milagre no ato, mas ele é a representação plausível do milagre anteriormente ocorrido. Quem faz a pessoa ser transformada, nascer de novo, é somente o Espírito Santo, por meio da ação da Palavra de Deus - leia Jo 3.5,6; Tt 3.5; 1 Pe 1.3; 1.23.

 

4. Não é santificação: o ato de ser batizado não vai tornar ninguém santo. A santificação é um processo que ocorre com a ajuda do Espírito Santo a medida que vamos obedecendo a Cristo. O batismo não pode fazer em minutos o que levamos uma vida inteira para alcançar, inclusive, o apóstolo Paulo deixa bem claro que estamos sendo transformados à imagem de Cristo, de modo gradual - 2 Co3.18.  A santidade é alcançada por esforço, não é algo mágico - leia Hb 12.14; temos que nos aperfeiçoar em santificação - 2 Co 7.1. temos que matar nossos desejos mundanos (carnais) para a natureza em Cristo ir se renovando - Cl 3.5-10. Percebe que é um processo?

Assim, concluímos que, embora o batismo nas águas, por si só, não salva, não regenera nem santifica ninguém, ele faz parte das ordenanças de Cristo e deve ser obedecido. Fica para nossa reflexão a seguinte pergunta de Jesus: "Por que vocês me chamam 'Senhor, Senhor' e não fazem o que eu digo?" - Lc 6.46. Pois é, não é o não batizar que nos condena, mas a desobediência a uma ordem expressa do Mestre, conforme ele mesmo diz: "Se alguém ouve as minhas palavras e não lhes obedece eu não os julgo; ... a própria palavras que proferi o condenará no último dia..." - Jo 12.47-50. Ou seja, quem crê, obedece, quem não obedece não crê e quem não crê será condenado, porque não obedece o que ele ordenou fazer. É duro de ouvir, mas é simples assim. O Evangelho é simples, claro e objetivo. Basta ler a Bíblia com atenção e com o coração aberto.

Vamos lá, faça parte dessa grande família cristã, confirmando sua decisão por Cristo, por meio do batismo nas águas. Agregue-se formalmente a esse gigantesco grupo de redimidos, espalhados por todo o globo terrestre. Vem! Você é muito bem-vindo a fazer parte desse corpo cuja cabeça é o Senhor Jesus Cristo.


Com amor,

Leila Castanha

21/05/2024

 

 

domingo, 29 de maio de 2022

AS COSMOVISÕES ANTICRISTÃS


https://cinescontemporaneos.wordpress.com/

Primeiramente, para entendermos esse assunto, vamos entender o que são cosmovisões.

COSMOVISÕES: De acordo com a Larousse Cultural, essa palavra é originada de outras duas de origens diferentes: Kosmos (grego- significa mundo) e visio, visiones (latim – significa visão). Assim sendo, COSMOVISÃO é a “visão do mundo e do homem, ponto de vista a respeito do Universo, nas várias filosofias”.

Em poucas palavras, pode-se dizer que COSMOVISÕES são as nossas percepções a respeito do mundo, isto é, como vemos e interpretamos a realidade. Partindo desse entendimento, ao falarmos de COSMOVISÕES ANTICRISTÃS entendemos ser todo pensamento, ideia ou filosofia que se choca contra a Palavra de Deus.

 

SÉCULO 21 E AS COSMOVISÕES ANTICRISTÃS

O pensamento atual defende o respeito às crenças e aos valores de todos. Em nome desse respeito, não se pode falar nada que fira a crença alheia. Isso tem exigido a Igreja a rever seu modo de pregar o Evangelho sem secularizar a Palavra de Deus, mas, ao mesmo tendo, usando de estratégias para evitar processos, no caso de alguém alegar ter sido ofendido pela pregação do Evangelho.

Veremos a seguir algumas ideias que têm se estabelecido no pensamento hodierno (atual, moderno) e quais são as suas consequências em relação à Igreja.

Existem três pensamentos decorrentes das cosmovisões anticristãs, os quais são: pluralismo, humanismo e relativismo. Nesse estudo me aplicarei em comentar apenas o pluralismo e o humanismo para o texto não ficar muito extenso.

 

O QUE É PLURALISMO?

O termo “pluralismo” indica algo que não é único, ou seja, que possui multiplicidade. O pluralismo religioso se refere a todas as crenças como legítimas, e defende que todos os caminhos levam a Deus. Assim, há pluralismo religioso quando se aceita como válidas ideias religiosas diferentes e até contraditórias entre si. Por exemplo: Eu posso concordar com a doutrina de determinada religião que prega a prática de boas obras como requisito definidor de uma pessoa que pertence a Deus, porque a Bíblia também defende tais práticas como próprias do comportamento cristão, no entanto, não posso aceitar o ensinamento de tal religião quando prega que as boas obras por si só são capazes de levar alguém à salvação. Isso porque a Bíblia declara que só Jesus pode conceder o perdão dos pecados e justificar o homem diante de Deus (Rm 5: 1,16-18; 8:5; 1 Co 6:11; Gl 3:24; Fp 3:9 etc).

 Jesus disse que ele é “o único caminho” que leva a Deus (Jo 14.6), logo não posso concordar que “qualquer caminho” seja possível para alcançar esse fim. Porém, se eu aderir ao pluralismo religioso precisarei aceitar que não há “um único” caminho para alguém se relacionar com Deus, mas “muitos”, e que cada pessoa deverá encontrar o seu modo de ter acesso à divindade.

Alguns cristãos defendem o pluralismo religioso porque o confunde com liberdade religiosa. A liberdade religiosa me faz respeitar o direito das pessoas de escolher qualquer crença, independente da minha. O pluralismo religioso me conduz a escolher as crenças de outras pessoas agregando-as às minhas.  Ou seja, uma coisa é legitimar o direito das pessoas em crer no que quiserem, outra coisa, bem diferente, é legitimar essas crenças aceitando-as como verdades.

Outro problema bem comum na concepção moderna é a ignorância sobre as concepções de “respeito às crenças” e “liberdade de expressão”. A meu ver, nesse contexto, respeitar a crença de alguém é dar à pessoa a liberdade de seguir ou acreditar no que quiser.  Liberdade de expressão é dar às pessoas a liberdade de exprimir suas crenças. Na modernidade, é bem claro nosso dever de respeitar as crenças alheias, mas não é politicamente correto expressar nossas crenças religiosas, sob o pretexto de que podem “desagradar” a alguém, uma atitude que, aos poucos, vai cerceando nossa liberdade de expressão. Somos o que somos por meio de nossas relações sociais, culturais, políticas e religiosas, e é a totalidade dessas partes que formam nossa visão de mundo.  

Precisamos nos atentar para a realidade de que sempre haverá pensamentos contraditórios a nossa fé, e cabe a nós, cristãos, respeitar o livre arbítrio que Deus deu às pessoas, nos relacionando com todos de modo respeitoso, sem discriminar ninguém por conta de sua opção de fé, mas mantendo o diálogo inter-religioso, franco, mas, ao mesmo tempo, com respeito à liberdade do outro.

Por outro lado, no âmbito de nossa crença, não podemos conceber o pluralismo religioso, pois aos que querem introduzir na igreja doutrinas diferentes das professadas pela Palavra de Deus, ou contrárias a ela, a Bíblia chama herege, e nos faz severas advertências contra as tais pessoas e ensinamentos (Gl 1:8; Ap 22:18,19; 2 Pe 2:2-3; Cl 2:6,7; 1Tm 6:3-5; Gl 1.8,9; Gl 1:6,7; Ef 4:14,15)

 

HUMANISMO:

De acordo com a Larousse Cultural, essa palavra provém do francês “humanisme” e se trata de uma “corrente filosófica que coloca o homem e os valores humanos acima de todos os outros valores. Em outras palavras, o humanismo é a deificação do homem, isto é., tudo se baseia no ser humano.

 Esse movimento aconteceu no século XV (15) na Itália, e teve grande influência na mentalidade religiosa na Idade Média. É importante nos lembrar que a Idade Média foi um período em que o pensamento religioso era predominante, de modo que todas as esferas da vida estavam envolvidas pelo pensamento teocêntrico (Deus no centro). Se antes havia a crença de que Deus era o centro de todas as coisas, agora era o homem quem deveria ocupar esse lugar (antropocentrismo). Ninguém precisava mais “olhar para cima” a fim de medir suas práticas, crenças e filosofias, tudo dependia agora da subjetividade, individualidade e experiências humanas. O homem teria que olhar para si mesmo para medir suas ações, crenças e atitudes, por meio não apenas da fé, mas da experiência.

Vemos essa prática desde há muito, antes mesmo do antropocentrismo receber esse nome. A Igreja de Sardes estava vivendo segundo as suas próprias normas, deixando Jesus fora dela (Ap 3.1,2), isto indica que tinha cara de Igreja, mas não passavam de organização religiosa. Outra igreja que agia da mesma forma (antropocentricamente) era a igreja de Laodiceia, seus membros “se achavam” enquanto para Cristo eles estavam mortos, isto é, estavam vivendo segundo seus próprios conceitos, e acreditavam que agradavam a Deus  (Ap 3.14-18).

Na Idade Média, apesar do antropocentrismo ter adentrado na igreja, a religião não foi desprezada, mas sofreu um “reajuste”, pois agora o homem era protagonista da história, visto que, segundo o entendimento dos pensadores da época, sendo dotado de inteligência, o homem poderia mudar o seu destino. Assim, não haveria mais verdades preestabelecidas, tudo deveria ser passado pela experimentação (empirismo). O EMPIRISMO é a “maneira de se comportar levando em conta as circunstâncias e sem princípios preestabelecidos; pragmatismo”. (Larousse Cultural).

O pragmatismo é uma corrente de pensamento que defende que a validade de uma doutrina (ensinamento) é determinada pelo seu efeito prático. Um cristão pragmático é aquele que só aceita as verdades bíblicas que lhe sejam úteis, ou seja, aquelas que funcionam na prática. Conduzidos por tal pensamento, há igrejas que abdicaram da oração e promovem shows gospel, por exemplo, porque alegam que o povo moderno não gosta de orar, então precisam “se modernizar” para chamar a atenção do povo para Cristo. Uma coisa é modernizar-se, outra coisa é renegar os fundamentos da fé cristã. Sem oração não há comunicação da Igreja com Deus o que acarretará a suspensão da comunicação de Deus com a Igreja. É só observamos o que ocasionou o chamado “Período Interbíblico”, no qual Deus ficou durante muito tempo sem se comunicar com o povo.

Outros desprezam o ensino da Palavra de Deus sob o pretexto de atrair almas para Cristo por meio de práticas modernas. No entanto, o apóstolo Paulo dizia aos irmãos de Roma que não se envergonhava do Evangelho de Cristo porque “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”. (Rm 1.16) grifo meu. Veja que pensamento diferente de alguns líderes cristãos modernos: a “isca” para salvação, segundo o apóstolo Paulo, é o Evangelho de Cristo, e muitos estão querendo trazer almas para Cristo, sem o PODER DE DEUS, assim como cortar uma árvore com o cabo do machado.

Uma Igreja que abraça a filosofia humanista não pode ser considerada cristã, visto que isso a forçará  adaptar as doutrinas bíblicas ao parecer moderno, e, ao invés se moldarem aos ditames bíblicos, toda a mensagem da Palavra será adaptada ao contento dos ouvintes. A Bíblia já previa essa inversão dos valores cristãos. O apóstolo Paulo disse que nos últimos tempos haveria homens amantes de si mesmos, e que “virá tempo que não suportarão a sã doutrina; ... amontoarão para si doutores conforme a suas próprias concupiscências”. (2 Tm 2.1, 22; Tm 2.3). (grifo meu)

No humanismo só serve aquilo que agrada ao homem, o que lhe deixa confortável, no entanto, a Palavra de Deus é quem dita nossa conduta e conduz os nossos pensamentos, ou seja, não podemos escolher no que crer e o que queremos fazer. A exemplo do Sl 119:105, a Palavra de Deus deve ser lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho. Leia também: Ef 5.1-15; Mt 10:32, 39; Mc 16:15,16; Rm 12.8; Ef.4:22-24; 1Pe 1:14-16; ‘Ts 4:7; Rm 6:11; Cl 3.5-8; 1Co 6.9-11 etc.

Cristianismo é Cristo no centro. O que Ele diz deve ser lei para o cristão, independente de nossa compreensão, sentimento ou experiência.

E, como disse o apóstolo Pedro: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” – At 5.29

 

Que o Espírito Santo ilumine nossas mentes e nos ajude a ser fiéis até o fim.

No amor de Cristo,

Leila Castanha