domingo, 17 de fevereiro de 2013

AINDA HOJE EXISTE O OFÍCIO DE PROFETA?

Moises recebendo os dez mandamentos
A palavra “Profeta”, vem do hebraico e a tradução mais comum é “nabi”.
Não é certa a significação original da raiz (NB’). Segundo alguns estudiosos, esta raiz significa “Ferver, borbulhar”, ao que muitos entendem o termo “Profeta” como sendo, “Aquele que ferve com a mensagem ou com a inspiração divina”.
Todavia, outros acham mais provável que Nabi esteja em conexão com uma raiz assíria ou árabe, que significa “proferir, anunciar uma mensagem”, e está em conformidade com Êxodo 7:1, onde está escrito o seguinte:
“...Tenho te posto por deus..., e Arão,... será o teu profeta”.
Sabemos que Arão foi enviado por Deus para falar a mensagem dele a Faraó, porque Moisés achava que não conseguiria falar. Deus, então fez um acordo com Moisés  dizendo que passaria a ele o recado para Faraó, ele passaria para Arão e Arão diria ao rei. (Ex 4.14-16).
Só para constar, Arão era o irmão mais velho  (3 anos mais velho) de Moises, sendo a irmã do meio Miriã e Moises era o caçula. ( Leia Ex 7.7)
A palavra “Profeta” no grego é “Prophetes”, que significa “alguém que fala por um deus e interpreta sua vontade”.
Assim, segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica, profeta é alguém que serve como porta-voz de Deus, cuja mensagem é para admoestação ou predição.
Apesar de Moisés ter servido como profeta (porta-voz de Deus ao povo), ser profeta ainda não era considerado um ofício, uma função reconhecida, como era a de sacerdote, cargo já ocupado por seu irmão Arão (ele foi ungido à sumo sacerdote - Leia Lv 8) . Assim, a primeira pessoa que foi reconhecida como profeta, foi Samuel. Ou seja, a partir dele, assim como havia o ofício de rei, de pastor de ovelhas, de artesão, de sacerdote, também havia o de profeta.
Após a vinda de Jesus à Terra,não houve mais esse oficio, na verdade, segundo a Bíblia, o último que ocupou este ofício, sendo chamado de profeta,foi João Batista. (Veja em Mt 11:13)
A instituição da função de profetas, isto é, a eleição de homens que eram separados para Deus dar recados ao seu povo por intermédio deles, se deu porque  na época de Moisés o povo teve medo de morrer caso Deus lhes falasse diretamente, então pediram que Moisés lhes falasse em lugar de Deus. Daí para frente, Deus falava com Moisés o que queria do povo e Moisés passava-lhes o recado, como um porta-voz. (Leia Ex 19.17; 20;18,19; Dt 5. 1,4,5; 18.15,18).
Uma vez que Deus não falava mais diretamente com o povo, ele falava com eles através dos profetas. Por isso em Pv 29.18a, Salomão diz: “Não havendo profecia o povo se corrompe”. Em outras palavras, nós podemos entender que, se não houvesse profetas (mensageiros de Deusque entregavam ao povo as profecias), o povo estava perdido.
Havia uma grande diferença entre “profetas” e “sacerdotes”, dois ofícios importantíssimos na época do Velho Testamento (da velha aliança de Deus com Israel). Os profetas, eram como canais onde Deus se utilizava para falar com seu povo, que, lembre-se, teve medo de falar diretamente com ele. Já os sacerdotes, eram pessoas separadas por Deus para sacrificar à Ele em favor do povo (No Antigo Testamento, isto é, no Antigo Pacto de Deus com o seu povo, que dizia que quando alguém pecasse, deveria levar um animal para que o sacerdote o sacrificasse para remissão do pecado do ofertante).
Então podemos resumir da seguinte maneira: O homem falava com Deus através do sacerdote; Deus falava com o homem através do profeta. 
Os profetas no Antigo Testamento são classificados da seguinte maneira: Profetas Maiores e Profetas Menores. Esta classificação nada tem a ver com a importância dos profetas,mas com o tamanho de seus livros. Por exemplo, o livro de Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel, são considerados grande em relação aos demais, então são classificados como Profetas Maiores. Os outros doze livros que são respectivamente: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum,  Habacuque,  Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias, são chamados de Profetas Menores, porque seus livros são pequenos.
Também são classificados como Profetas Orais e Escritores: Os orais são aqueles que são mencionados em algum livro, mas não tem o próprio, como é o caso de Natã, que é um profeta mencionado no livro de 1 Samuel e não existe um livro com o seu nome. O mesmo acontece com os profetas Elias e Eliseu, cujos nomes são mencionados no livro de Reis, e nenhum possui o seu livro.
Já os Profetas classificados como Escritores, são aqueles cujo nomes foram mencionados nos próprios livros. É o caso de Isaias, Daniel, Jeremias, Jonas e outros.
No início, Israel vivia sob o regime da teocracia (governo onde o próprio Deus era o governante), e o povo conhecia suas leis através dos profetas que lhes anunciava: Deus dava a ordem ao profeta e ele passava ao povo. Veja por exemplo, Isaias 1. 2 :
 “Ouvi, ó céus, e dá ouvido, ó terra, porque o Senhor é que fala ...”  (itálico meu)
Em 2 Rs13.15-17, vemos uma historia onde um rei vai procurar um profeta, para que ele lhe diga o que Deus ordena que ele fizesse. Era dessa maneira, Deus enviando sua palavra ao homem através do  profeta, que funcionava o governo teocrático. Porém, em uma determinada época, os israelitas não queriam mais ser governados por Deus e pediram para que Deus permitisse-lhes ter um rei humano, assim como era nas outras nações. Apesar de Deus ficar muito triste por ser rejeitado pelo seu povo, conhecendo a besteira que eles estavam fazendo, disse a Samuel (seu profeta) que lhes respondessem que faria o desejo deles e  a partir daí Saul foi constituído por Deus, como o primeiro rei de Israel. (Leia 1 Sm 8.4-9).
Para finalizar, vamos relembra duas coisas sobre os profeta:
1º: O primeiro a ser reconhecido na função de profeta foi Samuel.
2º: O último a ser considerado profeta, foi João Batista.
Portanto, devemos compreender que apesar de existir o dom de profecia, conforme afirmado em 1 Co 12.10, profeta como função ou oficio (em que pessoas iam a ele para que Deus lhes dessem a mensagem) já não existe mais, pois além da Bíblia dizer que o último profeta foi João Batista, ela nos explica que após o sacrificio de Cristo, nós temos direito de entramos diretamente a presença de Deus, porque agora não precisamos de profeta como mediador entre Deus e o homem, mas atraves de Cristo temos acesso a Ele (1 Tm 2.5). Portanto, tomemos cuidado com aqueles que assim se denominam.

Em Cristo,
Leila Castanha
02/2013

14 comentários:

  1. bom dia e apaz Leila....
    vc fez um comentario que muito me intrigou no passado.

    "Após a vinda de Jesus à Terra,não houve mais esse oficio, na verdade, segundo a Bíblia, o último que ocupou este ofício, sendo chamado de profeta,foi João Batista. (Veja em Mt 11:13)"

    Muitas pessoas analisam S.Lucas 16:16 (« A lei e os profetas duraram até João...») e imaginam que depois de João Batista, não existiram profetas e a Lei deixou de existir. Será que é realmente isso o que a passagem bíblica quis dizer? Se analisarmos o verso seguinte veremos que não («É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da lei.»). No original grego, o termo duraram não existe, o texto original é «A lei e os profetas até João». De forma a ser talvez melhor compreendido, uma vez que a frase traduzida pareceria sem sentido o tradutor utilizou a palavra grifada. Tanto que na versão Almeida Revista e Atualizada ela está em itálico, querendo dier que não se encontra no texto original. Como deve ser compreendido esse texto então? Como sabemos , é incorrecto analisarmos um único texto para retirarmos daí uma doutrina, é por isso que a Bíblia afirma que devemos estudar «um pouco aqui e um pouco ali». Partindo desse princípio, devemos estudar um texto paralelo a esse para podermos começar a compreender. Leiamos S.Mateus 11:13 («Pois todos os profetas e a Lei profetizaram até João.») .

    Agora o texto de S.Lucas 16:16 começa a «fazer sentido», pois vemos que, até João Batista, tanto a Lei quanto os profetas profetizaram acerca de Jesus. A partir daí seria o próprio profeta, depois seriam os apóstolos e posteriormente a igreja cristã. E mesmo nesse meio surgiriam outros profetas como veremos a seguir. A maior prova é o verso seguinte que afirma que a Lei é eterna. S.Lucas 16:17.

    Então, que lei cumprira seu papel até o tempo de João e consequentemente de Jesus ? A que apontava para o Messias, ou sejam, todas as leis cerimoniais, que a partir da primeira vinda de Cristo, não faria mais sentido pois Ele é o sacrifício perfeito e nosso substituto. Não precisaríamos mais do sacrifício de animais, pois o «próprio Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo veio até nós.

    A Lei dos 10 Mandamentos é eterna, pois desde antes de Moisés já existia. Basta lermos Gn 35:2; Gn 31:19; Hb 12:16; Gn 2:1-3; Gn 9:24-25; Gn 4:8; Gn 39:7-9; Gn 37:35-36; Gn 27:19 e 24; Gn 3:6; Todas essas passagens se referem a pré-existência dos respectivos 10 Mandamentos, mesmo antes de serem dados a Moisés em tábuas de pedra «escritas pelo dedo de DEUS».

    A base das pregações de JESUS, foram a lei e os profetas antigos, por isso eles profetizaram até João. Se alguma dúvida ainda persistir, convido-o a ler os seguintes textos que falam da existência de profetas depois do surgimento de João:
    ## Atos 2:17 : « Nos últimos dias, diz DEUS, do Meu Espírito derramarei sobre toda a carne. Os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões e os vossos velhos sonharão sonhos.» A Bíblia nos afirma que mesmo nos últimos dias desse mundo teríamos profetas.

    ##Além de outras passagens que afirmam a existência de outros profetas depois de Cristo e João, como : S.Lucas 2:36; Atos 13:1 ; Atos 11:27-28 ; Atos 15:32; Atos 21:8-9

    E outra prova de que a lei referida que profetizou até João é a lei cerimonial, são os seguintes textos que afirmam que os 1o Mandamentos continuaram em vigor: S.Mateus 4:10 (1ºMandamento); I João 5:21 e Atos 17:29 ( 2º); I Timóteo 6:1 (3º); S.Mateus 24:20, S.Marcos 2:27-28, Hebreus 4:4,9,10, Colossenses 1:16 (4º); S.Mateus 19:19 (5º); Romanos 13:9 (6º); S.Mateus 19:18 (7º); Romanos 13:9 (8º); S.Marcos 10:19 (9º) ; Romanos 7:7 (10º).

    Querido amigo, não deixe que ninguém te confunda, a Bíblia é a perfeita Palavra de DEUS, podes confiar nela!

    QUE DEUS TE ABENÇÔE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir
  2. Prezado Thiago, primeiramente agradeço-lhe por participar desse blog, postando esse texto com SUA OPINIÃO. Creio que o senhor não observou a proposta deste que, deixei muito claro, não o intuito de promover discórdia entre as várias crenças religiosas, mas de esclarecer aos leitores sobre o que penso (logo, não quero, conforme o senhor me acusou, confundir ninguém) para tanto, baseio minhas defesas em textos bíblicos assim como o senhor o fez. Apesar de seu não entendimento sobre minhas intenções, acho que pelo trabalho em escrever tal texto, devo tentar melhor explicar-me.
    Primeiramente, não defendo a ideia (conforme o senhor deixou parecer) de que em nossos dias não haja profetas. O que discordo, e baseei minhas palavras na Bíblia, é a existência de profetas como OFÍCIO, assim como eram Elias, Eliseu, Jeremias, Isaias e outros (denominados e oficializados como Profetas de Israel).
    Com relação a sua oposição ao que escrevi, respeito seu direito de discordar, porém, ao ler os textos indicados não encontrei qualquer novidade além do que escrevi. Em relação ao texto de Mt 5.18 "...nem um jota nem um til se omitirá da lei...", leia nesse blog o texto intitulado "Porque não guardo o sábado", pois lá eu detalho a minha opinião sobre esse versículo. Também a respeito do que vocês (creio que adventistas), desculpe-me se enganei-me, designam de lei moral e cerimonial é largamente falado nesse mesmo texto (se o senhor tiver interesse em conhecer o que penso sobre o assunto, leia o texto que citei).
    Voltando ao tema dessa postagem "Profetas", o que discordo é que nos dias atuais alguém possa ser intitulado por esse nome, como um fazedor de pães é chamado de padeiro, um cortador de cabelos, de cabeleireiro, um artista da pintura, de pintor, etc. Ou seja, não concordo que haja profeta como cargo (ofício). No entanto, sou totalmente a favor de que Deus ainda fala por meio de seus servos, por meio de profetas e profecias (pessoas que, pelo poder divino, preveem o futuro ou revelam coisas ocultas pertencentes ao passado). O apóstolo Paulo fala dos dons ministeriais e dentre eles estão os profetas e Paulo também alerta a não desprezarmos as profecias (1 Co 14; 1 Ts 5.20; 1 Tm 1.18).
    Não vou me alongar mais, pois serei redundante, uma vez que já expus o que penso e, além disso, o propósito desse blog não é promover debates que a nada levam. Assim sendo, fique a vontade para ler o que penso sobre esse e outros assuntos nos diversos textos espalhados nesse blog. Quanto a sua postagem, agradeço e tomarei o seu texto como UMA OPINIÃO, pois ninguém tem o potencial de julgar-se dono da verdade. Obrigado pela participação e desculpe-me se não o satisfiz.
    Respeitosamente, Leila Castanha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Querida Irmã Leila a paz!
      Concordo com as afirmações do nosso irmão Thiago e em relação aos dons ministeriais (ofício do profeta) a palavra é claro em Efésio 4:11.12.
      Como profeta do Senhor eu tenho a convicção do chamado ministerial quanto ofício e o que Deus precisa realizar neste mundo, afinal estamos próximo do fim e a igreja precisa ser realinhada.
      Obrigada pela oportunidade e Jesus de abençoe.

      Excluir
    2. Prezado leitor,
      Agradeço sinceramente sua participação neste blog. Quanto as suas convicções referentes ao assunto abordado nada mais tenho a dizer, uma vez que já me pronunciei em resposta ao post do leitor Tiago, cujo entendimento o senhor concorda. Convido a reler minha resposta a ele, e se ainda não se convencer com os meus argumentos bíblicos, então nada mais tenho a dizer. Assim sendo, deixo a observação de que tais discordâncias não fiquem entre nós separando-nos como irmãos. Se servimos ao mesmo Senhor é do interesse dele que o sirvamos conforme as orientações de sua Palavra, por isso tenho certeza de que ele há de esclarecer a quem não alcançou a visão real da verdade bíblica concernente a esse tema.
      Despeço-me no amor de Cristo.

      Excluir
    3. Não existia mais profeta como ofício
      Agora e chamado dons onde todos podem profetizar está serticima irma

      Excluir
    4. Prezado irmão Wandro,
      Agradeço por sua participação e comentário. Deus continue te abençoando.

      Excluir
  3. Prezado Reginaldo Barbosa,
    Agradeço pela participação e o convido a fazer parte como membro do blog. Seja bem vindo!

    ResponderExcluir
  4. Atos dos Apóstolos 11: 28. Um deles, chamado Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome assolaria a todo mundo romano, o que de fato veio a ocorrer nos dias do reinado de Cláudio.
    http://bibliajfa.com.br/app/kja/44N/11/28

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezado Leitor,
      Reconheço que o tema acima não é dos mais fáceis de tratar, bem como reconheço que não sou a dona da verdade, assim como os eruditos da Bíblia, visto que encontrei diferentes interpretações dentre alguns renomados estudantes das Escrituras. No entanto, é importante o leitor saber que procuro expor minhas observações a respeito de temas bíblicos com muito temor a Deus e respeito à soberania de Sua Palavra, pois ela é a minha regra de fé e prática. Não nego a realidade dos dons espirituais nem dos ministeriais nos dias de hoje, mas talvez o nosso desacordo seja em como os entendo ou por você não entender claramente a minha defesa. Então vou tentar sintetizar o que penso em relação ao dom ministerial de profeta: primeiramente, o motivo do meu texto exposto é porque tenho conhecimento de que no meio pentecostal há muitos crentes indo atrás de profetas para ouvirem Deus falar, e isso não tem qualquer apoio nas Escrituras. Quando digo que o último profeta foi João Batista, estou apenas parafraseando as palavras bíblicas (Mt 11.13), que ao dizer que “todos os profetas e a Lei profetizaram até João”, subentende-se que ali terminou a atuação dos profetas, bem como da Lei no contexto referente aos moldes do Antigo Testamento, pois não havia mais a necessidade de preparar a chegada do Messias, e nem havia necessidade do papel da Lei, pois com a chegada de Jesus, seus papeis foram cumpridos, disse uma vez que o apóstolo Paulo afirma que a lei serviu de aio para nos levar a Cristo, e João disse que chegando o esposo o papel do amigo estaria cumprido (Gl 3.24; Jo 3.29) e o próprio Jesus era profeta (Dt 18.18; Hb 1.8; Jo 6.14; 9.17 etc). Não tenho negado isso. Nego que o ministério de profeta desde a era apostólica deixou de ser um ofício, no qual o profeta devia ser visto como O PORTA-VOZ DE DEUS no sentido de se colocar COMO ORÁCULO da vontade divina. A única base bíblica para consulta é a Palavra de Deus, que é inspirada pelo Espírito Santo e isenta de erros (Mt 22.29), ou seja, frases como “vamos na casa do profeta Fulano ver o que Deus fala”, da mesma forma que vou ao cabeleireiro para arrumar o cabelo, recorro ao pedreiro para construir ou reformar a casa, procuro o dentista para tratar dos dentes etc., tal como se atua o vidente e o adivinho em algumas religiões, não tem apoio bíblico. Não nego que há ministério de profetas ainda hoje, mas defendo que o dom ministerial é voltado para a atuação eclesiástica (Ef 4.11,12), e, diferente do tempo velho-testamentário, as profecias devem ser julgadas pela Igreja (1 Co 14.29). A partir da era apostólica, a função do profeta tem por objetivo “consolar, exortar e edificar” a igreja (At 3.12-26; 1 Co 14.3), seu papel primordial é dirigido à condenação do pecado e a preservação da santidade do povo de Deus. Jesus, que é nosso modelo, apesar de revelar fatos passados e predizer acontecimentos futuros, a maior parte do tempo ele dedicava sua mensagem para revelar a salvação de Deus, interpretando a mensagem que o Pai lhe mandou anunciar, e que o povo já havia ouvido antes pelos profetas, mas não compreendiam (veja aí Mt 5.1-11; Mt 5. 23-48; Jo 8.1-11; Jo 3 etc). O mesmo se vê na atuação dos apóstolos (At 2.14-36;3.12-26;1 Co12.10 e 14.3). O caso de Ágabo, assim como os demais profetas citados na passagem de Atos 11.25-28 e em 21.11, eles desceram à Antioquia, onde estavam Barnabé e Paulo, e profetizaram, mas não há menção bíblica de que algum deles fosse consultá-los, os profetas dirigiram-se aos receptores da mensagem, não o contrário.
      Não posso ir além daqui, pois, no momento, esse é o mais profundo que posso nadar no rio profundo que esse texto nos apresenta. Despeço-me com as palavras do apóstolo Paulo em Romanos 8:3: “Porque pela graça, que me é dada, digo a cada um de entre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um”.


      Excluir
  5. Parabéns irmã Leila
    O seu argumento é apologético
    Concordo plenamente.
    O seu posicionamento de fato é bíblico.
    E não é uma opinião de interpretação denominacional partidárias.
    Deus te abençoe continue firme combatendo o espírito do errado.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezado leitor,
      Agradeço a sua participação e comentário. Que Deus continue te abençoando e que o Senhor Jesus nos esclareça mais e mais.

      Excluir
  6. Eu li todos os argumentos e o que me fez entender claramente que " ainda existe o ministério profético, que estava adormecido e está a acordar, foi a questão da tradução muito bem explanada pelo sr. Thiago e bato palmas pois, creio ser mestre na palavra. Tudo termina no original grego. Nota 10 arrebentou pela fé sem ignorância nenhuma. Muito bom. Todos polidos e educados os servos de Deus 🙌

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezado Anônimo,
      Agradeço sua participação e comentário. Que Deus te abençoe sempre.

      Excluir

Registre suas dúvidas ou opinião sobre o texto acima. Será um prazer ler seu comentário.