domingo, 1 de fevereiro de 2015

LUCAS, O EVANGELHO DO FILHO DO HOMEM



imagem extraída https://slideplayer.com.br/

Lucas era um médico gentio, ou seja, não era judeu, também era cooperador do apóstolo Paulo a quem acompanhou em suas viagens missionárias. Foi autor do livro que recebeu o seu nome, e também Atos dos Apóstolos (carta onde ele narra exatamente os atos, isto é, as ações dos apóstolos após a ascensão (subida) de Cristo ao céu). Leia At. 16.10; Cl. 4.14; 2 Tm 4.11;  Fm 24.
Lucas escreveu a um amigo chamado Teófilo. Sua primeira carta tinha por objetivo narrar o que Jesus fez enquanto andou na Terra, e a de Atos contava o que os discípulos de Cristo fizeram após Ele retornar ao Céu. Leia Lc 1.1-4 e At. 1.1,2 para melhor entender o propósito de suas cartas.
No capítulo 1 e versículo 3, Lucas trata a seu amigo por “excelentíssimo Teófilo”, e, segundo alguns estudiosos da Bíblia, “excelentíssimo” era um tratamento usado para oficiais.
Lucas julgou necessário escrever ambas as cartas não porque os gentios não haviam ouvido falar de Jesus, mas ele queria contar com pormenores, “por sua ordem”, as ações de Cristo (1.1), a fim de certificar a Teófilo a veracidade das histórias de que ele já ouvira falar sobre o Filho de Deus que se fez homem (v. 3,4).
No entanto, ele achou importante descrever sucessivamente os acontecimentos, começando pelo nascimento de Cristo (como ele veio à Terra), até sua ascensão (como saiu da Terra).  
É importante sabermos que Lucas não pertencia ao grupo dos discípulos que andaram com Jesus. Sua carta foi o resultado de pesquisas e entrevistas feitas aos que presenciaram a trajetória terrena do Filho de Deus (Leia Lc 1.2). 
Mateus e Marcos já haviam escrito cartas narrando a vida de Jesus na Terra. O primeiro escreveu aos judeus, e o outro aos romanos. Agora Lucas escrevia a um gentio, seu amigo, apresentando Jesus, não apenas como Deus, mas como homem.
Para os judeus era fácil ver o Cristo como Filho de Deus, afinal eles já estavam habituados com a existência de Javeh (Deus), e sabiam de sua promessa de enviar seu Filho. No entanto, os gentios não eram conhecedores desse Deus, e tudo o que sabiam sobre Ele baseava-se no que tinham ouvido falar. Era, portanto, mais fácil Lucas apresentar-lhes Jesus como o homem-Deus que se despojou de sua glória e viveu como um humano para nos mostrar a vontade de Deus. O nome Cristo vem do grego, e Messias origina-se do hebraico, mas ambos os nomes significam Ungido.
É importante salientar que somente Lucas (dentre os escritores dos evangelhos sinóticos) apresenta a história do nascimento de João Batista (primo de Jesus), a visita de sua mãe à prima Isabel (mãe de João Batista), e os detalhes do nascimento de Jesus, contando, inclusive, sobre o alistamento de seus pais em Belém. Era importante apresentar-se o parentesco de Jesus para confirmação de sua natureza humana.
Mateus, ao escrever para os judeus, tentou apresentar Jesus como o Rei que havia de vir. Os judeus já esperavam o Ungido de Deus que os livraria da opressão romana. Eles não creram que Jesus fosse esse rei porque ao invés de se rebelar contra o império romano ele ensinava coisas que pareciam denunciar  seu apoio ao governo tirânico dos gentios, como por exemplo: “Dai à César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17).
Para provar que Jesus era o rei prometido por Deus Mateus escreveu sua carta começando pela genealogia de Jesus, a fim de mostrar a seus conterrâneos que a descendência dele estava de conformidade com as profecias.
Leia neste blog o estudo sobre “A importância da genealogia de Jesus” para entender melhor por que Mateus iniciou sua carta pela genealogia de Cristo.
Por conta de salientar que Jesus é o rei prometido por Jeová, o evangelista Mateus utilizou muito em sua carta expressões como “Reino dos céus” e “Reino de Deus”, conforme se pode observar em Mateus 3.2; 5.3; 6.10; 8.12; 18.23; 19.12; 19.23; 20.21; 23.13; 24.14 etc. A palavra Reino, neste livro, é proferida mais de 50 vezes.
Marcos, que escreveu aos romanos, teve por intenção apresentar Jesus como o Servo Perfeito, por isso faz todo o sentido ele ter começado sua carta narrando sobre a submissão do Filho de Deus em deixar-se batizar por um discípulo (João Batista). 
Também para enfatizar sua ação no ministério terreno, Marcos utilizou muito expressões como “logo”, a fim de mostrar Jesus como um ser em constante ação, cuja missão era a de servir (Mc 10.45). Para ter ideia de quantas vezes Marcos usa a expressão “logo” em seu  livro leia Marcos 1.10; 1.43; 2.2; 2.8; 2.12; 4.16  etc. Pesquise numa enciclopédia bíblica a palavra “logo” e você verá quantas vezes ela é utilizada por esse escritor.
Por sua vez, Lucas pretendia mostrar Jesus como homem, por isso constantemente referia-se a Cristo como “O Filho do Homem”. Ao usar essa expressão Lucas confirmava a natureza humana de Jesus, pois sendo Filho do homem também era homem, assim como indica a frase “filho de peixe, peixinho é”. Observe algumas passagens onde essa expressão é utilizada na carta de Lucas a Teófilo: Lc 5.24; 7.34; 6.5;  9.22; 9.26; 11.30; 12.8; 12.40;  etc.
O tema base do livro de Lucas, isto é, a frase na qual seu livro se baseia está no capítulo 19.10: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”.
Toda a narrativa de Lucas se propõe a declarar esta verdade: O motivo de Jesus encarnar-se e viver entre os homens era para salvá-los da condenação do pecado, reconciliando-os com Deus, por meio de seu sacrifício.
Lucas narra em sua carta a apresentação de Cristo no templo e conta as palavras de Simeão, que orando a Deus, agradeceu-lhe pelo privilégio de ter sido escolhido para fazer a apresentação do Salvador, dizendo: “...Os meus olhos já viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos, luz para alumiar as nações e glória de teu povo Israel. (Lc 2. 28-32)
Também escreveu que, ao falar sobre Jesus, João Batista (que era seu primo), revelou aos que estavam presentes que através do Cristo “toda a carne verá a salvação de Deus” (Lc 3.6).
Em sua carta a Teófilo, Lucas também lhe chamou a atenção em como Jesus dava preferência aos rejeitados. Ele narra histórias como as do bom samaritano e a de Zaqueu. Na primeira história há um homem de Jerusalém que a caminho de Jericó foi apanhado por ladrões (salteadores), os quais o roubaram e espancaram-no, deixando-o quase morto. Passou por ele um sacerdote e fingiu não vê-lo. Depois passou um levita, e vendo-o passou de largo. Por fim, um samaritano que passava por ali, vendo-o foi até o ferido e o socorreu levando-o para um lugar onde pudessem tratar dele.
 Observe que a importância dessa história está no fato de que o sacerdote era símbolo do religioso, o levita, dos conhecedores da lei de Deus, e o samaritano pertencia a um grupo de israelitas odiados pelos judeus. Mas foi este quem socorreu o pobre homem, mesmo sendo o moribundo pertencente aos seus inimigos.
Na narrativa sobre Zaqueu, que era um judeu publicano (cobrador de impostos para o império romano), e por conta de seu ofício era odiado pelos seus compatriotas, mesmo contra a vontade da população que chamava Jesus de pecador por comer com aquele a quem consideravam pecador, Cristo respondeu-lhes: “Hoje veio salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” (Lc 19.9,10).
Que bonito quando lemos o livro de Lucas, imaginando Teófilo lendo estas histórias. Que reconfortante para um gentio (que eram desprezados pelos judeus ortodoxos), ver Jesus defendendo os rejeitados, e acolhendo gente de toda nacionalidade, assim como aqueles considerados como o pior pecador. 
Lucas mostrou que Jesus, o Filho do Homem, era um personagem sensível. Ele contou a história sobre o dia em que Jesus chorou ao ver a situação de seus conterrâneos, cujos corações estavam fechados para a salvação que veio ofertar-lhes. E o evangelista Lucas narra que, ao ver a cidade de Jerusalém Jesus chorou sobre ela (Lc 19.41).
Que prova mais contundente da humanidade de Cristo Lucas poderia dar a seu amigo? Um homem que ao sentir a rejeição era capaz de chorar, não apenas por ter sido rejeitado, mas ao pensar no alto preço que seus conterrâneos haveriam de pagar por não aceitarem que ele pagasse o preço de seu resgate!
Tente ler o livro de Lucas, imaginando Teófilo lendo esta carta, mas não se esqueça de que este homem era um gentio, não era familiarizado com o Deus de Israel, e seu amigo Lucas estava contando a vida de Jesus, como o Deus que se fez homem e como ser humano passou 33 anos na Terra, ajudando as pessoas a libertarem-se de seus males e a se reencontrar com o Pai. O evangelista Lucas mostra a Teófilo, por meio de sua carta que, embora sendo homem, Jesus se deu como exemplo para ser imitado por todos quantos queiram ser seus discípulos.
Se você nunca leu esse livro que faz parte dos sinóticos (os evangelhos compostos pelos livros de Mateus, Marcos e Lucas), eu te aconselho a começar a lê-lo, pois para mim, o livro de Lucas é um dos mais detalhados nas narrativas, e gosto da maneira como esse evangelista (escritor dos Evangelhos), conta a história de Jesus na Terra.
Boa Leitura!

Fique na paz do Senhor Jesus!

Leila Castanha

02/2015


quinta-feira, 19 de junho de 2014

COMO DEVO ORAR



O que é orar?
Do latim orare, essa palavra tem o mesmo sentido de prece ou súplica a Deus. Em termos mais simples, orar é conversar com Deus, para agradecer-lhe, pedir-lhe, confessar-lhe, interceder por alguém etc.
Apesar de muitos já compreenderem isso, alguns se perguntam se há algum tipo de ritual ou hábito no momento de oração. A resposta é NÃO. Falamos com Deus com a mesma naturalidade com que falamos com o nosso próximo. No entanto, a Bíblia faz algumas observações para que a nossas orações sejam atendidas por Ele. Apesar de enumerá-las para maior facilidade na leitura, isto não quer dizer que tais itens devem ser seguidos consecutivamente.
 Assim sendo, copiarei algumas exigências bíblicas para a oração ter efeito positivo. A começar pela epístola aos hebreus (11.6), conforme podemos observar a seguir:  “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; Porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam.”
Observamos neste texto bíblico três pontos cruciais para Deus atender as nossas orações: 

1. Ter fé: O mesmo escritor (não sabemos quem escreveu a carta aos hebreus), nos esclarece o conceito de fé, dizendo: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem (Hb11.1)
O que você sentiria se um filho ou um amigo seu lhe pedisse dez reais, e antes da sua resposta ele dissesse: “Estou lhe pedindo que me empreste dez reais, mas sei que você não irá me arrumar”?
Se fosse comigo eu pensaria o seguinte: “Se você sabia que eu não iria lhe arranjar o dinheiro, então por que se deu ao trabalho de me pedir?”
O mesmo aconteceria se eu fosse uma médica, e após atender  meu paciente e receitar-lhe os devidos medicamentos, ele me dissesse:
“Desculpe-me, doutora, mas não irei tomar esses remédios porque não confio no seu diagnóstico.” Para que, então, o tal paciente tomaria o meu tempo, se não confia em mim como médica?
Assim, muitos de nós agimos para com Deus, vamos até Ele, porém não acreditamos que Ele poderá resolver nossos problemas ou satisfazer nossas ansiedades. Agimos como aquelas pessoas que dizem: “Só acredito vendo!”
 O problema é que o escritor aos hebreus diz que para agradar a Deus é preciso ter fé, e ter fé é acreditar que Deus me atenderá, e ter tanta certeza disso de forma que você se sente arraigada no “firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.”
Isto é, devemos ter certeza que receberemos o que pedimos a Ele, e sentirmo-nos como se já houvéssemos recebido mesmo antes de ver a resposta concretizada.

2.    Crer que Ele existe: Uma vez explicado o que é a fé percebemos que se orarmos a Deus sem acreditarmos que Ele existe nossa oração não fará diferença alguma. Ninguém em sã consciência conseguirá manter contato com outro ser em cuja existência não acredite, mas que o vê apenas como fruto da imaginação infantil ou como uma lenda cultural.
Prova disto é que, quando a criança ou o adulto descobre que Papai Noel não existe até pode, por ocasião do natal, escrever-lhe uma cartinha pedindo-lhe um determinado presente. Todavia, ele têm consciência de que quem atenderá o seu pedido é uma pessoa real, de carne e osso, e não o bom velhinho. Alguns fingem acreditar em sua existência para entrar no clima das festividades natalinas, a fim, exclusivamente, de alcançar o que desejam do suposto Papai Noel.
Mas com Deus isso não funciona: O escritor aos hebreus diz que “é necessário que creia que Ele existe”.

3-    Crer que ele recompensa os que o buscam:  Aqui observamos duas coisas:
a.    O que ora a Deus deve crer que ele recompensa (é galardoador);
b.    Ele recompensa os que o buscam.
A palavra “galardoador”, quer dizer “aquele que dá galardão”. Galardão é prêmio ou recompensa. Assim, o escritor aos hebreus diz que devemos crer que Deus premia ou recompensa os que o buscam.
De nada adianta orarmos a Deus se não cremos que ele recompensará nossa busca por Ele. Além disso, devemos ter em mente que Ele só recompensa àqueles que o buscam, não as pessoas que o procuram como analgésico na hora da dor.
Em Mateus 7.7,8, o próprio Jesus ensinou que Deus atende a oração daqueles que pedem, buscam e batem, isto é, os que insistem em oração. No livro de 1Crônicas 7.14, no Antigo Testamento (O Antigo Testamento era o antigo pacto de Deus com o homem), lemos as palavras do próprio Deus ao seu povo: “E se o povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se  converter do seus maus caminhos, eu o ouvirei do céu...”
Dentre outras coisas, Deus exige que aqueles que se dizem povo dele o busquem em oração.
É bem verdade que a maioria dos crentes não acha dificuldade crer que Deus existe, afinal, não seriam crentes se não cressem (A palavra crente significa “aquele que crê”). No entanto, muitos encontram grande dificuldade em acreditar que Deus realmente recompensa a sua busca.
O problema disso está no fato de que, ao não se crer que haja recompensa em buscar-se a Deus, o cristão fica sem motivação de orar. E sem oração (momento em que o homem fala com Deus), não haverá resposta de Deus, pois ele recompensa aos que o buscam, conforme já vimos acima.
Um dos exemplos disso está registrado em Êxodo 3.9,19; 14.10,14. Crendo na existência e no poderio de Deus, os hebreus oraram por libertação da escravidão do Egito, no entanto, na hora de provarem que sabiam que Deus lhes recompensaria por buscá-lo, eles foram reprovados.
Passaram a lastimar-se para Moisés, dizendo-lhe que antes tivessem continuado escravos, pois lá no Egito comiam do melhor, e Deus apenas os levou para morrer no deserto. Ou seja, os hebreus acreditavam mais na recompensa do seu opressor, Faraó, do que no amor de Deus.
 Isso fez com que o Senhor se irasse de tal maneira contra eles, que não lhes permitiu entrar na Terra Prometida. Para que não dissessem que Deus puniu os hebreus (nome dado aos antigos judeus) porque não conseguiu cumprir sua promessa, O Senhor permitiu que os filhos daquele povo herdasse a Terra em lugar deles.
Costumo usar o seguinte exemplo para falar sobre a nossa falta de confiança na lealdade divina: Às vezes agimos com Deus como pessoas que apresentam suas causas trabalhistas à justiça falha do nosso país, a qual leva anos para julgar uma causa, e por conta da falta de fé nas leis brasileiras desistem de lutar por seus direitos.
Alguns, apesar de saber que existe o órgão da justiça para resolver os seus impasses, preferem deixar para lá, ou começam o processo, desistindo dele no meio dos trâmites, por não acreditarem que seus pedidos serão levados a sério.
É exatamente assim que acontece conosco. Sabemos que Deus nos dá direito de levarmos a ele nossas ansiedades (1 Pe 5.6,7). Porém, ao não acreditarmos que Deus se importa com os pedidos que lhe apresentamos, nossa falta de fé influenciará em nossa percepção sobre a fidelidade divina, e nos fará entregar os pontos, levando-nos a desistir de buscá-lo em oração.
No texto acima, Pedro deixa claro que devemos nos humilhar perante  Deus (depender de alguém é humilhante), no entanto,  o citado apóstolo garante que a seu tempo (no tempo de Deus) Ele nos exaltará.
Essa crença é fundamental para sermos atendidos em nossas petições a Deus.
Uma coisa eu aprendi durante o meu tempo de cristã: Deus nunca se esquece daquilo que entregamos em suas mãos.
Todavia, na nossa fraqueza, temos agido como o povo de Israel em face às dificuldades.
Muitas vezes, achamos mais conveniente crermos no diagnóstico médico do que no  médico dos médicos que promete ouvir nossas súplicas e curar-nos; Cremos mais na justiça humana, que é falha, do que na fidelidade divina em enxugar nossas lágrimas; Cremos  mais na força da tempestade do que no Senhor que domina a natureza, e assim por diante.

HOMENS QUE CONFIARAM NA RECOMPENSA DIVINA
Apesar de tantos exemplos negativos haviam aqueles que criam que Deus é leal com os que o buscam. Dentre eles, encontramos o salmista Davi, que angustiado diante das aflições que o afligiam orou em agonia:
“Por que estás abatida ó minha alma? E por que te perturbas dentro de  mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei.” (Sl 42.3,10, 11) (grifo meu).
O mesmo Davi, certa vez, orando, confessou a Deus: “...Tu, Senhor, nunca desamparas os que te buscam.” (Sl 9.10) (grifo meu)
Não é a toa que a Bíblia diz que Davi era o homem segundo o coração de Deus. Deus ama os que não desconfiam de sua fidelidade!
Jesus, ao orar, nos deixou o exemplo. Enquanto falava com Deus, em oração, ele disse-lhe: “Pai, eu bem sei que sempre me ouves.” (Jo 11.41,42) (grifo meu).
O escritor aos hebreus (10.22) também advertiu aos irmãos que deviam orar a Deus “Em inteira certeza de fé” (grifo meu).
 O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, disse-lhes: “Eu sei em quem tenho crido, e que é poderoso para guardar o meu depósito” (2 Tm 1.12) (grifo meu).
Isto é, Paulo só cria que Deus guardaria aquilo que depositou nele.
Um determinado 1escritor exemplificou esse versículo da seguinte forma:
“Se você tivesse sentado num terminal de aeroporto com sua maleta ao lado e ao afastar-se um momento para conversar com alguém, o que você faria se alguém houvesse roubado a sua bagagem?
Você poderia dirigir-se ao balcão e pedir que a mandassem procurar. A resposta seria provavelmente negativa. Se a maleta estava com você, e você a perdeu, não havia por que recorrer à empresa aérea. Mas, por outro lado, se você já houvesse registrado-se no balcão e constatasse, na chegada, a falta da sua  bagagem, você teria todo o direito de recorrer à transportadora, que logo iniciaria a procura da maleta perdida. Assim, a empresa aérea só é responsável por aquilo que lhe foi confiado.” (p.61)

Resumindo: Devemos orar com fé, crendo que Deus existe e que ele é galardoador (recompensador) dos que o buscam. E não podemos nos esquecer que Deus só resolve aquilo que entregamos aos cuidados dele. Leia as palavras do salmista abaixo:
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará” (Sl 37.5)
Observe que o primeiro passo é “entregar” para ele, e depois confiar nele.
Portanto, se assim fizermos, poderemos orar a Deus com a mesma certeza de Davi: “Ó tu que ouve as orações...” (Sl 65.2)

Com amor fraternal,
Em Cristo,
Leila Castanha


1Ravi Zacharias. Do coração de Deus – Editora Textus.





A SANTA CEIA DO SENHOR


   Devido à falta de compreensão das igrejas atuais sobre o real significado dessa solenidade instituída por Jesus Cristo alguns líderes religiosos não dão a importância devida a celebração da santa ceia, e por isso incluem-na em cultos corriqueiros e chegam até, com o passar do tempo, a excluí-la de seu cronograma, julgando não ser necessário os símbolos determinados por Cristo: o pão e o vinho, utilizados com a finalidade de os cristão lembrarem-se do sacrifício de Cristo. No entanto, procuraremos mostrar, biblicamente, a importância desta cerimônia para a Igreja.
   Observaremos que este cerimonial é como um rio muito profundo, e que a compreensão de seus símbolos (pão e vinho), como memórias da carne e do sangue de Jesu equivale a estarmos apenas à margem desse rio, o que nos indica que temos muito a mergulhar em busca de um conhecimento mais apurado em relação a esse tema, como por exemplo, dos porquês do uso de tais elementos para o referido ritual simbólico.
   Vejamos, então, algumas das diversas significações do ato da Santa Ceia do Senhor:
1)           Representa unidade em Cristo:  De acordo com a Enciclopédia Larousse Cultural, Unidade quer dizer "qualidade do que é um ou único (por oposição a pluralidade)”.
   O desejo de Jesus sempre foi haver unidade em sua Igreja , e por isso antes de ele subir  orou ao Pai para que isso fosse possível (Leia Jo 13.35; 17.20,23)

A)          Por que Jesus fez essa oração?
   Porque ele sabia que sua Igreja cresceria, devido à propagação do Evangelho, e se não houvesse essa unidade, uma vez que alguns foram para Ásia, outros para a Judéia, enquanto que outros espalharam-se para as mais diferentes regiões do globo terrestre,  com o passar do tempo o povo se dividiria. O apóstolo Paulo também advertia aos irmãos sobre manterem a união em Cristo (1 Co 10.17; 12.25,26; Ef. 4,3-6).

B)           Por que precisamos cear na Igreja?
   Em primeiro lugar, porque Jesus assim determinou. Foi ele, o grande Mestre, que a seu exemplo, ordenou que os discípulos continuassem essa tradição em memória de sua morte sacrifical pela humanidade (Lc 22.14-20).
     Todavia, por trás dessa ordem havia propósitos, conforme veremos  a seguir:

1-           A  Ceia do Senhor visa o ajuntamento do povo cristão
   A ceia constitui um momento em que todos participam de uma cerimônia, em conjunto. Tanto alimentamos nosso corpo, como também fortalecemos nosso espírito pelo ato de comunhão, tendo, todavia, como primazia o alimento espiritual, conforme indica o apóstolo Paulo, no texto a seguir: “Mas, se algum tiver fome, coma em casa, para que não vos ajunteis para condenação.” (1 Co 11.34)
   Um dos propósitos de Cristo ao ordenar essa cerimônia solene era o ajuntamento dos  cristãos, conforme lemos em 1 Co 11.33: “Quando vos ajuntais para comer esperais uns pelos outros”.
   Um dos grandes problemas que enfrentamos nos dias modernos é que a internet tem substituído as visitas físicas por bate-papos online. Precisamos nos reunir mais com nossos entes e amigos queridos a fim de estreitar nossos laços por meio do ajuntamento.

2-           Reunir-se à mesa, é um ato de comunhão
   Embora na cultura ocidental não se dar importância ao ajuntamento da família em volta da mesa, na cultura hebraica, sentar-se à mesa com os membros da família era algo  valorizado porque significava comunhão.  Leia os textos a seguir para compreender esse pensamento cultural do povo hebreu:
   No Salmo 141.4, o salmista pede a Deus que não permita que ele venha a comer das delícias (da  mesa) dos que praticam o mal. Em  2 Samuel 9.7, Davi, querendo mostrar que Jônatas era bem vindo a sua casa, promete-lhe que sempre comerá à sua mesa. Em 1corintios 5.11, o apóstolo Paulo exorta aos irmãos de Corinto que não se associem a lista de pessoas que ele descreveu, nem sequer comam com eles. Em Mateus 9.11 e Lc 15.2, os evangelistas contam que  os judeus se escandalizavam porque Jesus se dizia Filho de Deus e comia à mesa de pecadores.
   Percebe o quanto isso representava para a cultura judaica? Comer com alguém é o mesmo que dizer que estavam em comunhão, isto é, em comum acordo.

3-           Comer o pão é símbolo de pertencimento à família
   O ato de partir do pão entre os judeus ortodoxos (conservadores) também tem significado. Conforme a narrativa do 1bispo Roberto, ao sentarem-se à mesa para uma refeição, no lugar de orarem agradecendo pelo alimento, o chefe da família parte o pão e oferece um pequeno pedaço a cada membro. Os que não pertencem a sua família não recebem porque aquele pedaço de pão simboliza que as pessoas que os comeram fazem parte do seu corpo. 
   O mesmo sentido existe quando os cristãos reunidos “à mesa de Cristo” recebem o pedaço de pão e come-o. Anunciamos que fazemos parte do mesmo corpo, isto é, do corpo de Cristo (a Cabeça do corpo, ou seja, o líder da família cristã).

4-           Partir o pão - Ato de compartilhamento
   Como já compreendemos anteriormente, tudo o que Cristo ensinou possui algum aprendizado implícito. Compartilhar é a palavra chave para esse mandamento do partir o pão.  Em Isaías 53.5, o profeta diz que “Ele foi moído pelas nossas transgressões”, isto é, foi feito em pedaços.
   Parece que o escritor queria dizer que Jesus dividiu-se em pedaços para que todos nós participássemos dos benefícios de seu sacrifício. Jesus, ao servir a primeira ceia como símbolo de sua morte, partindo o pão, ofereceu-lhe aos seus discípulos, dizendo-lhes: “Esta é a minha carne que é partida por vós”.
   Se o sacrifício pelo pecado fosse feito no Antigo Testamento, cada ofertante teria que trazer sua própria oferta sacrifical, mas no Novo Concerto que Deus fez com o mundo, Cristo foi moído por nós, isto é, sua carne foi partida por nós para que cada um pudesse servir-se dela a fim de serem salvos.
   Ele fez um  único sacrifício que foi dividido por todos. Por isso Jesus nos advertiu de que o mesmo pão seja partido e repartido dentre todos, da mesma forma que confirma  o apóstolo aos gentios (Paulo):  “Todos participamos do único pão” (1 Co 10.17).

5-           A mesa do Senhor é símbolo de igualdade
   Assim como na tradição judaica, todos os que participam da mesa, na condição de membro do corpo de Cristo, são servidos igualmente. Não há acepção para o chefe da família (Cristo), mas todos recebem o pedaço do pão como reconhecimento de que pertencem ao mesmo corpo. Daí se faz entender as palavras paulinas:
“E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis  longe, e aos que estavam perto; Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus.” (Ef 2.17-19).
   Sendo todos reconhecidos como da mesma família, agora, como simbolismo, participamos do mesmo pão que é repartido para todos igualmente.

2) A Santa Ceia representa uma celebração do amor
    A Palavra “Santa” já explica tudo, uma vez que significa “Separada, Sagrada”. Não é uma ceia qualquer, mas uma reunião diferente das demais em que nos juntamos para comer e congratulamo-nos. É tão diferente que Paulo exorta aos irmãos de Corinto que não devem ir a essa solenidade com a intenção de encher a barriga, mas “Se alguém tiver fome, coma em casa” (1 Co 11.34).
   Percebemos nesse versículo que embora devamos participar do pão e do vinho, a Santa Ceia do Senhor não tem como propósito matar  nossa fome física, mas nos lembrar da sua morte em sacrifício pela nossa salvação. Não é o ato de comer que importa, mas nosso ajuntamento e nossa comunhão uns com os outros, conforme nos afirma os versículos 20-22:
“De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor. Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se; Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto  não vos louvo.”
   Observe que o apóstolo aos gentios enfatiza que se fosse para comerem e beberem a vontade deveriam fazer isso em suas casas. O que importava nessa celebração era a mostra do amor pelo próximo, isto é, a união entre eles, que não permitiria que uns comessem demais, enquanto outros padecessem fome.

 3)  Ato de lealdade ao chefe da Igreja (Cristo)
   Certa feita Jesus disse aos seus discípulos: “Vós sereis meus discípulos se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15.14). Ao falar sobre a Santa Ceia do Senhor, o apóstolo Paulo repreende  os irmãos de Corinto, iniciando sua fala com as seguintes palavras: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei...”.
  Isto é, ele estava ordenando exatamente o que o Mestre ordenara, estava sendo leal a Cristo. A palavra Sacramento (também utilizada para a Santa Ceia),  deriva do latim que, traduzido, corresponde a “juramento”. Assim, participar da Santa Ceia do Senhor é ser leal ao juramento que ele confiou aos seus discípulos que se baseia em ajuntarmo-nos para, por meio dos símbolos (pão e vinho), lembrarmo-nos da Sua morte até que Ele venha. (Lc 22.17-20; 1 Co 11.26).
Espero tê-lo ajudado a melhor compreender a importância dessa cerimônia, tão ignorada por muitos, mas igualmente, tão importante para aqueles que desejam de coração fazer a vontade do Mestre, vivendo em concordância com os seus ensinamentos.
Que Deus continue te abençoando e o seu Santo Espírito venha esclarecê-lo mais e mais.

Com amor fraternal,
Em Cristo Jesus,
Leila Castanha

14/06/2014



1ROBERTO, BISPO. A Presença Real - Rio de Janeiro: Carisma, 1981.




A FUNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO


Desde o momento em que aceitamos a Jesus como nosso Senhor e Salvador o Espírito Santo passa a habitar em nós, por isso é de suma importância que conheçamos melhor este Ser que faz parte da divina trindade, que além dele é composta pelo Pai e pelo Filho (Jesus).
Paulo, em 1Co 3.16 e 6.19, diz que o Espírito Santo habita em nós. Embora sua presença no crente não o torne de imediato crente espiritual, sem ele não conseguimos produzir o fruto descrito em Gálatas 5.22 em diante. Os irmãos coríntios, segundo Paulo afirmou, haviam recebido o Espírito Santo, e, no entanto,  o apóstolo os chamou de crentes carnais.

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
De acordo com as palavras de Jesus, registradas em João 14.16, o Espírito Santo é o “outro Consolador”,  e fora enviado pelo próprio Cristo. O termo “outro”, no original grego é allos, e quer dizer “outro do mesmo tipo”. 
Heteros, outra forma grega de designar o pronome “outro”, difere-se de allos porque significa “outro de tipo diferente”. Isto significa que sendo allos e não heteros, o Espírito Santo é outro Consolador do mesmo tipo que Jesus
Sabemos que Cristo era uma pessoa, isto é, alguém que manifesta qualidades como intelecto, sentimentos e razão, ou, de acordo com a Enciclopédia Larousse Cultural, pessoa é “alguém que é capaz de gozar de direitos e de contrair obrigações”, coisas que uma força ativa, como o vento, por exemplo, não pode fazer.
O Espírito Santo é uma pessoa porque, segundo a Bíblia, encontramos qualidades de pessoas  nele, como se pode ver a seguir:
·        Ele convence (Jo 16.8; 1Co 6.19; 1Jo 2.1,27)
·        Leva o homem a Deus (Ef 2.16);
·          Fala (At 4.3); 
·         Impede (At 16.6);
·           Ensina (Jo 14.26; 1 Co 2.13;Observe  o texto de Lc 12.11,12);
·              Guia ( (Lc 4.1; At 8.29; 16.7);
·         Inspira (2Tm 3.16);
·        Intercede (Rm 8.26 ,27);
·        Justifica (1 Co 6.11);
·         Revela (Ef 3.5);
·        Entristece-se (Is 63.10; Ef 4.30)
PARACLETO: O termo Paracleto, conforme se vê no original grego, foi traduzido por Consolador. No grego, Paracleto significa “aquele que dá força" ou “aquele que encoraja”.
Esta é exatamente a função do Espírito Santo: Encorajar-nos, nos dar força, estar ao nosso lado para nos ajudar, a fim de vivermos de modo prático os ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo.
O sentido do vocábulo Paracleto é também traduzido por advogado, conselheiro, consolador, fortalecedor, socorro, aliado e amigo. A mesma palavra (Paracleto) que foi usado em João 14.16, e traduzida por “Consolador”, também foi usada em 1 João 2.1 em relação a Jesus, sendo traduzida por “advogado”. O que indica ser ele uma Pessoa, não uma força ativa, como querem alguns.
Além disso, podemos entender o Espírito Santo como sendo uma pessoa porque, além das provas já mencionadas, e de acordo com estudantes do grego, o pronome aquele (no grego ekeinos) que foi atribuído a Ele em João 16.8,13 e 14, é usado para designar pessoas.

A  AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
Observação: O Antigo Testamento era a época em que o testamento (O pacto ou o acordo) de Deus era válido, exclusivamente, para o povo de Israel. Os povos das demais nações (chamados de gentios) não faziam parte desse pacto.
Embora a pessoa do Espírito Santo não apareça muito na história do Antigo Testamento, vimos que desde a fundação do mundo Ele já estava presente: “O Espírito do Senhor pairava sobre a face das águas”. (Gn 1.2). Também observamos sua atuação na vida de algumas pessoas velho-testamentária (da época do Velho Testamento), em exemplos que veremos a seguir.
Apesar de ele estar presente naquela época, sua ação era esporádica (isto é, rara). Ele só agia raramente porque, embora pudesse habitar com os servos de Deus não estava neles, apenas apossava-se deles quando se fazia necessária a intervenção divina.
Assim, quando Deus designava alguém para executar uma missão especial, o Espírito Santo se apoderava daquela pessoa, pois desde o início sua função era dar força e encorajar os homens a fim de cumprirem as ordens de Deus com sucesso.
Assim como hoje, Ele condicionava a pessoa a cumprir seu ofício e executar a missão que Deus lhe confiara, todavia, após a execução do trabalho proposto pelo Senhor, o Espírito Santo se retirava do homem. Podemos observar isso nos exemplos a seguir:
 No momento da unção de Saul a rei de Israel, o Espírito do Senhor se apoderou dele a fim de capacitá-lo e fortalecê-lo para sua missão. Mais tarde, quando já era rei, ele precisava lutar pelo povo, e o mesmo Espírito se apoderou dele (1Sm 10.6; 11.5,6).
 A mesma coisa aconteceu com Sansão (Jz 13.25;14.6,19).Também com Gideão (Jz 6.34), e Bezaliel também teve essa experiência (Ex 35.30-35);
Davi bem sabia quanto era importante a presença desse Ser extraordinário, pois  ao ser ungido rei contou com a  possessão do Espírito Santo sobre ele, conforme nos indica o texto de 1Sm 16.13. Foi o Santo Espírito quem o condicionou a vencer, o até então, maior guerreiro de Israel (o rei Saul).
Dessa forma observamos que, embora não fosse algo constante, as poucas vezes em que o Espírito Santo agia através do ser humano era com o intuito de capacitá-lo, fortalecê-lo ou encorajá-lo a cumprir as determinações divinas.
Sabendo Davi que era o Espírito de Deus quem o fazia forte, certa vez ao confessar sua agonia por ter pecado contra Deus ele clamou ao Senhor angustiado: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e não retire de mim o teu Espírito Santo” (Sl 51. 11).
O apóstolo aos gentios (Paulo), também compreendia a importância vital que esse personagem tinha na vida dos cristãos, de maneira que advertiu os irmãos efésios (4.30): “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.”

O ESPÍRITO SANTO NA ÉPOCA DOS APÓSTOLOS
Nessa época, estando Jesus na Terra juntamente com eles, o Espírito Santo não se fazia necessário habitar neles, apenas estava com eles. Em João 14.17, na última parte do versículo lemos as palavras de Cristo: “... Mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Preste atenção: Habita (presente) e estará (futuro). Esta promessa (de o Espírito Santo estar nos discípulos) foi cumprida quando Jesus estava prestes a subir ao céu e comissionou seus discípulos enviando-lhes a continuar sua missão, e ao encerrar suas orientações, disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.21,22). Agora, aquele Espírito que antes estava com eles, passou a estar neles.

A MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO HOMEM
 Em João 20.22, lemos que “Jesus soprou em seus discípulos e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”. O verbo “soprou” (no grego, emphusao) usado nesse texto é o mesmo verbo usado em Gn 2.7, onde diz que Deus soprou no nariz de Adão o fôlego de vida e o fez alma vivente. É também o mesmo verbo usado em Ezequiel 37.9: “Assopra sobre estes mortos para que vivam”.
O uso que João faz desse verbo indica que Jesus estava lhes dando o Espírito a fim de lhes produzir vida. Assim como soprou no homem lhe dando vida física, também soprou nos discípulos para lhes trazer vida espiritual.
Esta é a ação do Espírito Santo em nós, produzir vida espiritual, porque o homem natural não consegue por si mesmo produzir fruto digno de arrependimento, isto é obra do Espírito Santo, conforme Paulo afirma em Gálatas 22.5. 
O papel do  Espírito Santo hoje é nos dar força, visto que “Ele nos ajuda nas nossas fraquezas” (Rm 8.26). Também sua função abrange nos preparar e condicionar para o trabalho para o qual o Senhor  nos chamou, suprindo-nos com os dons que ele dá a cada um, e auxiliando-nos a manter a pureza (santidade) para viver em santificação, como noiva imaculada, aguardando o Noivo (Cristo) que um dia virá buscá-la (Leia 1 Co 12.4-11,27).
Que esse maravilhoso Ser que faz parte da divina Trindade possa ajudá-lo cada dia a aprofundar-se nas profundezas das riquezas de Cristo, escondidas nos recônditos de sua Palavra. 
Abra a sua Bíblia e comece a procurar por este maravilhoso tesouro escondido em suas páginas que o levará as mansões celestiais, junto a Cristo Jesus.

No amor de Cristo,
Leila Castanha
15/06/2013







sexta-feira, 23 de maio de 2014

QUANDO TEMOS IMAGENS EM CASA ESTAMOS PECANDO?



Conheci um determinado irmão em Cristo, que no auge de seu zelo pela Palavra de Deus, incentivava os novos convertidos a destruir tudo o que se tratasse de imagens, dizendo ser idolatria.
Em sua lista constavam fotografias, quadros de qualquer espécie, dentre outras coisas. Não sei se era o caso desse irmão, mas alguns até proibiam suas crianças de brincarem com bonecas por acreditarem ser imagens de pessoas, logo, idolatria. Para entendermos se tais pensamentos encontram apoio nas Sagradas Escrituras, devemos primeiramente entender o conceito de imagens.
No tocante ao território da visualidade, há pelo menos, três domínios principais de imagens, dentre os quais temos as das imagens como:
1-    Representações mentais, imaginadas, onoríficas (de sonhos), que são imagens que a mente pode criar, sem necessariamente pertencer ao mundo físico;
2-      Imagens diretamente perceptíveis, que são aquelas que assimilamos do próprio mundo físico em que vivemos; 
3-    Imagens visuais, que correspondem a desenhos, pinturas, gravuras, fotografias e todas as imagens cinematográficas, televisivas, holográficas, e computacionais.
4-      “(...). Também “podem ser considerados como imagens os diagramas, os mapas e, no terreno das imagens tridimensionais, também a arquitetura. Há pelo menos, três modalidades principais de imagens: Primeiro, as imagens em si mesmas. Segundo, as imagens figurativas, que se assemelham a algo existente no mundo, ou supostamente existente, como são as figuras imaginárias, mitológicas, religiosas etc. Há ainda as imagens simbólicas. Neste caso, embora as imagens apresentem figuras reconhecíveis, essas figuras têm por função representar significados que vão além daquilo que os olhos veem”.  (Leituras de Imagens: 2012, 17- 19).

Acho que já é suficiente para termos uma ideia do que vem a ser o conceito de imagem: Algo amplo, que vai desde pinturas até mapas e os complexos desenhos arquitetônicos. Creio que qualquer pessoa em seu perfeito juízo não julgaria ser pecado um arquiteto fazer um desenho de um prédio ou alguém comprar um mapa.
 Nosso dia-a-dia é repleto de comunicação imagética (por imagens), como é o caso dos sinais de sinalização, na qual vemos desenhos de crianças atravessando a rua, de lombadas etc.
Também nos hospitais, lemos a imagem de uma enfermeira com o dedo indicador na boca, sinalizando “silêncio”; nos corredores de lugares públicos, como faculdades e restaurantes, há placas com desenho de cigarro com um traço lateral sobre ele, indicando a proibição de fumar naquele local, e assim por diante.
Tudo isso é imagem, e não somente fotografias e quadros. Tudo o que vemos, na própria natureza (as árvores, as flores, os animais, enfim), se nos apresentam por meio de imagens, e a pintura ou a fotografia é a representação da imagem real que nos cerca. 
Uma vez entendido isto, vamos partir para a compreensão de que tipo de imagens a Bíblia afirma ser pecado.
Era costume entre os estrangeiros que habitavam no meio do povo hebreu (o povo de Israel) adorar a vários deuses. Eles faziam imagens de homens, de animais e de outras coisas relacionas a natureza com a intenção de adorá-los: A um, denominavam deus da fertilidade (como era o caso da deusa Diana, de Corinto), a outro, deus da riqueza (como, por exemplo, o deus Belial), e assim por diante. 
Para Israel, no entanto, Deus havia ordenado que não se corrompesse com os costumes dos estrangeiros, mas adorasse somente a Ele (O Deus Invisível) Leia Colossenses 1.15; 1 Timóteo 1.17).
Para evitar que imitassem as outras nações que tinham deuses, em Êxodo 20.4,5; Lv. 19.4; 26.1 e Dt 27.15, Deus proibiu os hebreus de fazerem imagens de escultura, que imitassem qualquer coisa do céu, da terra ou das águas, para que não fossem tentados a adorá-las. Mesmo que fosse imagem Dele não deveriam fazer porque, segundo explicou em  Dt 4.15-18, ninguém nunca o viu para compará-lo a qualquer ser.
E o apóstolo Paulo disse que, ao invés de  contentarem-se em adorar ao verdadeiro Deus (que se apresentava de forma invisível), o povo mudou a imagem do Deus incorruptível em imagem de homens corruptíveis, bem como de aves, quadrúpedes e répteis (Rm 1.23).  Em Ezequiel 8.10, o profeta diz ter visto imagens de ídolos em forma de répteis e animais abomináveis.
O povo tendia tanto à idolatria que certa vez Deus mandou fazer a imagem de uma serpente de bronze para que o povo, ao olhar para ela, fosse curado do veneno das outras serpentes que Deus, em sua ira (porque o povo estava adorando ídolos), mandou ao deserto para feri-lo.
Essa imagem de serpente simbolizava Cristo, que ao ser pendurado na cruz, todos quantos olhassem para ele seriam salvos  ira divina (Jo 3.14-15 e 2 Co 5.21). Lembre-se que o Antigo Testamento servia como figura apontando para o Novo.
No entanto, mais tarde, o povo já estava adorando a tal serpente, pelo que Deus mandou destruí-la.  Quem curava era Deus, olhar para a serpente era apenas um modo de o povo obedecer a Deus, a fim de ser curado.   Não era intenção de Deus que o povo a adorasse, mas que a cobra fosse um meio de o povo lembrar-se de sua misericórdia.
Adorar imagens, como sendo deuses, era costume dos povos pagãos. Eles curvavam-se diante delas e ofereciam-lhes sacrifícios, às vezes até humanos. O erro do povo hebreu (de Israel) era querer imitar os costumes desses povos estrangeiros, porque eles não gostavam de ser diferentes das outras nações.
Envergonhavam-se de ter em seu comando um Deus invisível, enquanto que os outros povos tinham imagens dos seus deuses, por isso, além de, aos poucos, abrirem seus corações para adorar imagens, também pediram a Deus que lhes desse um rei humano, como as outras nações o tinham. (1Sm 8.19-22)
Alguns adoravam deuses em forma humana, porém havia lugares em que seus deuses tinham aparência de animais, como observamos no texto de Ezequiel 8.10.  Samaria era uma das cidades que foi ocupada por povos estrangeiros e  corrompida pela idolatria deles, de tal forma que os judeus ortodoxos (conservadores) não gostavam dos samaritanos (Jo 4.9). Todavia, dentre os rebeldes, havia gente que não se misturava com os costumes pagãos, como o profeta Miquéias, que declarou:
 “Pois todas as nações andam, cada uma em nome dos seus deuses, mas nós andaremos em nome do Senhor, nosso Deus, para todo o sempre”. (Mq 4.5).
Josué também disse:
 “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram os vossos pais, que estavam dalém do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor." Então responderam o povo: Longe de nós o abandonarmos o Senhor para servirmos a outros deuses”. (Js 24.15,16)
Após a escolha do povo pelo Deus de Israel, Josué fez com que eles jogassem todas as imagens que representavam os deuses dos estrangeiros e inclinassem o coração ao verdadeiro Deus (v. 23).
Observe: Josué não exigiu que o povo destruísse as imagens dos deuses estranhos e as substituísse pela a do Deus de Israel, porque ele sabia que Deus proibira que se fizesse qualquer imagem para adorarem, inclusive a Dele (Lv 19.4; Dt 4.16; Is 48.5). O salmista também sabia que as imagens de idolatria irritavam a Deus (Leia o Salmo 78.57-59).
As imagens de escultura, as quais os povos se prostravam, não tinham poder algum, conforme observamos nos versículos acima e no Salmo 135.15-17, no qual o salmista diz que os ídolos “têm boca, mas não falam, olhos e não veem, nariz e não cheiram, mãos e não apalpam, pés e não andam e som nenhum sai de suas gargantas, porque são obras das mãos dos homens”.
O rei Ezequias também compreendia isso, de modo que, ao receber ameaças do rei da Assíria, que dizia que assim como venceu e destruiu os deuses das outras nações também destruiria o Deus de Israel, orou ao Senhor dizendo-lhe que sabia serem verdade as façanhas do rei, e que, de fato, Senaqueribe havia destruído os deuses das nações conquistadas, todavia,  ele também confessou ao Senhor que compreendia que o rei da Assíria só os queimou porque não eram deuses de verdade, mas apenas madeira e pedra moldadas pelas mãos dos homens (2 Rs19.17,18). Habacuque, por sua vez, disse o seguinte sobre as imagens de adoração:
“De que vale uma imagem feita por um escultor? Ou um ídolo de metal que ensina mentiras? Pois aquele que o faz confia em sua própria criação, fazendo ídolos incapazes de falar. Ai daquele que diz à madeira: “Desperte!” Ou à pedra: “Acorde!”Poderá o ídolo dar orientação? Está coberto de ouro e prata, mas não respira” (Habacuque 2.18,19) .
Isaias também falou que “nada sabem os que carregam o lenho das suas imagens de escultura, e fazem súplicas a um deus que não pode salvar”. (45.20)
Elias, sabendo que os ídolos não são nada, desafiou o rei Acabe a enviar-lhe os 450 profetas de Baal a fim de provar-lhe que não passavam de piada. Durante o tempo em que os profetas de Baal sacrificavam-lhe pedindo-lhe que lhes enviasse fogo do céu, Elias zombava deles, dizendo:
“Clamai em altas vozes porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo as necessidades, ou de viagem, ou a dormir, e despertará”. (2 Reis 18. 27).
Como já vimos, em Deuteronômio 4.15,16, a Bíblia esclarece-nos que Deus proibiu todo tipo de imagens que tivesse por propósito a adoração ou outro fim espiritual. Portanto, compreendemos que as imagens proibidas por Deus são aquelas que têm por finalidade a idolatria. 
E o que é idolatria?
Idolatria é tudo aquilo que em nosso coração substitui a Deus. O dinheiro, uma carreira, um amuleto, um carro, um homem, uma mulher e outras infinidades de coisas nas quais depositamos nossa confiança e nossa esperança constituem-se em idolatria. Assim sendo, qualquer coisa que, em nosso coração, está colocado acima de Deus, é idolatria.
Se a fotografia dependurada em sua parede é apenas a imagem de alguém que você preza muito, não há problema em pendurá-la ou exibi-la sobre os móveis. No entanto, se a foto ali impressa representa para você a razão da sua vida, aí é pecado. Não é a fotografia em si, mas a importância que aquela pessoa exerce entre você e Deus. Nesse caso, aquela imagem na foto transforma-se em imagem de idolatria.
 Um exemplo muito comum disso são as dos ídolos que as fãs espalham pela casa ou colam em todos os seus pertences.  A verdade é que há várias imagens associadas à idolatria, assim como vários sentimentos que podem ser indícios de um coração idólatra, que é mais difícil de detectar do que, meramente, as imagens de esculturas.
Tanto é que a Bíblia diz que a avareza (que é o amor ao dinheiro) é idolatria (Cl 3.5). Por que é idolatria? Simples: Porque a pessoa avarenta coloca o dinheiro como a coisa principal e indispensável à sua vida, de modo que não conseguem viver sem ele.
Deus exige lugar de supremacia, isto é, de destaque em nossa vida, e por isso não admite que nada ou ninguém ocupe sua posição. Ele decretou que o primeiro mandamento é Amar a Deus acima de todas as coisas (Veja Mt 22.36-38).
Quando uma imagem, representa para nós, algo mais importante do que Deus, essa imagem é considerada pecado, porque qualquer tipo de idolatria é pecado (Leia 1Co 6.9,10; 10.7; Ef 5.5; Ap 21.8). Não é a imagem em si que é pecado, porque o ídolo (de escultura ou de qualquer outra coisa) não passa de coisas sem poder algum, mas, o significado que você atribui a ela, que expulsa Deus de seu lugar de primazia em sua vida.
 Por exemplo: Uma bandeira com o brasão de um determinado time é apenas um símbolo. Porém, para os fanáticos que colocam o futebol acima de tudo, é muito mais do que isso: Aquela bandeira é a sua glória e a razão de sua vida, de sorte que muitos se matam por não suportar a perda de seu time. 
 A questão é que Deus não vê como o homem, que só enxerga a aparência, Ele vê o coração (1Sm 16. 7) e, àqueles cujo coração está em seus  ídolos (seja ele qual for), provoca a ira de Deus,  porque Ele próprio disse que  não dá a   sua glória a ninguém (Is 42.8, 11).
A irritabilidade de Deus em relação à idolatria não é porque Ele pensa que tais deuses sejam reais e, de fato, tenham poder.  A ira de Deus contra os que adoram a outra coisa ou pessoa, no lugar dele, é porque Ele não admite ser trocado.
Em Deuteronômio 32.21, Deus mostra que os ídolos não são deuses reais, logo, não é a disputa entre eles que provoca o seu ciúme, mas o fato de seu povo não reconhecer sua grandeza e trocá-lo por coisas inferiores, sem poder algum (Leia Isaías 45. 20-22 e Jeremias 2. 11-13). No texto de Jeremias, observamos o quanto Deus ficou horrorizado de ver a cabeça dura dos hebreus. Ele não se conformava em como o seu povo foi tolo em trocar o Verdadeiro Deus por deuses que não são nada, além de invenção dos homens!
Assim também, observamos hoje, pessoas que trocam o verdadeiro culto a Deus pela busca de riquezas e bens materiais. Outros que substituem o verdadeiro culto a Deus pelo prazer momentâneo causados por meros shows, onde se apresentaram seus ídolos, que os leva ao êxtase, movidos pelo barulho e a euforia, contradizendo o ensinamento paulino (do apóstolo Paulo) que diz que nosso culto deve ser racional (com a razão), não apenas movidos pela emoção (Rm 12.1).
 Existem também, crentes idólatras, cuja idolatria os leva a prezar uns pregadores mais do que outros, a ponto de só irem à igreja se estes forem pregar. Como vimos, a idolatria tem uma lista gigantesca: É tudo que toma o lugar soberano de Deus em nossa vida.
Existe grande perigo na prática da idolatria (seja ela representada por imagens ou mais introspectiva, através dos sentimentos). Embora Deus houvesse dito que as imagens de ídolos não eram deuses reais, ele afirmou que, por trás da adoração a elas estão os demônios (Leia Dt 32. 16,17,21).
 O apóstolo Paulo também ensinou aos cristãos que ao comermos carne na casa de alguém não precisamos perguntar se foram oferecidas a ídolos (porque eles não são nada) (Leia 1 Co 8.4), todavia, ele adverte para não nos juntarmos, conscientemente, à mesa oferecida aos ídolos, porque sabemos que por trás deles, estão os demônios, e isso provoca o zelo (o ciúme) de Deus (1Co 10.20,21,22). O salmista também diz que trocar Deus pelos ídolos Lhe provoca ciúmes. (Sl 78.58)
Deus tem tanto ciúme do seu povo quando este o troca por algo ou alguém, que o apóstolo João termina sua carta com os seguintes dizeres: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21). Muitos profetas, também, se referiram às imagens diante das quais os homens se prostram para orar ou dar algum louvor como “As imagens do ciúme do Senhor” (Veja Ez 8.3,5).
Assim, é clara a determinação divina de não se fazer qualquer imagem com finalidade de dirigir-lhe qualquer tipo de adoração. É por isso que os cristãos não concordam com a imagem de santos, nem mesmo de Maria.
Resumindo: É pecado ter imagens em casa quando esta é objeto de adoração para nós. Leia o texto intitulado "Porque não tenho imagens de Maria e de santos" para aumentar sua compreensão sobre o que a Bíblia diz em relação a imagens.

Espero tê-lo ajudado!
Com amor fraternal,

Em Cristo Jesus,
Leila Castanha
2014

BIBLIOGRAFIA CITADA:
SANTAELLA, Lucia. Como Eu Ensino Leitura de Imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012.