segunda-feira, 22 de abril de 2013

O PODER PERTENCE A DEUS


Há um grande perigo rondando os cristãos, que é o chamado “Culto Alternativo”.
O Culto Alternativo é quando alguém transfere para outra pessoa ou coisa o louvor que pertence a Deus.
Como exemplo, podemos citar as imagens de santos, nas quais os fiéis dão todo crédito ao invés de depositarem única e exclusivamente sua fé no Deus dos santos.
Mas não é só isso que é culto alternativo. Quem vai à igreja para angariar fortuna, também está trocando sua busca por Deus pela busca pelo dinheiro. 
Porém, uma das maiores armadilhas atuais do diabo é levar os fiéis a glorificarem os servos de Deus, no lugar de darem honra ao próprio Deus.
 Alguns usam como desculpa o texto do apóstolo Paulo (Rm 13.7), o qual manda que os cristãos honrem a quem tem honra, isto é, valorizem os que merecem ser valorizados. No entanto, honrar ou valorizar, não é o mesmo que endeusar (tornar deuses, e oferecer os mesmos préstimos devidos somente a Deus).
Outro dia fui a um culto de adolescentes no qual convidaram uma cantora famosa para ministrar os louvores, e enquanto o culto rolava formou-se uma fila de adolescentes, do púlpito até o meio da nave da igreja, para receberem autógrafo da tal cantora. Fiquei injuriada e fui falar com a empresária dela (que era a própria mãe da moça), e pedi que ela respeitasse o momento sagrado do culto (adoração) a Deus. 
Não teria nada demais se, após o término do culto, ou mesmo antes dele, ela distribuísse autógrafos,  todavia durante o culto, é no mínimo desrespeito ao lugar santificado para adorar ao nome de Jesus.
A Bíblia é enfática em dizer que Deus não dá sua glória a ninguém, e nem a coisa alguma. Além disso, quando apoiamos nossa fé em alguém, por mais santo que esta pessoa seja, ficamos ligados a ela de forma que, se a tal pessoa está firme, nós também estamos, mas se a pessoa cair, nos sentimos abalados.
A Bíblia nos adverte a não confiarmos nas pessoas a ponto de fazer dela nosso braço forte, isto é, não devemos confiar em alguém a ponto de apoiarmos nossa fé nela (Leia Jr 17.5).
 O texto de Jeremias não diz que é maldito quem confia no homem, mas quem confia no homem e faz dele o seu braço forte. Temos que ser pessoas confiáveis, mas não somos fortes o bastante para que alguém se apoie em nossa força.
O apóstolo Paulo escreveu aos irmãos de Corinto (1 Co 10.12), dizendo-lhes que “Quem está em pé  cuide que não cair”.
Ele estava falando com crentes, dizendo-lhes para vigiarem, senão poderiam fraquejar na fé. Isto porque todos nós, seres humanos que somos, estamos sujeitos a falhar.
Sabemos que Davi era o homem segundo o coração de Deus (Veja At 13.23), todavia ele também caiu vencido pela tentação ao desejar uma mulher casada.
Imagine se todo o povo de Israel apoiasse sua fé em Deus na pessoa de Davi. Ninguém mais creria na santidade divina, porque Davi pecou um pecado duplo: adultério e assassinato (Davi tramou a morte de seu soldado mais fiel para que ele não descobrisse seu adultério com a mulher dele). Esta história está registrada em 2 Sm 11.
Outro homem de Deus que também caiu foi Sansão. Dotado de grande força, era proibido por Deus de se misturar com mulheres que não pertencessem ao povo hebreu (os israelitas). Todavia, sabemos de pelo menos dois relacionamentos de Sansão com mulheres pagãs, sendo uma delas, Dalila, a causadora de sua morte. Leia a história em Juízes capitulo 13 em diante.
Jonas, um profeta respeitado em seu tempo por ser um homem de Deus, certa vez chegou a pedir para morrer porque Deus o enviou para profetizar a destruição dos ninivitas (habitantes de Nínive), e se revoltou quando Deus desistiu de destruí-la porque seus habitantes se humilharam perante Ele.
Segundo a história, esse povo costumava arrancar a cabeça dos inimigos e deixá-las em exposição. Eram malvados e sanguinários, e Jonas não achou justo Deus perdoá-los. Agora imagine se você fosse daquela época e sua fé estivesse apoiada no profeta Jonas, não em Deus. O que você sentiria se o homem em quem você se inspirava estivesse pedindo a morte porque foi fraco o suficiente para conseguir perdoar aos que lhe haviam ofendido?
Pedro, um homem brilhante, que vivenciou grandes maravilhas ao lado de Jesus, e cuja sombra até curava os doentes, também era um homem sujeito a falhar. Lembra-se de quem negou Jesus três vezes, quando ele estava preso? Isso mesmo! Foi Pedro. E ele jurou que jamais faria isso, afinal, era um homem que havia vivido todo o seu ministério ao lado do poderoso Jesus (Leia Mc 14.68).
Agora imagine você como fã de Pedro, dizendo para todo mundo que o irmão Pedro é um homem “cheio do poder”, que nenhum demônio ou doença resistiam à ele, inclusive, chegou a prometer a Jesus, que jamais o negaria, ainda que fosse preciso morrer com ele (Leia Mc 14. 227-31).
Então, no dia em que Jesus foi preso, você ouve no pátio do lugar para onde Cristo foi levado o seguinte:
“Este homem  - dizia uma empregada dos sumos sacerdotes aos soldados- é um dos discípulos de Jesus.
Em seguida você ouve a voz do irmão Pedro, por quem você bota a mão, respondê-la, assustado:
 “Imagina, eu nunca vi este homem!
Que decepção você teria, não é verdade?
Foi exatamente isso o que aconteceu. Leia Mc 14.27-31 e depois  66-71).
Sabe por que isso aconteceu? Porque embora Pedro fosse um homem de fé e um verdadeiro servo de Cristo, ele também era humano, e todos nós seres humanos estamos sujeitos a cair, a falhar e a pecar.
Entendeu o porquê não podemos nos apoiar em homem algum? E não podemos deixar ninguém se apoiar em nós para sustentar sua fé? Mesmo que sejamos um vaso de Deus ou que a pessoa a qual admiramos também seja um homem usado por Deus, todos nós, segundo a Bíblia, somos simplesmente NADA.  Os que se acham “poderosos”, “fortes” e “merecedores” da graça divina não conhecem a Palavra de Deus.
Leia Sl 62.11 e veja o que o salmista disse: “Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: QUE O PODER PERTENCE A DEUS”.
 Nós somos fracos, não fortes. Nossa força é o Senhor. É Nele que nos apoiamos, quando pregamos, quando aconselhamos alguém, quando expulsamos demônios, quando ensinamos a Sua Palavra, quando oramos, quando jejuamos etc.
Vejamos o que o próprio Jesus nos ensinou no final da oração do Pai nosso: “Não nos deixe cair em tentação, mas livrai-nos do mal, porque teu é o reino, O PODER e a glória para sempre. amém! (Mt 6.13).
É ele quem manda (o Reino é dele); é ele quem pode tudo (o Poder é dele); Só ele pode ser glorificado (a Glória é dele).
 Uma vez Jesus ensinou ao apóstolo Paulo uma lição que ele não sabia: “O meu PODER se aperfeiçoa na FRAQUEZA”. (2 Co 12.7) . O apóstolo então, no final do versículo 10, confessou: “Agora tenho prazer nas fraquezas, porque quando sou fraco, então é que sou forte”.
Em palavra popular, podemos entender esse versículo assim: Deus não usa a quem se acha. Ele usa somente aquelas pessoas que sabem que sem o nome de Jesus na frente, não são nada e não podem fazer nada.
Se é o nome de Jesus que nos possibilita expulsar demônios e curar enfermidades, é o nome dele que tem poder, e não nós que estamos expulsando ou orando pela cura.
Por exemplo: Eu vou no banco sacar um dinheiro e percebo que a minha conta foi bloqueada. Então eu vou até o gerente e faço uma reclamação. O gerente me dá um papel para entregar a um funcionário, e este pega o papel, lê e diz ao caixa que é para me dar o valor que pedi.
O caixa responde que não pode fazer isso porque é contra a regra do banco. O funcionário que recebeu o papel do gerente explica ao caixa que são ordens do gerente. Então, mesmo contra a sua vontade o caixa me entrega o que dinheiro que solicitei.
Depois de receber o dinheiro, dirijo-me a um amigo que estava no banco comigo, mostro-lhe o dinheiro e digo-lhe:
-Está vendo como eu sou poderosa! Comigo é assim: Eu quis sacar e eles tiveram de me dar o dinheiro que eu pedi, mesmo com minha conta bloqueada.
Então meu amigo vira-se para mim e responde:
- Não foi você quem conseguiu. Eles obedeceram o gerente, cujo nome estava no papel que você mostrou ao funcionário. Então, Leila, não é você que é poderosa, mas o nome do gerente  que  fez o caixa atender o seu pedido.
Entendeu a diferença? Nós não temos poder nenhum. O nome de Jesus, o qual nós invocamos é que tem poder para fazer qualquer coisa. Quanto a nós não passamos de pó. Simples mortais, carentes da misericórdia divina. Por isso o apóstolo Paulo disse que se gloria na cruz de Cristo. Ele sabia que sem a misericórdia de Deus, que o escolheu sem ele merecer, ele não seria nada.
Você compreende como é que Deus trabalha? Quando digo que sou forte, então Deus não age através de mim, porque Ele só age através de quem entende que é fraco, e só a misericórdia de Deus é a causa de nós não sermos consumido (aniquilados).  Veja esta verdade registrada em Lamentações de Jeremias 3.22,23.
 Leia também 1 Co 1.26-29, que em resumo diz o seguinte: Deus não chamou para a salvação nem muitos entendidos e nem muitos poderosos, mas Ele preferiu chamar àqueles que eram tidos pelo mundo como loucos e como fracos e que sabiam que não eram nada, para que ninguém se vanglorie na presença dele.
Quando nos dedicamos a oração devemos ficar mais humildes, porque no momento da oração percebemos o quanto precisamos de Deus para continuarmos firmes e constantes na obra do Senhor. Sem ele a carne vence o espírito. Leia Mt 26.41.
Os apóstolos Pedro  e João quando em nome de Jesus curaram um coxo, a multidão que assistiu olharam para eles com expressão de admiração. Pedro, porém, sabendo que uma das virtudes do cristão é a humildade, e que a glória pertence ao Mestre, disse ao povo: “Varões israelitas, porque estais olhando tanto para nós como se por nossa própria virtude (poder) ou santidade fizéssemos este homem andar?" A partir daí ele começou a mostrar que quem fizera aquilo foi o mesmo Jesus a quem crucificaram. (At 3.12) 
O mesmo aconteceu com Paulo e Barnabé, quando faziam a obra missionária,  realizando  prodígios e maravilhas. Ao ver isso o povo queria adorá-los, porém, ao ver que queriam sacrificar-lhes animais, como se fossem deuses, Barnabé e Paulo rasgaram suas vestes em sinal de humilhação (não queriam receber glória) e foram para o meio da multidão gritando:
 “Por que fazeis isto? Nós somos homens como vocês, sujeitos as mesmas paixões (erros), e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, e o mar e tudo quanto há neles." (At 14.9-15)
Que diferença dos que recebem a glória de Deus, não é?
Para findar este estudo, leiamos Jeremias  9. 23-24:
 “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas;
Mas o que se gloriar, glorie-se nisso: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; destas coisas me agrado, diz o Senhor.
Portanto, meu prezado irmão, lembremo-nos de que não somos nada, e digamos como João Batista quando quiseram colocá-lo acima de Cristo:
“Eu não sou o Cristo. Convém que ele cresça e eu diminua.” (Jo 3.28-30)


No amor de Cristo,
Leila Castanha

04/2013



sábado, 6 de abril de 2013

POR QUE EU DIGO "ALELUIA"?


    O apóstolo Paulo ensinou aos irmãos de Roma que deviam fazer o culto a Deus de maneira racional. Esse texto se encontra em Romanos 12.1.
 “Culto racional”, quer dizer, adoração feita de maneira consciente, tendo compreensão daquilo que se faz durante o momento em que alguém adora a Deus. Embora conhecedores desse texto, muitos cristãos continuam sem entender de fato, o significado das expressões que usam quase que diariamente na igreja.

Na verdade, poucos são os cristãos que durante seu culto, seja na igreja ou em qualquer outro lugar, compreendem as palavras usadas por eles próprios para adorar a Deus. É sobre essas palavras e expressões, que iremos procurar entender seus significados, para cultuarmos a Deus de maneira racional, isto é, com a razão, com a mente, e não apenas só de palavras, sem compreendermos o que dizemos.
O cristão deve ser alguém que busca o conhecimento e não apenas a graça, conforme está registrado em 2 Pe 3.18.
Uma das palavras a qual costumamos usar no meio evangélico, é culto. Não são poucas as vezes em que pronunciamos esse vocábulo, como nos  exemplos que se segue abaixo:
“Hoje tem culto na minha igreja!”; “O culto, hoje, foi uma maravilha!”; “Ontem, Deus se fez presente no culto do Círculo de Oração!” etc.
A palavra culto é o mesmo que adoração,  portanto, cultuar é sinônimo de adorar. Quando dizemos que vamos à igreja no culto de domingo, estamos dizendo que vamos à igreja, “adorar” a Deus, no dia de domingo.
 Ao dizermos que o culto de ontem foi uma benção, queremos dizer que o momento de adoração que dedicamos a Deus, ontem, foi uma bênção.  Quando o pastor diz: “Irmãos, estamos aqui não para conversarmos uns com os outros, mas para cultuarmos a Deus”, ele está dizendo que estamos ali para adorarmos a Deus e não conversarmos.
O culto doméstico, por exemplo, nada mais é do que um momento de adoração a Deus em nossa casa. Os cultos dominicais, nada mais são do que momentos em que o povo de Deus se reúne para adorá-lo nos dias de domingos, e assim por diante.
Um dos problemas observados nas pessoas que não buscam o conhecimento relativo ao significado das expressões usadas pelos cristãos é o de dar sentido bem diferente à palavra.  Por exemplo, é muito comum observarmos pessoas que acham que o significado da palavra amém é fim ou terminou, porque geralmente se usa esse vocábulo quando encerramos a oração.
Outro motivo de se entender errado o significado desta palavra é pelo fato de algumas pessoas gritarem “Amém!” quando o pregador demora muito para encerrar a mensagem, como um meio dele entender que já está na hora de parar de falar. 
No entanto, tais significados nada têm a ver com o real sentido da expressão Amém! Seu significado real é “Assim seja”, como sinal de concordância com algo que foi pregado, cantado, orado ou simplesmente dito. Por exemplo, alguém ora: “Senhor, salva almas esta noite!”, e o irmão que ouve a oração e concorda com ela, apoia àquele que ora usando a expressão “Amém!”, isto é, “Assim seja!”.
 Ao usar esta expressão é como se ele orasse assim: “Senhor, eu concordo com o que o irmão Fulano está pedindo”. Por isso, é muito errado dizermos “Amém!” quando não concordamos com algo.
 Por exemplo: Alguns pregadores costumam querer movimentar a igreja com frases prontas e tentam manipular os crentes, como aconteceu comigo num culto de Círculo de Oração, no qual um pregador disse que eu estava vendo uma luz próxima ao púlpito por isso meu rosto brilhava. Para mostrar ao povo que Deus realmente mostrara isto a ele,  dirigiu-se a mim e disse-me: Amém, irmã?  Sabendo do significado desta expressão, compreendi que ele perguntava se eu concordava com o que ele havia dito ao que, automaticamente, fui sincera em lhe dizer: “Desculpe, irmão, mas o senhor se enganou, não vi nada!”.
 Dizer “Amém!”, quando não se concorda, é faltar com a verdade, pois não posso dizer que concordo quando, na verdade, discordo.
Ao dizermos Amém quando queremos que o pregador pare de falar, estamos usando uma figura de linguagem chamada ironia. Usamos a ironia quando dizemos algo querendo dizer exatamente o contrário.
Por exemplo: Quando digo que alguém é lindo, de forma irônica, estou querendo dizer exatamente o contrário, ou seja, que aquela pessoa é horrível. Quando digo chamo uma pessoa de anjo, posso estar querendo dizer o contrário, que ela não tem nada de anjo, mas é um terror!
 Assim também é quando se usa a expressão Amém para fazer o pregador parar de falar (não podemos mandá-lo parar, então brincamos com ele, através da ironia, para que ele entenda, que ao dizer que concordamos, estamos dizendo de maneira chique que “não concordamos” com sua demora em acabar o sermão).
Observe a expressão facial das pessoas quando usam esta expressão de forma irônica: uns falam um “amém” bem arrastado: “Ameeeeeeeem!”, outros olham seriamente para o pregador e diz com a cara amarrada: “Amém!”, outros, mais ousados chegam a dizer: ”Amém, irmão!”, enquanto mantém um sorrisinho cínico no canto da boca.
Mas nunca se engane: Essa expressão não significa “Fim”, mas, falada sem ironia, tem mais conotação de “Continue porque eu concordo” do que de “Pare!”.

A expressão Glória a Deus:
A palavra Glória, de acordo com o dicionário da Língua Portuguesa significa “honra, exaltação, engrandecimento”. A partir daí podemos entender melhor essa expressão tão falada pelos cristãos durante seu culto (sua adoração) a Deus. Assim, conhecemos e até usamos expressões como: “Irmãos, glorifiquem ao Senhor porque ele merece toda honra e toda glória!”.
Entendendo-se o significado da palavra Glória, podemos mudá-la para honra, que nesse sentido é reconhecimento, como no texto em que o apóstolo Paulo diz que devemos pagar a todos o que convém “A quem honra, honra”. Bem, se utilizarmos este sinônimo, o texto ficaria assim: “Irmãos, reconheçam ao Senhor porque ele merece todo o reconhecimento!” (Honra e glória, nesse sentido é sinônimo).
Se preferirmos usar o termo exaltação para substituir a palavra glória e reconhecimento para diferenciar um pouco a palavra honra da outra,  leríamos o seguinte texto: “Irmãos, exaltem ao Senhor porque ele merece todo o reconhecimento (honra) e toda exaltação (glória)!”. 
 Quando o pastor diz, "Glorifiquem o nome de Jesus!", em outras palavras, ele está dizendo "exaltem, engrandeçam o nome de Jesus!".
Eu creio que ficou mais fácil de compreender agora, mas se você ainda não compreendeu busque mais possibilidades no dicionário, o importante é que você tenha ao menos uma base do que cada expressão quer dizer para não falar com Deus como quem fala o grego sem conhecer a língua, usando de vãs repetições que para nada aproveitam (Mt 6.7). 
 A expressão Aleluia não tem um significado certo, mas em linhas gerais, ela tem o sentido de “Louvado seja Deus”, porque é sempre usada no sentido de louvor. Por isso ao dizermos “Louvado Seja Deus” ou “Aleluia”, estamos louvando a Deus da mesma forma, diferenciando apenas a palavra, mas produzindo o mesmo sentido.
Não devemos nos esquecer de que Jesus sempre incentivou seus discípulos a buscar o conhecimento, porque a Igreja é convocada a ser racional, e isso só se faz possível se cumprirmos a sua ordem de crescermos na graça (usufruindo de todas as bênçãos espirituais), mas também no conhecimento (buscando conhecer as coisas de Deus).
O Culto racional é o culto que agrada a Deus, e não os cultos cheios de emoção e vazios de conhecimento.  As emoções são parte do culto, porque somos seres sentimentais, mas desprovidas do conhecimento se torna algo que é  muito usado no meio cristão, denominado de meninice (atitude emotiva, causada pela falta de conhecimento bíblico, que leva a pessoa a agir como crianças, impelidas pelas suas emoções).
 A meninice traz consequências terríveis, dentre as piores, o escândalo do Evangelho. Muitos odeiam o cristianismo por causa de cristãos cheios de boa vontade, mas vazios de conhecimento bíblico.
Cuidado! Busque a graça e o conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Espero tê-lo ajudado nesta deliciosa, mas árdua vida cristã, de milhares de fiéis que seguem os passos do Mestre.


Sinceramente,
No amor de Cristo,

Leila Castanha



terça-feira, 26 de março de 2013

O PODER DO NOME DE JESUS

extraído de https://i.pinimg.com

“E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão os demônios; falarão  novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Mc 16.17)
Na lição anterior observamos baseados na Palavra de Deus, a função do sangue de Jesus e agora veremos as funções do nome de Cristo. Neste versículo citado acima observamos cinco poderes conferidos ao nome de Jesus, os quais são respectivamente:
A)   Expulsar demônios;
B)   Falar novas línguas;
C)   Pegar nas serpentes;
D)   Não sofrer dano algum diante de uma situação de morte;
E)   Curar enfermos
. Nesta lição, no entanto, nos deteremos apenas no primeiro tópico, isto é, analisaremos o poder do nome de Jesus para expulsar demônios. Na realidade, existe grande confusão por parte de alguns cristãos quanto a estas duas fontes de poder: o Sangue e o Nome de Jesus. E por isso alguns irmãos expelem demônios clamando pelo Sangue de Cristo, quando na verdade, o Sangue de Jesus tem outra função bem diferente, as quais já foram comentadas na aula intitulada “O Poder do Sangue de Jesus”.
É muito comum observamos na televisão ou até mesmo nas igrejas, cristãos expulsando espíritos malignos usando a seguinte expressão: “O sangue de Jesus tem poder!”. Outros, aterrorizados com a manifestação desses espíritos, gritam para amedrontá-los: “Jesus, me cobre com o teu sangue!”. Na realidade, Deus é misericordioso com a nossa ignorância e permite que o diabo  obedeça a nossa ordem, porém, o próprio Jesus advertiu aos que confundiam as orientações divinas por não conhecerem a Bíblia: “Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mt 22.29).
Segundo a Palavra de Deus, o sangue de Jesus tem poder salvífico, ou seja, sua função é purificar o pecador a fim de salvá-lo da condenação eterna. Como arma para expelir demônios, Jesus ensinou a seus discípulos que deveriam utilizar o poder do seu Nome.
Para melhor compreendermos, veremos a seguir textos bíblicos onde  esta verdade se fundamenta. O primeiro texto já foi exposto acima (Mc 16.17), o qual transcreve o ensinamento de Cristo aos seus discípulos, dizendo-lhes: “Em meu nome, expulsarão demônios” (v 17) (itálico meu).
Mateus, também, narra um dos ensinamentos de Jesus, no qual Ele diz que expulsar demônios não é ingresso para ninguém ser salvo. Para explicar que o poder de seu nome não deve ser usado como meio de salvação Jesus disse aos que assim pensavam: “Muitos dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? (...)” (Mt 7.22). (itálicos meus)
Aqui podemos observar, dentre outras lições, que todos os que expulsavam demônios entendiam que deviam fazê-lo “Em nome de Jesus”.
No texto de Marcos (17.16), assim como em todos os outros que citarei, não encontramos nenhuma referência do poder do nome de Jesus para a salvação. O poder do seu nome é para outras coisas, como por exemplo, curar enfermos e expelir demônios. (Leia o texto “O Poder do Sangue de Jesus” e você entenderá que o sangue de Cristo tem poder exclusivo para a salvação de todo aquele que crer).
Observamos em 1 Jo1.7 que o apóstolo São João diz que o poder do sangue de Jesus é para nos purificar de todo o pecado. Mas Lucas, em Atos 16.18,  nos mostra que o nome de Jesus é  a arma que devemos utilizar para expulsar demônios e não o sangue de Cristo. Vamos observar a sua narrativa sobre como o apóstolo Paulo expeliu um espírito maligno de uma adivinha:
“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores, esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora saiu.” (grifo meu)
Outro discípulo, que não andava com os discípulos de Jesus, também aprendeu que para expulsar demônios, deveria usar o poder do nome de Cristo. Entendemos isto ao lermos a passagem de Lc 9.49,50, que relata o seguinte:
E, respondendo João, disse: “Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios, e lho proibimos, porque não te segue conosco, E Jesus lhes disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós.” (grifo meu)
Percebeu a preocupação dos discípulos? Não era o modo como o homem expulsava demônios, mas porque não andava junto com eles. E na resposta de Cristo não vemos nenhuma crítica quanto ao uso de seu nome para expelir o espírito maligno, ao contrário, Jesus o apoiou dizendo aos seus discípulos para não proibi-lo.
Lucas, narra outro episódio, no qual o apóstolo Paulo, em uma de suas missões havia expulsado demônios e feito muitas maravilhas. Quando os judeus exorcistas viram que os demônios lhe obedeciam tentaram imitá-lo, expulsando os espíritos malignos invocando o nome do Senhor Jesus, dizendo: “Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega” (At 19.15). Observe que esses judeus imitavam a Paulo, portanto, o apóstolo expulsava os espíritos malignos “pelo nome de Jesus”, da mesma maneira que fez ao expulsar o espírito de adivinhação da jovem adivinha.
Para efetuar cura, a fonte de poder era a mesma: o nome de Jesus. Pedro curava os doentes pelo poder do nome de Cristo, conforme vemos no texto a seguir: “E disse Pedro: não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus, levanta e anda.” (Atos 3.6) Observe que nem Paulo, nem Pedro utilizaram o poder do sangue de Jesus para expulsar demônio ou para curar enfermos, mas o Seu Nome.
Para melhor compreendermos o porquê Jesus nos ensinou a usar o nome Dele para expulsar demônios, é necessário entendermos o que significa a expressão “Em nome de Jesus”:
“Em nome de Jesus”, significa “Sob (debaixo) da autoridade de Jesus”, ou seja, somos autorizados por ele a expulsar demônios, curar os doentes etc.
Quando dizemos aos demônios: “Em nome de Jesus, eu ordeno que saia desta vida” é o mesmo que dizermos: “Pela autoridade que Jesus me dá, eu ordeno que saia desta vida”.
Para entendermos ainda mais claramente o significado desta expressão darei alguns exemplos:
O pastor Antonio recebeu um convite para uma festa em uma determinada igreja, porém por já ter outro compromisso não pôde ir. Então, ele enviou o irmão André em seu nome. Ao chegar à outra igreja, o porteiro comunicou ao dirigente que o irmão André veio representando o pastor Antonio. Assim, ele foi apresentado e recebido como se fosse o pastor, sendo em seguida convidado para ocupar um lugar de honra.
É exatamente assim que Cristo fez com seus discípulos: Jesus precisava  voltar para o Céu porque já havia cumprido sua missão na Terra, então, como não estaria mais entre os homens ele precisava de representantes, então, reuniu os seus discípulos e lhes convocou para representá-lo, dizendo-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem  não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios...” (Mc 16.15-17)
Em outras palavras, Jesus estava dizendo: “Eu autorizo vocês a me representarem, expulsando os demônios, curando os enfermos” etc.
Representante é alguém que fala em nome de outro, por isso quando usamos a expressão “Em nome de Jesus”, estamos falando autorizados pelo dono do poder.
Ao dizermos: “Sai dele em nome de Jesus”, os demônios reconhecem que somos “representantes de Cristo” aqui na Terra, porque não estamos falando pela nossa própria autoridade, mas pela autoridade do próprio Jesus.
Para melhor compreendermos a questão de sermos representantes de Jesus na Terra, darei outro exemplo:
Quando ligamos para uma empresa é comum os funcionários nos atender como se fossem a própria empresa: “Casas Bahia, bom dia!”, “Sabesp, boa tarde!” etc.
Em ambos os casos citados como exemplos os funcionários estão agindo como “representantes” de suas empresas, ou seja, estão falando “Em nome” das empresas as quais representam, assim, é como se a própria empresa falasse conosco. Do mesmo modo ocorre, quando expulsamos um demônio “Em nome de Jesus”: é como se o próprio Jesus o expulsasse.
Mais um exemplo para nos ajudar a entender melhor essa expressão:
Outro dia vi duas crianças brigando porque a mais velha não queria deixar o irmão menor ficar no mesmo quintal em que estava. O pequeno correu para casa aos prantos e minutos depois voltou com um recado: “A mãe mandou eu falar  que ela mandou você deixar eu ficar aqui”. O outro, embora chateado, nada pôde fazer, porque o caçula não estava ali apenas por sua própria vontade, agora ele estava falando “em nome da mãe”. Ele estava ali “sob a autoridade dela”.
Compreendeu agora o que significa a expressão “em nome de Jesus”? É exatamente isso: “Eu não tenho nenhuma autoridade sobre as doenças, nem sobre os demônios, mas Jesus me autorizou a expeli-los”. Logo, os demônios não saem porque eu mandei, mas porque ao dizer “Sai em nome de Jesus”, é o mesmo que dizer “Jesus mandou eu falar que ele mandou você me obedecer e sair”.
 Em palavras mais curtas esta frase ficaria assim: “Jesus me autorizou a mandar você sair”. Para falarmos ainda mais resumidamente, diríamos: “Em nome de Jesus, sai!”.
Agora que você já compreende o porquê devemos expulsar os demônios “em nome do Senhor Jesus”, aproprie-se desta arma poderosa para, cheio do Espírito Santo, e a exemplo do nosso Mestre, levar liberdade aos cativos e pregar o perdão dos pecados, pelo poder do Seu Sangue.

No amor de Cristo,
Leila Castanha
03/2013




sexta-feira, 1 de março de 2013

O PODER DO SANGUE DE JESUS


Existe uma grande confusão feita por muitos cristãos no tocante ao poder emanado pelo sangue e pelo nome de Cristo. Uma das confusões mais comuns diz respeito ao fato de que muitos costumam  expulsar demônios através do “Sangue” de Jesus.  É muito comum ouvirmos pessoas expulsando os  espíritos maus, usando as seguintes frases: “O sangue de Jesus tem poder!” ou “O sangue de Jesus te repreenda!”.    
Para desfazermos de uma vez por todas esse tipo de confusão, vamos entender um pouco qual é a diferença entre essas duas fontes de poder: O Sangue e o Nome de Jesus.
Primeiramente, façamos uma breve análise sobre a função do sangue de Cristo, para tanto, iniciemos pelo texto escrito por Mateus, no capitulo 26 e versículo 28, onde lemos o seguinte: “... Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados”. (itálico meu).
Observamos que o texto citado acima diz que o sangue (de Cristo), era o sangue do Novo Testamento, derramado por nós. Para entendermos melhor o que Jesus queria dizer com a expressão “Novo Testamento”, devemos nos lembrar  o que significa tais palavras.
“Novo”, obviamente, é o antônimo (contrário) de “Velho”; “Testamento”, é o mesmo que “aliança, pacto, acordo, concerto”. Utilizaremos mais frequentemente os sinônimos “Pacto” e “Acordo”, para melhor fixarmos na mente o significado desta expressão. Assim, o “Novo Testamento”, trata do “Novo Acordo” ou do “Novo Pacto” que Deus fez com o homem.
Quando Jesus disse “Isto é o meu sangue, o sangue do Novo testamento”, conforme lemos no texto acima, ele estava dizendo que com o sangue dele, iniciaria o novo pacto que Deus faria com o homem. E que pacto era esse?
Em Levíticos 4, encontramos qual era o “Velho Testamento” de Deus com o homem: Ao ler este capítulo,você observará, que quando alguém pecava deveria sacrificar um animal, para que, ao ver o sangue inocente sendo derramado pelo pecado do ofertante, Deus o perdoasse. No Novo Testamento, isto é, no Novo Acordo de Deus com o homem, quando alguém pecar, Deus verá o sangue de um inocente (Jesus), sendo derramado pelo pecado daquele que procurar o seu perdão, e através desse sangue justo, ele perdoará o pecador.
Mas, ainda no texto de Mateus 26. 28,  Jesus explica que o seu sangue seria derramado “para remissão dos pecados”. Veja que havia uma finalidade para Ele derramar o seu sangue: Remir os pecados. A palavra Remir quer dizer: resgatar, libertar, salvar etc. Mas estes três sinônimos já são o suficiente para entendermos o significado do texto que estamos estudando. Então, remissão de pecados, pode ser interpretado como “libertação dos pecados”, assim, podemos ler esse texto da seguinte maneira:
“... Isto é o meu sangue, o sangue  do Novo Acordo, que é derramado por muitos, para libertá-los do pecado”. 
O motivo pelo qual Jesus precisou derramar seu sangue está explicado em Hb 9.22, que diz o seguinte: “Sem derramamento de sangue não há remição (libertação) de pecados”.
No Antigo Testamento (Antigo Pacto), o sangue dos animais, oferecidos pelos sacerdotes em nome dele mesmo ou de outra pessoa, tinha por finalidade “cobrir o pecado” do ofertante, ou seja, ao ver o sangue do animal oferecido a Ele como petição de perdão, Deus não olhava mais para o pecado da pessoa, mas para a sua oferta. Por isso, o sangue “cobria” o pecado do homem.
Quando Jesus tomou o lugar do animal, entregando o seu próprio sangue em sacrifício pelo pecador, toda vez que alguém peca, Deus já não olha mais para o pecado, porque o sangue de Jesus tem um poder ainda maior que o do cordeiro sacrifical, ele apaga os nossos pecados da mente de Deus. Por isso que a Bíblia diz que, quando aceitamos a Jesus, como nosso Salvador, somos  justificados para com Deus, e o sangue Dele nos purifica (nos torna limpos) de todo o pecado. A palavra, “justificado”, quer dizer “tornado justo”, justo é aquele que age de maneira correta.
Assim, o sangue de Jesus nos deu o direito de sermos recebidos por Deus como se fôssemos puros, a ponto de podermos entrar à sua presença.
Lembremo-nos que no Antigo Pacto de Deus para com o homem, só os sacerdotes tinham o direito de entrar em contato com Deus para oferecer-lhe sacrifício em favor do perdão de pecados das pessoas. Só os profetas tinham acesso a receber a mensagem de Deus para transmiti-la ao povo. No Novo Pacto (que começa quando Jesus derrama seu sangue para nos libertar do pecado), todos nós fomos feitos “sacerdotes” (1Pe 2.5, Ap 1.5, 6) e,   portanto, adquirimos o direito de entrar à sua presença sempre que pecamos, por isso João afirma: “Meus filhinhos, escrevo estas coisas para que não pequeis, e se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1).
Além do texto de Mateus, no qual lemos, em Hebreus 13.12, o escritor desse livro (não sabemos quem escreveu), diz que Cristo morreu para “santificar o povo pelo seu próprio sangue”. Santificar é o ato de tornar santo; “Santo”, quer dizer “separado”, uma vez “separado do pecado”,  somos “libertos” dele, daí podemos entender que nesse contexto, “remidos e santificados” significam “libertados e separados” (do pecado).
Em Efésios 1.7, o apóstolo Paulo diz que em Jesus temos “a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas...” (itálicos meus). Vemos, portanto, duas graças (isto é, dois favores imerecidos) que recebemos pelo sangue de Jesus:
1)      Redenção: Redenção é o mesmo que resgate. Lembra-se de alguma vez em que você ouviu dizer que o sequestrador exigiu um determinado valor pelo “resgate” do sequestrado? Pois bem, resgatar é “trazer de volta”. O preço que Jesus pagou para nos “trazer de volta” para Deus, foi o seu sangue, isto é, sua própria vida.
Entendeu agora, o valor do sangue de Cristo, do qual participamos simbolicamente nos cultos de Santa Ceia? Estamos comemorando nosso “resgate”.
2)      Remissão: Ato de remir. “Remir” também significa resgatar, livrar, libertar etc. Podemos entender esse texto usando qualquer um destes sinônimos, mas usaremos no momento, “libertar”, já que estamos utilizando a figura do sequestrador para compreendermos melhor a função do sangue de Jesus sobre nós. Dessa forma, o apóstolo estava dizendo que Jesus nos resgatou pagando o resgate com o seu sangue, isto é, nos libertou das ofensas (ou do pecado). Obs.: Pecado é o ato de desobedecer a Deus, portanto, é ofensa a Ele. No original, a palavra pecado significa “Errar o alvo”.

Dessa maneira, entendemos que, o sequestrador que nos separou de Deus e nos aprisionou chama-se “Pecado”. Em Is 59.2, está escrito  que “os vossos pecados fazem separação entre vós e o vosso Deus”. Em 1Pe1.18, 19, o apóstolo diz que “...não foi com prata, nem com ouro que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver (...) mas com o precioso sangue de Cristo...”.  (itálico meu)
Esta, portanto, é a função do poder do Sangue de Jesus: resgatar-nos do pecado e nos levar de volta a Deus, nos manter libertos do domínio do pecado (Leia Rm 6.4) e nos tornar santos (separados) do pecado e para Deus.
Estas são as funções básicas do sangue de Cristo na vida do cristão. Ou seja, o sangue de Cristo resgata-nos, liberta-nos, e nos santifica. Ele exerce um poder tremendo sobre nossa vida, mas é um poder restritamente salvador, que nos liberta do pecado (do domínio da nossa natureza carnal) e da condenação eterna.
Uma vez compreendida a função do Sangue, podemos entender a grande confusão que existe da parte dos cristãos, que usam a invocação do “sangue” de Jesus para expulsar demônios. Na próxima aula, veremos qual é a função do “Nome” de Jesus e por que é através do poder de Seu “Nome” que os demônios devem ser expelidos.

Até o nosso próximo encontro.
Um abraço,
Leila Castanha




domingo, 24 de fevereiro de 2013

UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE O NATAL



O vocábulo “natal” vem do latim “natalis” e significa “nascimento”. Portanto, quando celebramos o “natal de Jesus”, estamos comemorando o “nascimento” dele.
A primeira coisa que devemos compreender é que o dia 25 de dezembro nada tem a ver  com nascimento de Cristo, porque ninguém sabe ao certo a data em que ele nasceu. Na verdade, este dia marca o nascimento de Ninrode, que era filho de Cuxe, neto de Cão e bisneto de Noé (o da arca) - (Gn 10.8,9).
Esse homem foi o  responsável pela construção da cidade de Nínive, além de outras. (Veja gn 10.11,12). Segundo a história, Ninrode fazia aniversário no dia 25 de dezembro e nesse dia ele visitava uma árvore viva e nela depositava presentes. Com o passar do tempo, esse homem passou a ser considerado filho de Baal (o deus-sol). Então, “a virgem e o menino”, ou seja,  Semíramis e Tamuz  passaram a ser cultuadas. A partir daí, o costume de adorar “a virgem e o menino”, espalhou-se pelo mundo.  No Egito receberam o nome de Ísis e Osíris, na Ásia eram chamados Cibele e Deois e na Roma pagã, deram-lhes o nome de Fortuna e Júpiter.

Observação: Segundo a lenda, Samírames dizia que Tamuz foi gerado pelo espírito de Ninrode (que já havia falecido. 
Havia um culto celebrado pelos pagãos (pessoas que adoravam a outros deuses, e não adotaram a fé cristã), chamado “Sol Invicto”, que acontecia no solstício (momento em que o sol fica no lugar mais alto ou mais baixo sobre o horizonte), no qual comemoravam o nascimento do sol. Esse culto era cheio de orgias (depravações) e bebedeiras.
Como era difícil para a Igreja Católica manter os novos cristãos distantes destas festas que era tradição entre o povo, tiveram a ideia de também celebrar uma festa neste mesmo dia, e como o “Sol Invicto” tratava-se da comemoração do nascimento do Sol e  sendo Jesus chamado de “Sol da Justiça” (Ml 3.21) e também de “Luz do Mundo” (Jo 8.12), resolveram implantar para os cristãos o culto de natal, que é a celebração do nascimento de Cristo.
Assim, fica claro entender porque muitos pregadores e teólogos dizem que a comemoração do natal começou no paganismo e não no cristianismo.
Agora vamos conhecer como surgiu o Papai Noel:
No século IV (séc. 4), existiu um bispo de Myra, na Ásia, o qual era muito generoso e se chamava Nicolau. Dentre outras histórias, conta-se que um dia ele subiu no telhado de uma casa e jogou pela chaminé uma bolsa com moedas que  caiu nos chinelos das crianças, que  estavam secando na lareira. Os holandeses ao imigrarem para a América do Norte transformaram a pessoa de Nicolau em um personagem popular conhecido por Saint Claus. Anos mais tarde esse mesmo personagem que começou inspirado em Nicolau, também ficou popular na França onde recebeu o nome de Pére Nöel e no Brasil ficou sendo chamado de “Papai Noel”.
Veremos agora como surgiu o costume de trocar presentes no Natal:
Esta tradição cristã baseia-se na história do nascimento de Cristo, quando os magos do Oriente levaram para ele ouro, incenso e mirra, como presente.
Apesar disso, devemos entender que o fato dos magos presentearem o menino Jesus, não foi porque ele havia nascido, mas porque criam que ele seria o “rei dos judeus’”. Ou seja, eles não levaram presentes para o menino comum, mas para um futuro rei. (Leia Lucas 2.1,2  e observe que eles procuravam “Aquele que seria o rei dos judeus”).
Esta tradição de dar presentes à realeza e às pessoas muito importantes era muito comum,  também em Israel. Tanto que, a rainha de Sabá levou presentes à Salomão quando foi visitá-lo (1 Reis 10.13); O povo que ia à presença do rei Salomão também lhe traziam presentes (1 Reis 10.24,25); O rei Acã quando mandou pedir ajuda ao rei da Assíria, enviou-lhe presentes (2 Reis16.8); Naamã, capitão do exército da Síria, quando foi falar com o profeta Eliseu ofereceu a ele ricos presentes  (até os reis respeitavam os profetas. Leia 2 Reiss 5.15). OBS.: (A abreviatura de Reis é Rs, assim ficará, 1 Rs =1º Reis; 2 Rs = 2º Reis).
Segundo os historiadores,  não era costume da Igreja cristã  celebrar o nascimento de Cristo. Dizem que o costume, em geral, era celebrar a morte de pessoas importantes,não nascimentos.
As únicas narrativas bíblicas que falam de alguém comemorar o dia de seu nascimento, foi Herodes e Faraó (do tempo de José, do Egito), que nada tinham a ver com os cristãos.  (Leia sobre esse assunto em Gn 40.20 e Mc 6.21).
A pergunta agora é: Como surgiu a tradição da árvore de natal?”
Esse costume teve início quando um arcebispo da Alemanha, por nome Bonifácio, também denominado “apóstolo da Alemanha” em 731, foi da Inglaterra para a Alemanha  com o intuito de ensinar a fé cristã. Em dezembro, encontrou um grupo de pessoas prestes a sacrificar uma criança, num cepo de árvore (tronco de madeira onde degolavam os condenados),para oferecê-la a seu deus. Bonifácio, imediatamente salvou a criança e depois cortou uma árvore pequena e ofereceu ao grupo,  como símbolo de vida.
Em 1540, Martinho Lutero, que era padre, doutor em teologia e um reformador alemão, levou para a sua casa um pequeno pinheiro verde que ficou lá durante todo o inverno. À partir desse dia, começou a tradição do povo levar um pinheiro para dentro de suas casas, significando “A continuação da vida”.
Outra questão muito interessante diz respeito a tradição do presépio nas igrejas, por ocasião do natal.
Esse costume começou com São Francisco de Assis.O presépio foi colocado na igreja como símbolo de que Cristo veio para todos os povos. assim, a figura dos pastores do presépio simbolizam os judeus, enquanto que os magos representam os gentios.  (Só para constar, “gentios” é a denominação dada a todos os povos que não são judeus, isto é, não são nascidos em Israel).
Após esta explanação, espero que você já seja capaz de compreender o que significa o vocábulo “Natal’,  dizer o porquê desta tradição ser comemorada no dia 25 de dezembro, como surgiu a lenda do Papai Noel e também como começou o costume de trocar presentes no natal, além de poder explicar a alguém o motivo das pessoas colocarem árvores em suas casas pela ocasião do natal e o significado do presépio. Se quiser fazer um pequeno teste, pegue um papel e responda esta perguntas e caso tenha dúvida, é só conferir as respostas  relendo o texto.


Boa Sorte!

Um grande abraço,

Leila Castanha
02/2013

O NASCIMENTO DE JESUS FOI ASSIM...


imagem extraída de http://catequizandocomcristo.blogspot.com/


Jesus foi gerado do ventre de uma mulher chamada Maria e pelo Espírito Santo. Isso significa que ele não teve pai biológico terreno, assim, seu pai era o próprio Deus. Na época de sua gravidez sua mãe e José (pai adotivo de Jesus), moravam numa cidade chamada Nazaré, porém, as profecias diziam que Jesus nasceria em Belém da Judéia. Então, para cumprirem-se as profecias, ocorreu um fato curioso: Por ordem do imperador César Augusto, todos tinham que voltar às suas cidades de origem para se alistar a fim de participarem do recenseamento (a contagem do povo). Acontece que Maria chegou à Belém em tempo de dar a luz e como havia muita gente de fora hospedada naquela cidadezinha, não havia mais hospedarias e por causa de sua situação urgente (ela estava quase dando a luz), alguém permitiu que eles se instalassem numa estrebaria (lugar onde se guardava animais, geralmente gado e cavalos) ali o menino Jesus veio ao mundo.
Na época do nascimento de Jesus, o governo estava nas mãos do império romano, e o grego era a língua mundial para a comunicação entre os povos e utilizado na cultura, tendo além dela mais dois idiomas importantes, a saber:
1)      O hebraico: Era usado nos textos bíblico (o Antigo Testamento foi escrito nesta língua) e  também era falada no culto a Deus.
2)      O latim: Usada no comércio, nas armas e na justiça. Era a língua oficial de Roma (Os romanos falavam latim, hoje esta língua é considerada uma língua morta, embora existam vestígios dela em várias línguas atuais, inclusive no português).
3)      O grego: Era a língua mundial, preferida para a comunicação entre os povos e na cultura. 

Por serem estas línguas as mais importantes naquela época, quando Jesus foi crucificado, escreveram na cruz, uma  frase nestas três línguas, a qual dizia: “Este é o rei dos judeus”. Leia Lucas 23.38.
Além de Maria e José morarem em Nazaré eles também eram pobres. Sabemos disso por causa da oferta que levaram ao sacerdote. Após o resguardo (período de repouso após a mulher ganhar bebê), caso a criança fosse do sexo masculino, a mãe deveria apresenta-lo a Deus levando-lhe uma oferta, que deveria ser um cordeiro, uma pomba e uma rola, conforme o Senhor ordenara que se fizesse. Porém, nem todos tinham condições financeiras para adquirir estes animais e ofertá-los a Deus, então para estes, Ele determinou que bastasse levar duas rolas e esta foi exatamente a oferta que Maria e José levaram ao sacerdote. (Leia Lv 12.6,8 e Lc 2.22,24).
Quem deu o nome de Jesus foi o próprio Deus. Ele enviou um anjo para falar à Maria que ela esperava um filho gerado pelo Espírito Santo e  que deveria chama-lo por este nome. O nome Jesus é de origem grega e equivale ao nome “Josué” no hebraico, que significa “Salvador”. O nome Cristo, pelo qual também ele era chamado, vem do grego e é equivalente ao nome Messias no hebraico e significa “Ungido” (Veja Jo 1.41). Assim, concluímos que o nome “Jesus Cristo” significa “Salvador Ungido”, isto é, “Aquele que tem a autoridade para salvar” (Leia Mt 9.6) .Obs.: (Para melhor entender sobre o termo “ungido” leia o texto “Ainda existe o ofício de Profeta?”, pois nele fala sobre o propósito da  unção).
Enquanto estavam na estrebaria em Belém, os pastores foram visitar Jesus (Leia Lc 2.15,16). Jesus também foi visitado pelos magos do Oriente, que eram homens que estudavam as estrelas, por isso entenderam que Jesus nascera através do sinal de uma estrela (Leia Mt2.1,2).Embora a Bíblia conte que havia magos do Oriente que visitaram o menino Jesus, não há qualquer referência sobre quantos magos eram, nem se eram reis e também não diz quais eram os seus nomes. O fato de dizerem que eram três magos é devido ao numero de presentes que deram: ouro, incenso e mirra. Imagina-se que seus nomes eram Melquior, Baltazar e Gaspar, contudo,  embora haja possibilidade de ser, não tem confirmação bíblica. Se eram reis a Bíblia não diz, mas com certeza eram homens ilustres por alguns motivos que veremos a seguir:
A)Tiveram acesso ao rei Herodes, coisa que uma pessoa comum não conseguiria;
B)Traziam consigo uma comitiva, porque toda a cidade de Jerusalém se perturbou com a chegada deles;
C) O rei Herodes não gostou de saber que eles iam adorar o “Rei dos Judeus”, como eles disseram que fariam, no entanto, não ousou matá-los (se fossem pessoas comuns, certamente seu fim seria outro).
Outra coisa interessante de se analisar é que de acordo com Mt 2. 9-11, os magos não visitaram Jesus na estrebaria, mas ele já estava com sua mãe e José em sua casa, porque o texto diz que “Chegando na casa (não na estrebaria), viram Jesus e sua mãe”.
O motivo pelo qual Herodes queria matar Jesus era porque as profecias prediziam que em Belém da Judéia nasceria o  rei dos judeus, e Herodes era o atual rei, inclusive, já reinava há quarenta anos, então, sentiu seu trono ameaçado. Para evitar que isso se cumprisse, o rei Herodes ordenou que todas as crianças do sexo masculino, abaixo de dois anos, fossem mortas (mais ou menos a idade que Jesus teria). Leia esta história no capítulo 2 do livro de Mateus.
Este rei reinou de 39-4 A.C. Seu nome era Herodes Magno (Lc 1.5). Segundo a historia, esse rei era um monarca assassino. Mandou matar  Hircano, o avô de sua mulher; matou sua própria esposa Mariana, depois seus dois filhos, Alexandre e Aristarco e cinco dias antes de morrer, ordenou a morte de seu filho primogênito Antipater, além de cometer outros assassinatos. Seu neto , Herodes Agripa I era tão pagão como ele, por isso Deus o matou comido de bichos. (Leia Mt 2 e conheça esta história). O Herodes do tempo do nascimento de Jesus era o pai de Herodes Antipas, que degolou a cabeça de João Batista e era avô de Herodes Agripas I, que matou Tiago à espada.Estas histórias encontram-se em Mt 14 e At 12.
Creio que você já reparou pelo menos duas coisas sobre estes reis: que todos eram muito maus e eram chamados de Herodes. O motivo de serem chamados pelo mesmo nome é porque “Herodes”, assim como “César” e "Faraó", na verdade não eram nomes, mas títulos. Todos os reis da linhagem dos Herodes, recebia esse título antes do nome. Assim, temos “Herodes Agripa”,”Herodes Antipas”, “Herodes Arquelau”, “Herodes Magno” e assim sucessivamente. No caso dos césares, geralmente o título vinha depois do nome, assim havia o imperador “Júlio César”,  o imperador “Augusto César”, o imperador  "Tibério César”, o imperador “Cláudio César” etc. Havia também vários Faraós, como por exemplo,"Faraó Neco", "Faraó Hofra" e tantos outros.
Outra coisa muito importante sobre a família de Jesus, é que não era formada apenas por ele e a mãe, mas Maria casou-se com José e tiveram outros filhos. (Confira Mt 1.18; Lc 1.27 e Mt 12.46,47;  13.55).Inclusive o escritor do livro de Tiago, é  o irmão de Jesus por parte de sua mãe.
Em resumo, podemos dizer que, Jesus nasceu em Belém da Judéia, mas morava em Nazaré (por isso ele é chamado de nazareno). Veja alguns textos que provam isso: (Mt 2.23;Mc 1.9; Lc 2.39,51; Jo 1.4). Era filho de Maria, de onde herdou seu lado humano e foi concebido pelo Espírito santo, de onde proveio seu lado divino. Não era o único filho de Maria, mas teve vários irmãos. Seu nome “Jesus”, foi devido a seu ofício como Salvador e o nome “Cristo” foi por causa da sua Unção, ou seja, Deus lhe deu autoridade para perdoar os pecados ao representar todos os pecadores em sua morte na cruz.  Finalmente, resta-me  convidá-lo à ler os Evangelhos, que são os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João, para você saber mais sobre a vida desse homem que andou na Terra com o único objetivo de nos salvar da condenação eterna.

Com carinho,
Em Cristo,
Leila Castanha
02/2013