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“E
estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão os demônios;
falarão novas línguas;
pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Mc 16.17)
Na
lição anterior observamos baseados na Palavra de Deus, a função do sangue de
Jesus e agora veremos as funções do nome de Cristo. Neste versículo citado
acima observamos cinco poderes conferidos ao nome de Jesus, os quais são
respectivamente:
A) Expulsar demônios;
B) Falar novas línguas;
C) Pegar nas serpentes;
D) Não sofrer dano algum diante de uma
situação de morte;
E) Curar enfermos
. Nesta
lição, no entanto, nos deteremos apenas no primeiro tópico, isto é, analisaremos
o poder do nome de Jesus para expulsar demônios.
Na realidade, existe grande confusão por parte de alguns cristãos quanto a
estas duas fontes de poder: o Sangue e o Nome de Jesus. E por isso alguns
irmãos expelem demônios clamando pelo Sangue de Cristo, quando na verdade, o
Sangue de Jesus tem outra função bem diferente, as quais já foram comentadas na
aula intitulada “O Poder do Sangue de Jesus”.
É
muito comum observamos na televisão ou até mesmo nas igrejas, cristãos
expulsando espíritos malignos usando a seguinte expressão: “O sangue de Jesus
tem poder!”. Outros, aterrorizados com a manifestação desses espíritos, gritam
para amedrontá-los: “Jesus, me cobre com o teu sangue!”. Na realidade, Deus é
misericordioso com a nossa ignorância e permite que o diabo obedeça a nossa ordem, porém, o
próprio Jesus advertiu aos que confundiam as orientações divinas por não
conhecerem a Bíblia: “Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.”
(Mt 22.29).
Segundo
a Palavra de Deus, o sangue de Jesus tem poder salvífico, ou seja, sua função é
purificar o pecador a fim de salvá-lo da condenação eterna. Como arma
para expelir demônios, Jesus ensinou a seus discípulos que deveriam utilizar o
poder do seu Nome.
Para
melhor compreendermos, veremos a seguir textos bíblicos onde esta verdade se fundamenta. O primeiro
texto já foi exposto acima (Mc 16.17), o qual transcreve o ensinamento de
Cristo aos seus discípulos, dizendo-lhes: “Em meu nome,
expulsarão demônios” (v 17) (itálico meu).
Mateus,
também, narra um dos ensinamentos de Jesus, no qual Ele diz que expulsar
demônios não é ingresso para ninguém ser salvo. Para explicar que o poder de
seu nome não deve ser usado como meio de salvação Jesus disse aos que assim
pensavam: “Muitos dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em
teu nome? E, em teu nome, não expulsamos
demônios? (...)” (Mt 7.22). (itálicos meus)
Aqui
podemos observar, dentre outras lições, que todos os que expulsavam demônios
entendiam que deviam fazê-lo “Em nome de Jesus”.
No
texto de Marcos (17.16), assim como em todos os outros que citarei, não
encontramos nenhuma referência do poder do nome de Jesus para a salvação. O
poder do seu nome é para outras coisas, como por exemplo, curar enfermos e
expelir demônios. (Leia o texto “O Poder do Sangue de Jesus” e você entenderá que
o sangue de Cristo tem poder exclusivo para a salvação de todo aquele que crer).
Observamos
em 1 Jo1.7 que o apóstolo São João diz que o poder do sangue de Jesus é para nos purificar de todo o pecado. Mas Lucas, em Atos 16.18, nos mostra que o nome de Jesus é a
arma que devemos utilizar para expulsar demônios e não o sangue de Cristo. Vamos
observar a sua narrativa sobre como o apóstolo Paulo expeliu um espírito
maligno de uma adivinha:
“E
aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha
espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus
senhores, esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que
nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez
ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus
Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora saiu.” (grifo meu)
Outro
discípulo, que não andava com os discípulos de Jesus, também aprendeu que para
expulsar demônios, deveria usar o poder do nome de Cristo. Entendemos isto ao lermos a
passagem de Lc 9.49,50, que relata o seguinte:
E,
respondendo João, disse: “Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios, e lho
proibimos, porque não te segue conosco, E Jesus lhes disse: Não o proibais,
porque quem não é contra nós é por nós.” (grifo
meu)
Percebeu
a preocupação dos discípulos? Não era o modo como o homem expulsava demônios,
mas porque não andava junto com eles. E na resposta de Cristo não vemos nenhuma
crítica quanto ao uso de seu nome para expelir o espírito maligno, ao
contrário, Jesus o apoiou dizendo aos seus discípulos para não proibi-lo.
Lucas,
narra outro episódio, no qual o apóstolo Paulo, em uma de suas missões havia
expulsado demônios e feito muitas maravilhas. Quando os judeus exorcistas viram
que os demônios lhe obedeciam tentaram imitá-lo, expulsando os espíritos
malignos invocando o nome do
Senhor Jesus, dizendo: “Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega” (At
19.15). Observe que esses judeus imitavam a Paulo, portanto, o apóstolo
expulsava os espíritos malignos “pelo nome de Jesus”, da mesma maneira que fez
ao expulsar o espírito de adivinhação da jovem adivinha.
Para
efetuar cura, a fonte de poder era a mesma: o nome de Jesus. Pedro curava os
doentes pelo poder do nome de Cristo, conforme vemos no texto a seguir: “E
disse Pedro: não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus, levanta
e anda.” (Atos 3.6) Observe que nem Paulo, nem Pedro utilizaram o poder do sangue
de Jesus para expulsar demônio ou para curar enfermos, mas o Seu Nome.
Para
melhor compreendermos o porquê Jesus nos ensinou a usar o nome Dele para
expulsar demônios, é necessário entendermos o que significa a expressão “Em
nome de Jesus”:
“Em
nome de Jesus”, significa “Sob (debaixo) da autoridade de Jesus”, ou seja,
somos autorizados por ele a expulsar demônios, curar os doentes etc.
Quando
dizemos aos demônios: “Em nome de Jesus, eu ordeno que saia desta vida” é o
mesmo que dizermos: “Pela autoridade que Jesus me dá, eu ordeno que saia desta
vida”.
Para
entendermos ainda mais claramente o significado desta expressão darei alguns
exemplos:
O
pastor Antonio recebeu um convite para uma festa em uma determinada igreja,
porém por já ter outro compromisso não pôde ir. Então, ele enviou o irmão André
em seu nome. Ao
chegar à outra igreja, o porteiro comunicou ao dirigente que o irmão André veio
representando o pastor Antonio. Assim, ele foi apresentado e recebido como se
fosse o pastor, sendo em seguida convidado para ocupar um lugar de honra.
É
exatamente assim que Cristo fez com seus discípulos: Jesus precisava voltar para o Céu porque já havia cumprido
sua missão na Terra, então, como não estaria mais entre os homens ele precisava
de representantes, então, reuniu os seus discípulos e lhes convocou para
representá-lo, dizendo-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda
a criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. E estes
sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios...” (Mc
16.15-17)
Em
outras palavras, Jesus estava dizendo: “Eu autorizo vocês a me representarem,
expulsando os demônios, curando os enfermos” etc.
Representante
é alguém que fala em nome de outro, por isso quando usamos a expressão “Em nome
de Jesus”, estamos falando autorizados pelo dono do poder.
Ao
dizermos: “Sai dele em nome de Jesus”, os demônios reconhecem que somos
“representantes de Cristo” aqui na Terra, porque não estamos falando pela nossa
própria autoridade, mas pela autoridade do próprio Jesus.
Para
melhor compreendermos a questão de sermos representantes de Jesus na Terra,
darei outro exemplo:
Quando
ligamos para uma empresa é comum os funcionários nos atender como se fossem a
própria empresa: “Casas Bahia, bom dia!”, “Sabesp, boa tarde!” etc.
Em
ambos os casos citados como exemplos os funcionários estão agindo como
“representantes” de suas empresas, ou seja, estão falando “Em nome” das
empresas as quais representam, assim, é como se a própria empresa falasse
conosco. Do mesmo modo ocorre, quando expulsamos um demônio “Em nome de Jesus”:
é como se o próprio Jesus o expulsasse.
Mais
um exemplo para nos ajudar a entender melhor essa expressão:
Outro
dia vi duas crianças brigando porque a mais velha não queria deixar o irmão
menor ficar no mesmo quintal em que estava. O pequeno correu para casa aos
prantos e minutos depois voltou com um recado: “A mãe mandou eu falar que ela mandou você deixar eu ficar
aqui”. O outro, embora chateado, nada pôde fazer, porque o caçula não estava
ali apenas por sua própria vontade, agora ele estava falando “em nome da mãe”.
Ele estava ali “sob a autoridade dela”.
Compreendeu
agora o que significa a expressão “em nome de Jesus”? É exatamente isso: “Eu
não tenho nenhuma autoridade sobre as doenças, nem sobre os demônios, mas Jesus
me autorizou a expeli-los”. Logo, os demônios não saem porque eu mandei, mas
porque ao dizer “Sai em nome de Jesus”, é o mesmo que dizer “Jesus mandou eu
falar que ele mandou você me obedecer e sair”.
Em palavras mais curtas esta frase ficaria
assim: “Jesus me autorizou a mandar você sair”. Para falarmos ainda mais
resumidamente, diríamos: “Em nome de Jesus, sai!”.
Agora
que você já compreende o porquê devemos expulsar os demônios “em nome do Senhor
Jesus”, aproprie-se desta arma poderosa para, cheio do Espírito Santo, e a
exemplo do nosso Mestre, levar liberdade aos cativos e pregar o perdão dos
pecados, pelo poder do Seu Sangue.
No
amor de Cristo,
Leila
Castanha
03/2013