terça-feira, 26 de março de 2013

O PODER DO NOME DE JESUS

extraído de https://i.pinimg.com

“E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão os demônios; falarão  novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Mc 16.17)
Na lição anterior observamos baseados na Palavra de Deus, a função do sangue de Jesus e agora veremos as funções do nome de Cristo. Neste versículo citado acima observamos cinco poderes conferidos ao nome de Jesus, os quais são respectivamente:
A)   Expulsar demônios;
B)   Falar novas línguas;
C)   Pegar nas serpentes;
D)   Não sofrer dano algum diante de uma situação de morte;
E)   Curar enfermos
. Nesta lição, no entanto, nos deteremos apenas no primeiro tópico, isto é, analisaremos o poder do nome de Jesus para expulsar demônios. Na realidade, existe grande confusão por parte de alguns cristãos quanto a estas duas fontes de poder: o Sangue e o Nome de Jesus. E por isso alguns irmãos expelem demônios clamando pelo Sangue de Cristo, quando na verdade, o Sangue de Jesus tem outra função bem diferente, as quais já foram comentadas na aula intitulada “O Poder do Sangue de Jesus”.
É muito comum observamos na televisão ou até mesmo nas igrejas, cristãos expulsando espíritos malignos usando a seguinte expressão: “O sangue de Jesus tem poder!”. Outros, aterrorizados com a manifestação desses espíritos, gritam para amedrontá-los: “Jesus, me cobre com o teu sangue!”. Na realidade, Deus é misericordioso com a nossa ignorância e permite que o diabo  obedeça a nossa ordem, porém, o próprio Jesus advertiu aos que confundiam as orientações divinas por não conhecerem a Bíblia: “Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mt 22.29).
Segundo a Palavra de Deus, o sangue de Jesus tem poder salvífico, ou seja, sua função é purificar o pecador a fim de salvá-lo da condenação eterna. Como arma para expelir demônios, Jesus ensinou a seus discípulos que deveriam utilizar o poder do seu Nome.
Para melhor compreendermos, veremos a seguir textos bíblicos onde  esta verdade se fundamenta. O primeiro texto já foi exposto acima (Mc 16.17), o qual transcreve o ensinamento de Cristo aos seus discípulos, dizendo-lhes: “Em meu nome, expulsarão demônios” (v 17) (itálico meu).
Mateus, também, narra um dos ensinamentos de Jesus, no qual Ele diz que expulsar demônios não é ingresso para ninguém ser salvo. Para explicar que o poder de seu nome não deve ser usado como meio de salvação Jesus disse aos que assim pensavam: “Muitos dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? (...)” (Mt 7.22). (itálicos meus)
Aqui podemos observar, dentre outras lições, que todos os que expulsavam demônios entendiam que deviam fazê-lo “Em nome de Jesus”.
No texto de Marcos (17.16), assim como em todos os outros que citarei, não encontramos nenhuma referência do poder do nome de Jesus para a salvação. O poder do seu nome é para outras coisas, como por exemplo, curar enfermos e expelir demônios. (Leia o texto “O Poder do Sangue de Jesus” e você entenderá que o sangue de Cristo tem poder exclusivo para a salvação de todo aquele que crer).
Observamos em 1 Jo1.7 que o apóstolo São João diz que o poder do sangue de Jesus é para nos purificar de todo o pecado. Mas Lucas, em Atos 16.18,  nos mostra que o nome de Jesus é  a arma que devemos utilizar para expulsar demônios e não o sangue de Cristo. Vamos observar a sua narrativa sobre como o apóstolo Paulo expeliu um espírito maligno de uma adivinha:
“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores, esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora saiu.” (grifo meu)
Outro discípulo, que não andava com os discípulos de Jesus, também aprendeu que para expulsar demônios, deveria usar o poder do nome de Cristo. Entendemos isto ao lermos a passagem de Lc 9.49,50, que relata o seguinte:
E, respondendo João, disse: “Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios, e lho proibimos, porque não te segue conosco, E Jesus lhes disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós.” (grifo meu)
Percebeu a preocupação dos discípulos? Não era o modo como o homem expulsava demônios, mas porque não andava junto com eles. E na resposta de Cristo não vemos nenhuma crítica quanto ao uso de seu nome para expelir o espírito maligno, ao contrário, Jesus o apoiou dizendo aos seus discípulos para não proibi-lo.
Lucas, narra outro episódio, no qual o apóstolo Paulo, em uma de suas missões havia expulsado demônios e feito muitas maravilhas. Quando os judeus exorcistas viram que os demônios lhe obedeciam tentaram imitá-lo, expulsando os espíritos malignos invocando o nome do Senhor Jesus, dizendo: “Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega” (At 19.15). Observe que esses judeus imitavam a Paulo, portanto, o apóstolo expulsava os espíritos malignos “pelo nome de Jesus”, da mesma maneira que fez ao expulsar o espírito de adivinhação da jovem adivinha.
Para efetuar cura, a fonte de poder era a mesma: o nome de Jesus. Pedro curava os doentes pelo poder do nome de Cristo, conforme vemos no texto a seguir: “E disse Pedro: não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus, levanta e anda.” (Atos 3.6) Observe que nem Paulo, nem Pedro utilizaram o poder do sangue de Jesus para expulsar demônio ou para curar enfermos, mas o Seu Nome.
Para melhor compreendermos o porquê Jesus nos ensinou a usar o nome Dele para expulsar demônios, é necessário entendermos o que significa a expressão “Em nome de Jesus”:
“Em nome de Jesus”, significa “Sob (debaixo) da autoridade de Jesus”, ou seja, somos autorizados por ele a expulsar demônios, curar os doentes etc.
Quando dizemos aos demônios: “Em nome de Jesus, eu ordeno que saia desta vida” é o mesmo que dizermos: “Pela autoridade que Jesus me dá, eu ordeno que saia desta vida”.
Para entendermos ainda mais claramente o significado desta expressão darei alguns exemplos:
O pastor Antonio recebeu um convite para uma festa em uma determinada igreja, porém por já ter outro compromisso não pôde ir. Então, ele enviou o irmão André em seu nome. Ao chegar à outra igreja, o porteiro comunicou ao dirigente que o irmão André veio representando o pastor Antonio. Assim, ele foi apresentado e recebido como se fosse o pastor, sendo em seguida convidado para ocupar um lugar de honra.
É exatamente assim que Cristo fez com seus discípulos: Jesus precisava  voltar para o Céu porque já havia cumprido sua missão na Terra, então, como não estaria mais entre os homens ele precisava de representantes, então, reuniu os seus discípulos e lhes convocou para representá-lo, dizendo-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem  não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios...” (Mc 16.15-17)
Em outras palavras, Jesus estava dizendo: “Eu autorizo vocês a me representarem, expulsando os demônios, curando os enfermos” etc.
Representante é alguém que fala em nome de outro, por isso quando usamos a expressão “Em nome de Jesus”, estamos falando autorizados pelo dono do poder.
Ao dizermos: “Sai dele em nome de Jesus”, os demônios reconhecem que somos “representantes de Cristo” aqui na Terra, porque não estamos falando pela nossa própria autoridade, mas pela autoridade do próprio Jesus.
Para melhor compreendermos a questão de sermos representantes de Jesus na Terra, darei outro exemplo:
Quando ligamos para uma empresa é comum os funcionários nos atender como se fossem a própria empresa: “Casas Bahia, bom dia!”, “Sabesp, boa tarde!” etc.
Em ambos os casos citados como exemplos os funcionários estão agindo como “representantes” de suas empresas, ou seja, estão falando “Em nome” das empresas as quais representam, assim, é como se a própria empresa falasse conosco. Do mesmo modo ocorre, quando expulsamos um demônio “Em nome de Jesus”: é como se o próprio Jesus o expulsasse.
Mais um exemplo para nos ajudar a entender melhor essa expressão:
Outro dia vi duas crianças brigando porque a mais velha não queria deixar o irmão menor ficar no mesmo quintal em que estava. O pequeno correu para casa aos prantos e minutos depois voltou com um recado: “A mãe mandou eu falar  que ela mandou você deixar eu ficar aqui”. O outro, embora chateado, nada pôde fazer, porque o caçula não estava ali apenas por sua própria vontade, agora ele estava falando “em nome da mãe”. Ele estava ali “sob a autoridade dela”.
Compreendeu agora o que significa a expressão “em nome de Jesus”? É exatamente isso: “Eu não tenho nenhuma autoridade sobre as doenças, nem sobre os demônios, mas Jesus me autorizou a expeli-los”. Logo, os demônios não saem porque eu mandei, mas porque ao dizer “Sai em nome de Jesus”, é o mesmo que dizer “Jesus mandou eu falar que ele mandou você me obedecer e sair”.
 Em palavras mais curtas esta frase ficaria assim: “Jesus me autorizou a mandar você sair”. Para falarmos ainda mais resumidamente, diríamos: “Em nome de Jesus, sai!”.
Agora que você já compreende o porquê devemos expulsar os demônios “em nome do Senhor Jesus”, aproprie-se desta arma poderosa para, cheio do Espírito Santo, e a exemplo do nosso Mestre, levar liberdade aos cativos e pregar o perdão dos pecados, pelo poder do Seu Sangue.

No amor de Cristo,
Leila Castanha
03/2013




sexta-feira, 1 de março de 2013

O PODER DO SANGUE DE JESUS


Existe uma grande confusão feita por muitos cristãos no tocante ao poder emanado pelo sangue e pelo nome de Cristo. Uma das confusões mais comuns diz respeito ao fato de que muitos costumam  expulsar demônios através do “Sangue” de Jesus.  É muito comum ouvirmos pessoas expulsando os  espíritos maus, usando as seguintes frases: “O sangue de Jesus tem poder!” ou “O sangue de Jesus te repreenda!”.    
Para desfazermos de uma vez por todas esse tipo de confusão, vamos entender um pouco qual é a diferença entre essas duas fontes de poder: O Sangue e o Nome de Jesus.
Primeiramente, façamos uma breve análise sobre a função do sangue de Cristo, para tanto, iniciemos pelo texto escrito por Mateus, no capitulo 26 e versículo 28, onde lemos o seguinte: “... Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados”. (itálico meu).
Observamos que o texto citado acima diz que o sangue (de Cristo), era o sangue do Novo Testamento, derramado por nós. Para entendermos melhor o que Jesus queria dizer com a expressão “Novo Testamento”, devemos nos lembrar  o que significa tais palavras.
“Novo”, obviamente, é o antônimo (contrário) de “Velho”; “Testamento”, é o mesmo que “aliança, pacto, acordo, concerto”. Utilizaremos mais frequentemente os sinônimos “Pacto” e “Acordo”, para melhor fixarmos na mente o significado desta expressão. Assim, o “Novo Testamento”, trata do “Novo Acordo” ou do “Novo Pacto” que Deus fez com o homem.
Quando Jesus disse “Isto é o meu sangue, o sangue do Novo testamento”, conforme lemos no texto acima, ele estava dizendo que com o sangue dele, iniciaria o novo pacto que Deus faria com o homem. E que pacto era esse?
Em Levíticos 4, encontramos qual era o “Velho Testamento” de Deus com o homem: Ao ler este capítulo,você observará, que quando alguém pecava deveria sacrificar um animal, para que, ao ver o sangue inocente sendo derramado pelo pecado do ofertante, Deus o perdoasse. No Novo Testamento, isto é, no Novo Acordo de Deus com o homem, quando alguém pecar, Deus verá o sangue de um inocente (Jesus), sendo derramado pelo pecado daquele que procurar o seu perdão, e através desse sangue justo, ele perdoará o pecador.
Mas, ainda no texto de Mateus 26. 28,  Jesus explica que o seu sangue seria derramado “para remissão dos pecados”. Veja que havia uma finalidade para Ele derramar o seu sangue: Remir os pecados. A palavra Remir quer dizer: resgatar, libertar, salvar etc. Mas estes três sinônimos já são o suficiente para entendermos o significado do texto que estamos estudando. Então, remissão de pecados, pode ser interpretado como “libertação dos pecados”, assim, podemos ler esse texto da seguinte maneira:
“... Isto é o meu sangue, o sangue  do Novo Acordo, que é derramado por muitos, para libertá-los do pecado”. 
O motivo pelo qual Jesus precisou derramar seu sangue está explicado em Hb 9.22, que diz o seguinte: “Sem derramamento de sangue não há remição (libertação) de pecados”.
No Antigo Testamento (Antigo Pacto), o sangue dos animais, oferecidos pelos sacerdotes em nome dele mesmo ou de outra pessoa, tinha por finalidade “cobrir o pecado” do ofertante, ou seja, ao ver o sangue do animal oferecido a Ele como petição de perdão, Deus não olhava mais para o pecado da pessoa, mas para a sua oferta. Por isso, o sangue “cobria” o pecado do homem.
Quando Jesus tomou o lugar do animal, entregando o seu próprio sangue em sacrifício pelo pecador, toda vez que alguém peca, Deus já não olha mais para o pecado, porque o sangue de Jesus tem um poder ainda maior que o do cordeiro sacrifical, ele apaga os nossos pecados da mente de Deus. Por isso que a Bíblia diz que, quando aceitamos a Jesus, como nosso Salvador, somos  justificados para com Deus, e o sangue Dele nos purifica (nos torna limpos) de todo o pecado. A palavra, “justificado”, quer dizer “tornado justo”, justo é aquele que age de maneira correta.
Assim, o sangue de Jesus nos deu o direito de sermos recebidos por Deus como se fôssemos puros, a ponto de podermos entrar à sua presença.
Lembremo-nos que no Antigo Pacto de Deus para com o homem, só os sacerdotes tinham o direito de entrar em contato com Deus para oferecer-lhe sacrifício em favor do perdão de pecados das pessoas. Só os profetas tinham acesso a receber a mensagem de Deus para transmiti-la ao povo. No Novo Pacto (que começa quando Jesus derrama seu sangue para nos libertar do pecado), todos nós fomos feitos “sacerdotes” (1Pe 2.5, Ap 1.5, 6) e,   portanto, adquirimos o direito de entrar à sua presença sempre que pecamos, por isso João afirma: “Meus filhinhos, escrevo estas coisas para que não pequeis, e se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1).
Além do texto de Mateus, no qual lemos, em Hebreus 13.12, o escritor desse livro (não sabemos quem escreveu), diz que Cristo morreu para “santificar o povo pelo seu próprio sangue”. Santificar é o ato de tornar santo; “Santo”, quer dizer “separado”, uma vez “separado do pecado”,  somos “libertos” dele, daí podemos entender que nesse contexto, “remidos e santificados” significam “libertados e separados” (do pecado).
Em Efésios 1.7, o apóstolo Paulo diz que em Jesus temos “a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas...” (itálicos meus). Vemos, portanto, duas graças (isto é, dois favores imerecidos) que recebemos pelo sangue de Jesus:
1)      Redenção: Redenção é o mesmo que resgate. Lembra-se de alguma vez em que você ouviu dizer que o sequestrador exigiu um determinado valor pelo “resgate” do sequestrado? Pois bem, resgatar é “trazer de volta”. O preço que Jesus pagou para nos “trazer de volta” para Deus, foi o seu sangue, isto é, sua própria vida.
Entendeu agora, o valor do sangue de Cristo, do qual participamos simbolicamente nos cultos de Santa Ceia? Estamos comemorando nosso “resgate”.
2)      Remissão: Ato de remir. “Remir” também significa resgatar, livrar, libertar etc. Podemos entender esse texto usando qualquer um destes sinônimos, mas usaremos no momento, “libertar”, já que estamos utilizando a figura do sequestrador para compreendermos melhor a função do sangue de Jesus sobre nós. Dessa forma, o apóstolo estava dizendo que Jesus nos resgatou pagando o resgate com o seu sangue, isto é, nos libertou das ofensas (ou do pecado). Obs.: Pecado é o ato de desobedecer a Deus, portanto, é ofensa a Ele. No original, a palavra pecado significa “Errar o alvo”.

Dessa maneira, entendemos que, o sequestrador que nos separou de Deus e nos aprisionou chama-se “Pecado”. Em Is 59.2, está escrito  que “os vossos pecados fazem separação entre vós e o vosso Deus”. Em 1Pe1.18, 19, o apóstolo diz que “...não foi com prata, nem com ouro que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver (...) mas com o precioso sangue de Cristo...”.  (itálico meu)
Esta, portanto, é a função do poder do Sangue de Jesus: resgatar-nos do pecado e nos levar de volta a Deus, nos manter libertos do domínio do pecado (Leia Rm 6.4) e nos tornar santos (separados) do pecado e para Deus.
Estas são as funções básicas do sangue de Cristo na vida do cristão. Ou seja, o sangue de Cristo resgata-nos, liberta-nos, e nos santifica. Ele exerce um poder tremendo sobre nossa vida, mas é um poder restritamente salvador, que nos liberta do pecado (do domínio da nossa natureza carnal) e da condenação eterna.
Uma vez compreendida a função do Sangue, podemos entender a grande confusão que existe da parte dos cristãos, que usam a invocação do “sangue” de Jesus para expulsar demônios. Na próxima aula, veremos qual é a função do “Nome” de Jesus e por que é através do poder de Seu “Nome” que os demônios devem ser expelidos.

Até o nosso próximo encontro.
Um abraço,
Leila Castanha




domingo, 24 de fevereiro de 2013

UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE O NATAL



O vocábulo “natal” vem do latim “natalis” e significa “nascimento”. Portanto, quando celebramos o “natal de Jesus”, estamos comemorando o “nascimento” dele.
A primeira coisa que devemos compreender é que o dia 25 de dezembro nada tem a ver  com nascimento de Cristo, porque ninguém sabe ao certo a data em que ele nasceu. Na verdade, este dia marca o nascimento de Ninrode, que era filho de Cuxe, neto de Cão e bisneto de Noé (o da arca) - (Gn 10.8,9).
Esse homem foi o  responsável pela construção da cidade de Nínive, além de outras. (Veja gn 10.11,12). Segundo a história, Ninrode fazia aniversário no dia 25 de dezembro e nesse dia ele visitava uma árvore viva e nela depositava presentes. Com o passar do tempo, esse homem passou a ser considerado filho de Baal (o deus-sol). Então, “a virgem e o menino”, ou seja,  Semíramis e Tamuz  passaram a ser cultuadas. A partir daí, o costume de adorar “a virgem e o menino”, espalhou-se pelo mundo.  No Egito receberam o nome de Ísis e Osíris, na Ásia eram chamados Cibele e Deois e na Roma pagã, deram-lhes o nome de Fortuna e Júpiter.

Observação: Segundo a lenda, Samírames dizia que Tamuz foi gerado pelo espírito de Ninrode (que já havia falecido. 
Havia um culto celebrado pelos pagãos (pessoas que adoravam a outros deuses, e não adotaram a fé cristã), chamado “Sol Invicto”, que acontecia no solstício (momento em que o sol fica no lugar mais alto ou mais baixo sobre o horizonte), no qual comemoravam o nascimento do sol. Esse culto era cheio de orgias (depravações) e bebedeiras.
Como era difícil para a Igreja Católica manter os novos cristãos distantes destas festas que era tradição entre o povo, tiveram a ideia de também celebrar uma festa neste mesmo dia, e como o “Sol Invicto” tratava-se da comemoração do nascimento do Sol e  sendo Jesus chamado de “Sol da Justiça” (Ml 3.21) e também de “Luz do Mundo” (Jo 8.12), resolveram implantar para os cristãos o culto de natal, que é a celebração do nascimento de Cristo.
Assim, fica claro entender porque muitos pregadores e teólogos dizem que a comemoração do natal começou no paganismo e não no cristianismo.
Agora vamos conhecer como surgiu o Papai Noel:
No século IV (séc. 4), existiu um bispo de Myra, na Ásia, o qual era muito generoso e se chamava Nicolau. Dentre outras histórias, conta-se que um dia ele subiu no telhado de uma casa e jogou pela chaminé uma bolsa com moedas que  caiu nos chinelos das crianças, que  estavam secando na lareira. Os holandeses ao imigrarem para a América do Norte transformaram a pessoa de Nicolau em um personagem popular conhecido por Saint Claus. Anos mais tarde esse mesmo personagem que começou inspirado em Nicolau, também ficou popular na França onde recebeu o nome de Pére Nöel e no Brasil ficou sendo chamado de “Papai Noel”.
Veremos agora como surgiu o costume de trocar presentes no Natal:
Esta tradição cristã baseia-se na história do nascimento de Cristo, quando os magos do Oriente levaram para ele ouro, incenso e mirra, como presente.
Apesar disso, devemos entender que o fato dos magos presentearem o menino Jesus, não foi porque ele havia nascido, mas porque criam que ele seria o “rei dos judeus’”. Ou seja, eles não levaram presentes para o menino comum, mas para um futuro rei. (Leia Lucas 2.1,2  e observe que eles procuravam “Aquele que seria o rei dos judeus”).
Esta tradição de dar presentes à realeza e às pessoas muito importantes era muito comum,  também em Israel. Tanto que, a rainha de Sabá levou presentes à Salomão quando foi visitá-lo (1 Reis 10.13); O povo que ia à presença do rei Salomão também lhe traziam presentes (1 Reis 10.24,25); O rei Acã quando mandou pedir ajuda ao rei da Assíria, enviou-lhe presentes (2 Reis16.8); Naamã, capitão do exército da Síria, quando foi falar com o profeta Eliseu ofereceu a ele ricos presentes  (até os reis respeitavam os profetas. Leia 2 Reiss 5.15). OBS.: (A abreviatura de Reis é Rs, assim ficará, 1 Rs =1º Reis; 2 Rs = 2º Reis).
Segundo os historiadores,  não era costume da Igreja cristã  celebrar o nascimento de Cristo. Dizem que o costume, em geral, era celebrar a morte de pessoas importantes,não nascimentos.
As únicas narrativas bíblicas que falam de alguém comemorar o dia de seu nascimento, foi Herodes e Faraó (do tempo de José, do Egito), que nada tinham a ver com os cristãos.  (Leia sobre esse assunto em Gn 40.20 e Mc 6.21).
A pergunta agora é: Como surgiu a tradição da árvore de natal?”
Esse costume teve início quando um arcebispo da Alemanha, por nome Bonifácio, também denominado “apóstolo da Alemanha” em 731, foi da Inglaterra para a Alemanha  com o intuito de ensinar a fé cristã. Em dezembro, encontrou um grupo de pessoas prestes a sacrificar uma criança, num cepo de árvore (tronco de madeira onde degolavam os condenados),para oferecê-la a seu deus. Bonifácio, imediatamente salvou a criança e depois cortou uma árvore pequena e ofereceu ao grupo,  como símbolo de vida.
Em 1540, Martinho Lutero, que era padre, doutor em teologia e um reformador alemão, levou para a sua casa um pequeno pinheiro verde que ficou lá durante todo o inverno. À partir desse dia, começou a tradição do povo levar um pinheiro para dentro de suas casas, significando “A continuação da vida”.
Outra questão muito interessante diz respeito a tradição do presépio nas igrejas, por ocasião do natal.
Esse costume começou com São Francisco de Assis.O presépio foi colocado na igreja como símbolo de que Cristo veio para todos os povos. assim, a figura dos pastores do presépio simbolizam os judeus, enquanto que os magos representam os gentios.  (Só para constar, “gentios” é a denominação dada a todos os povos que não são judeus, isto é, não são nascidos em Israel).
Após esta explanação, espero que você já seja capaz de compreender o que significa o vocábulo “Natal’,  dizer o porquê desta tradição ser comemorada no dia 25 de dezembro, como surgiu a lenda do Papai Noel e também como começou o costume de trocar presentes no natal, além de poder explicar a alguém o motivo das pessoas colocarem árvores em suas casas pela ocasião do natal e o significado do presépio. Se quiser fazer um pequeno teste, pegue um papel e responda esta perguntas e caso tenha dúvida, é só conferir as respostas  relendo o texto.


Boa Sorte!

Um grande abraço,

Leila Castanha
02/2013

O NASCIMENTO DE JESUS FOI ASSIM...


imagem extraída de http://catequizandocomcristo.blogspot.com/


Jesus foi gerado do ventre de uma mulher chamada Maria e pelo Espírito Santo. Isso significa que ele não teve pai biológico terreno, assim, seu pai era o próprio Deus. Na época de sua gravidez sua mãe e José (pai adotivo de Jesus), moravam numa cidade chamada Nazaré, porém, as profecias diziam que Jesus nasceria em Belém da Judéia. Então, para cumprirem-se as profecias, ocorreu um fato curioso: Por ordem do imperador César Augusto, todos tinham que voltar às suas cidades de origem para se alistar a fim de participarem do recenseamento (a contagem do povo). Acontece que Maria chegou à Belém em tempo de dar a luz e como havia muita gente de fora hospedada naquela cidadezinha, não havia mais hospedarias e por causa de sua situação urgente (ela estava quase dando a luz), alguém permitiu que eles se instalassem numa estrebaria (lugar onde se guardava animais, geralmente gado e cavalos) ali o menino Jesus veio ao mundo.
Na época do nascimento de Jesus, o governo estava nas mãos do império romano, e o grego era a língua mundial para a comunicação entre os povos e utilizado na cultura, tendo além dela mais dois idiomas importantes, a saber:
1)      O hebraico: Era usado nos textos bíblico (o Antigo Testamento foi escrito nesta língua) e  também era falada no culto a Deus.
2)      O latim: Usada no comércio, nas armas e na justiça. Era a língua oficial de Roma (Os romanos falavam latim, hoje esta língua é considerada uma língua morta, embora existam vestígios dela em várias línguas atuais, inclusive no português).
3)      O grego: Era a língua mundial, preferida para a comunicação entre os povos e na cultura. 

Por serem estas línguas as mais importantes naquela época, quando Jesus foi crucificado, escreveram na cruz, uma  frase nestas três línguas, a qual dizia: “Este é o rei dos judeus”. Leia Lucas 23.38.
Além de Maria e José morarem em Nazaré eles também eram pobres. Sabemos disso por causa da oferta que levaram ao sacerdote. Após o resguardo (período de repouso após a mulher ganhar bebê), caso a criança fosse do sexo masculino, a mãe deveria apresenta-lo a Deus levando-lhe uma oferta, que deveria ser um cordeiro, uma pomba e uma rola, conforme o Senhor ordenara que se fizesse. Porém, nem todos tinham condições financeiras para adquirir estes animais e ofertá-los a Deus, então para estes, Ele determinou que bastasse levar duas rolas e esta foi exatamente a oferta que Maria e José levaram ao sacerdote. (Leia Lv 12.6,8 e Lc 2.22,24).
Quem deu o nome de Jesus foi o próprio Deus. Ele enviou um anjo para falar à Maria que ela esperava um filho gerado pelo Espírito Santo e  que deveria chama-lo por este nome. O nome Jesus é de origem grega e equivale ao nome “Josué” no hebraico, que significa “Salvador”. O nome Cristo, pelo qual também ele era chamado, vem do grego e é equivalente ao nome Messias no hebraico e significa “Ungido” (Veja Jo 1.41). Assim, concluímos que o nome “Jesus Cristo” significa “Salvador Ungido”, isto é, “Aquele que tem a autoridade para salvar” (Leia Mt 9.6) .Obs.: (Para melhor entender sobre o termo “ungido” leia o texto “Ainda existe o ofício de Profeta?”, pois nele fala sobre o propósito da  unção).
Enquanto estavam na estrebaria em Belém, os pastores foram visitar Jesus (Leia Lc 2.15,16). Jesus também foi visitado pelos magos do Oriente, que eram homens que estudavam as estrelas, por isso entenderam que Jesus nascera através do sinal de uma estrela (Leia Mt2.1,2).Embora a Bíblia conte que havia magos do Oriente que visitaram o menino Jesus, não há qualquer referência sobre quantos magos eram, nem se eram reis e também não diz quais eram os seus nomes. O fato de dizerem que eram três magos é devido ao numero de presentes que deram: ouro, incenso e mirra. Imagina-se que seus nomes eram Melquior, Baltazar e Gaspar, contudo,  embora haja possibilidade de ser, não tem confirmação bíblica. Se eram reis a Bíblia não diz, mas com certeza eram homens ilustres por alguns motivos que veremos a seguir:
A)Tiveram acesso ao rei Herodes, coisa que uma pessoa comum não conseguiria;
B)Traziam consigo uma comitiva, porque toda a cidade de Jerusalém se perturbou com a chegada deles;
C) O rei Herodes não gostou de saber que eles iam adorar o “Rei dos Judeus”, como eles disseram que fariam, no entanto, não ousou matá-los (se fossem pessoas comuns, certamente seu fim seria outro).
Outra coisa interessante de se analisar é que de acordo com Mt 2. 9-11, os magos não visitaram Jesus na estrebaria, mas ele já estava com sua mãe e José em sua casa, porque o texto diz que “Chegando na casa (não na estrebaria), viram Jesus e sua mãe”.
O motivo pelo qual Herodes queria matar Jesus era porque as profecias prediziam que em Belém da Judéia nasceria o  rei dos judeus, e Herodes era o atual rei, inclusive, já reinava há quarenta anos, então, sentiu seu trono ameaçado. Para evitar que isso se cumprisse, o rei Herodes ordenou que todas as crianças do sexo masculino, abaixo de dois anos, fossem mortas (mais ou menos a idade que Jesus teria). Leia esta história no capítulo 2 do livro de Mateus.
Este rei reinou de 39-4 A.C. Seu nome era Herodes Magno (Lc 1.5). Segundo a historia, esse rei era um monarca assassino. Mandou matar  Hircano, o avô de sua mulher; matou sua própria esposa Mariana, depois seus dois filhos, Alexandre e Aristarco e cinco dias antes de morrer, ordenou a morte de seu filho primogênito Antipater, além de cometer outros assassinatos. Seu neto , Herodes Agripa I era tão pagão como ele, por isso Deus o matou comido de bichos. (Leia Mt 2 e conheça esta história). O Herodes do tempo do nascimento de Jesus era o pai de Herodes Antipas, que degolou a cabeça de João Batista e era avô de Herodes Agripas I, que matou Tiago à espada.Estas histórias encontram-se em Mt 14 e At 12.
Creio que você já reparou pelo menos duas coisas sobre estes reis: que todos eram muito maus e eram chamados de Herodes. O motivo de serem chamados pelo mesmo nome é porque “Herodes”, assim como “César” e "Faraó", na verdade não eram nomes, mas títulos. Todos os reis da linhagem dos Herodes, recebia esse título antes do nome. Assim, temos “Herodes Agripa”,”Herodes Antipas”, “Herodes Arquelau”, “Herodes Magno” e assim sucessivamente. No caso dos césares, geralmente o título vinha depois do nome, assim havia o imperador “Júlio César”,  o imperador “Augusto César”, o imperador  "Tibério César”, o imperador “Cláudio César” etc. Havia também vários Faraós, como por exemplo,"Faraó Neco", "Faraó Hofra" e tantos outros.
Outra coisa muito importante sobre a família de Jesus, é que não era formada apenas por ele e a mãe, mas Maria casou-se com José e tiveram outros filhos. (Confira Mt 1.18; Lc 1.27 e Mt 12.46,47;  13.55).Inclusive o escritor do livro de Tiago, é  o irmão de Jesus por parte de sua mãe.
Em resumo, podemos dizer que, Jesus nasceu em Belém da Judéia, mas morava em Nazaré (por isso ele é chamado de nazareno). Veja alguns textos que provam isso: (Mt 2.23;Mc 1.9; Lc 2.39,51; Jo 1.4). Era filho de Maria, de onde herdou seu lado humano e foi concebido pelo Espírito santo, de onde proveio seu lado divino. Não era o único filho de Maria, mas teve vários irmãos. Seu nome “Jesus”, foi devido a seu ofício como Salvador e o nome “Cristo” foi por causa da sua Unção, ou seja, Deus lhe deu autoridade para perdoar os pecados ao representar todos os pecadores em sua morte na cruz.  Finalmente, resta-me  convidá-lo à ler os Evangelhos, que são os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João, para você saber mais sobre a vida desse homem que andou na Terra com o único objetivo de nos salvar da condenação eterna.

Com carinho,
Em Cristo,
Leila Castanha
02/2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

A IMPORTÂNCIA DO BATISMO NAS ÁGUAS


Geralmente, quando o pastor pergunta a alguém qual o motivo pelo qual deseja se batizar a resposta é  a seguinte:
-Quero me batizar porque desejo fazer parte do corpo de Cristo!
Embora a resposta pareça muito boa, este não deve ser o principal motivo para alguém descer às águas batismais, por isso, vamos entender um pouco mais a fundo o que significa o ato do batismo.
A palavra “batismo” vem do grego “baptismos”, que quer dizer “mergulho”.
O batismo nas águas é um simbolismo, assim como são o pão e o vinho da Santa Ceia. Embora qualquer um possa comer o pão que, normalmente compramos na padaria ou no supermercado, e pode beber o suco de uva, só os cristão devem participar desse cerimonial porque após a oração ele passa a ser ingerido pelo seu significado e não pelo sentido real. Ou seja, não é mais um pão ou um vinho, mas é o símbolo do corpo e do sangue de Jesus.
Assim também funciona com o batismo nas águas, por isso não deve ser realizado sem um entendimento prévio.  Durante a cerimônia batismal, as águas não serão mais um lugar de tomar banho, mas ela carrega um significado, de forma que quem descer sob ela, está confessando que aceita tudo o que implica a representação do ato.
Então, vamos entender qual é o significado do ato batismal. O batismo nas águas é símbolo de sepultamento. Ou seja, quando uma pessoa morre, o processo final é sepultá-la. Da mesma maneira acontece quando a pessoa decide viver para Deus: seu velho homem deve morrer e como consequência, ser sepultado. É aí que entra o simbolismo do batismo: quando o pastor mergulha um irmão em Cristo nas águas, significa que aquela pessoa que vivia para o mundo e era regida pela sua natureza carnal, está morta e naquele momento foi sepultada. Ao emergir (sair da água), significa que o velho homem foi deixado lá embaixo, e agora a pessoa que subiu renasceu como um novo homem que dali em diante fará a vontade de Deus e não mais a sua própria.
O pastor argentino Juan Carlos Ortiz disse que ao batizar os irmãos, na hora de imergi-los (mergulhá-los), ele diz o seguinte: “Eu te mato para você renascer para Cristo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
E é exatamente isto o que simbolicamente acontece no ato batismal: a morte de alguém para o pecado e o seu renascimento para Deus.
É muito importante entendermos que o batismo nas águas é só um simbolismo. Ele não é um meio de santificação, ou seja, ninguém será salvo só porque é batizado.  O batismo é um ato de obediência a Deus, uma vez que Cristo declarou que “quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16.16). Porém, ao entendermos a importância do ato e compreendermos o Evangelho o qual aceitamos, nos negarmos a descer às águas poderá implicar em perda da salvação, não porque o batismo tem poder de salvar alguém, mas porque não estamos dando importância a um mandamento de Cristo. Lembre-se do texto citado acima, o qual nos mostra dois passos para a salvação: 1º: Quem crer; 2º: For batizado; 3º: Será salvo. Compreende agora a importância?
O batismo nas águas dá direito ao cristão de ser integrado como membro da Igreja de Cristo. O grande problema de se tomar essa decisão sem responsabilidade é o peso que lhe sobrevirá, conforme exorta o apóstolo Paulo após explicar aos irmãos de Corinto o simbolismo da Santa Ceia do Senhor (que muitas igrejas dão permissão para participar somente após o batismo nas águas), dizendo o seguinte:
“Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois o homem a si mesmo... Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação” (1 Co 11.27-29). (itálicos meus)
O batismo nas águas também é uma confissão pública de fé, e o próprio Jesus deu o exemplo, batizando-se também. Como ele não tinha pecado, não havia necessidade alguma de passar por essa cerimônia, mas como diz a Bíblia, em tudo Ele se deu como exemplo (1 Pe2.21)
Como ato de obediência a Deus, o batismo é também um ato de fé, visto que, só obedece a Deus quem crer nele. Por isso, Jesus disse (Mc 16.16) que “quem crer e for batizado será salvo”. Perceba que primeiro ele diz “quem crer”, porque o batismo, como qualquer outra cerimônia simbólica, só é realizado por quem crê. Por exemplo: só tem sentido fazer simpatias se a pessoa crer que aquilo acontecerá. Ninguém em sã consciência escreve uma carta para o Papai Noel, de fato, se não acredita em sua existência. Assim também, só obedecemos a Palavra de Deus quando cremos Nele.
Podemos entender a partir dessa observação o porquê de todos os que aceitavam o Evangelho, consequentemente, descer às águas do batismo. (Leia At 8.12; At 8. 35-38; At 9.18).
Embora algumas igrejas só permitam que o novo convertido seja batizado após uns meses de experiência, não parece ser o que ensina as Escrituras. Vejamos a narração de Atos dos Apóstolos 8.35-39 e prestemos atenção, em especial, na pergunta do eunuco e na resposta de Filipe:
“...Chegando a certo lugar que havia água, disse o eunuco: “Eis aqui água. Que impede que eu seja batizado”? Filipe respondeu-lhe: “É lícito (permitido), se creres de todo o coração”.(vv. 36,37)
Aí percebemos que o único empecilho  para alguém não ser batizado é se o indivíduo não crer no Evangelho.  Todavia, se ele crê é lícito (é permitido) que ele desça às águas batismais, e aos poucos vá crescendo na graça e no conhecimento do Senhor Jesus, que é o dever de todo cristão (2 Pe 3. 18)

Nota: 1. “Eunuco” era o nome dado aos homens que eram responsáveis pela guarda das mulheres do rei (geralmente eram castrados).
            2. A sigla “vv” quer dizer, versículos.

RESUMINDO:
O batismo nas águas é a confirmação pública de que a pessoa crê no Evangelho de Jesus Cristo e deseja sepultar seu velho homem e tornar-se uma nova criatura. Assim, entendemos que não é correto participar do batismo sem estar certo de que você realmente deseja mudar de vida, isto é, que você deseja  andar como Cristo andou (Leia 1 Jo 2.6).
Portanto, se você não tem certeza de que quer se batizar, provavelmente isso quer dizer que você não tem certeza de querer ser participante da Igreja de Cristo ou não entendeu ainda a importância desse ato simbólico para os cristãos. Realmente, é algo que deve ser pensado, porque Deus não aceita  hipocrisia (fingimento), mas se servir de ajuda, termino estas linhas dizendo-lhe que vale a pena servir a Deus porque, conforme dizia o salmista “Ele é bom e a sua benignidade (bondade)  dura para sempre” (Leia o Sl 136 e veja quanto você tem a ganhar com Ele).


 No amor de Cristo,

Leila Castanha

 SP 02/2013


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A BÍBLIA – O LIVRO (PARTE II)

Códice
Já tendo uma ideia básica sobre a Bíblia, agora podemos nos aprofundar mais um pouquinho sobre a história deste maravilhoso livro.
Primeiramente, é importante sabermos que a Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso no mundo. Isto aconteceu no ano de 1.452, em Mainz, Alemanha.
Em 398-404 d.c. (depois de Cristo), João Crisóstomo, bispo de Constantinopla, atual Istambul, Turquia, deu o nome “Bíblia” a este livro, que antes era conhecido pelos termos usados pelos antigos, e registrados em suas próprias paginas, como por exemplo,”Livro  da Lei” (Dt 29.21; Js 1.8);”Rolo do Livro”(Sl 40.7); “Livro do Senhor” (Is 34.16) “Escrituras ou Sagradas Escrituras” (Mt 21:42; Rm 1.2),”Palavra de Deus” (Mc. 7.13; Hb 4.12) etc.
João Crisóstomo, era padre da Igreja grega. Era um reformador rigoroso e um orador de prestigio, ou seja, sabia se expressava muito bem, o que lhe valeu o apelido de “Crisóstomo”, que é uma palavra grega que significa “Boca de Ouro”. Ele morreu no exílio, doente, perseguido pela vingança da imperatriz Eudóxia.
Já vimos na parte I deste estudo, que os dois materiais pelos quais a Bíblia foi feita, foram o papiro e o pergaminho. O nome Pergaminho, deriva de Pérgamo, cidade onde foi criado este material, feito de pele de animal curtida (cabras, ovelhas ou bezerros).O nome papel, deriva do papiro.
Mesmo com a chegada do pergaminho, que era um material mais resistente, o papiro continuou a ser usado para a escrita de cartas, textos administrativos, jurídicos ou médicos, por ser de material mais leve.
Os primeiros formatos da Bíblia eram o rolo e o códice. O rolo era exatamente um rolo, onde o papel era preso às hastes laterais. O códice era uma obra no formato de um livro grande, feito de pergaminho. Suas folhas tinham em média 65 centímetros de comprimento e 55 centímetros de largura.
As primeiras Bíblias eram manuscritas (escrita à mão), e esse serviço era feito pelos escribas (escrivães da época, copistas e mestres das Escrituras), e era feito de modo muito lento (Imagine a Bíblia inteira sendo escrita à mão!). O período em que ela foi escrita, foi de aproximadamente 1.600 anos, isto incluindo o período chamado de “período interbíblico”, que era o período de 400 anos em que Deus parou de falar com o homem. (Obs.: Isto não está na Bíblia, mas foi registrado pelos pesquisadores e historiadores).
Quanto a língua em que a Bíblia foi escrita, há partes em aramaico, latim, grego e hebraico, porém as principais foram o hebraico e o grego. Sendo a maior parte do Antigo Testamento escrito em hebraico e o Novo Testamento em grego.
A Bíblia é  composta por 66 livros, porém não estão todos em ordem cronológica, mas foram separados por assuntos. Para facilitar o estudo da Bíblia, ela foi dividida em partes, sendo o Antigo Testamento dividido em 5 e o Novo em 4, os quais são:
Novo Testamento:
·         Livros Históricos – São 12, de Josué até Ester.
·         Livros Poéticos – São 5 (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão)
·         Profetas Menores – São 12, de Oséias até Malaquias  (Veja na primeira parte do estudo porque dos termos “menores e maiores”
·         Profetas Maiores – São 5 (Isaias, Jeremias,  Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel)

Quanto ao Novo Testamento, foi dividido da seguinte forma:
·         Biografia – São os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João).
·         História – 1livro, que é o de Atos dos Apóstolos
·         Epístolas – São as 21 cartas (Romanos até Judas)
·         Profecia – 1 livro, que é o de Apocalipse
Antes dos livros serem reunidos e formar a Bíblia, cada um era um livro individual. Ao serem reunidos, fez-se necessário nomea-los e para facilitar ainda mais o acompanhamento de sua leitura, dividiram cada livro em capítulos e versículos. Assim, entre 250 a.c e 130 a.c, o Antigo Testamento foi dividido em livros pela septuaginta (72 intelectuais judeus, seis de cada tribo de Israel), que traduziram do hebraico para o grego e dividiram-na.
Uma vez já compreendido que a septuaginta foi a responsável pela divisão da Bíblia em livros, resta-nos saber quem a dividiu em capítulos e versículos.
O vocábulo “capítulo”, vem do grego “capitulum”, e quer dizer, “cabeça pequena”, “cabeça”, “Parte essencial”.
Em 1.250 d.c., Hugo de Sancto Caro, padre dominicano e estdioso da Bíblia, foi quem a dividiu em 929 capítulos no Antigo Testamento e 260 no Novo.
O Antigo Testamento foi dividido em capítulos no ano de 1.445, pelo rabi Mardoqueu Nata e o Novo testamento em 1.550, por Robert Stevens, um impressor de Paris.
A Bíblia é uma só, porém existe várias versões, as mais antigas são:
·         Septuaginta- Versão dos 72 intelectuais judeus, feita do hebraico para o grego.
·         Vulgata- (vulgata vem do latim Vulgatus, que significa “popular”). Tradução da Bíblia para o  latim, feita por Jerônimo. No Novo Testamento, ele fez uma revisão de uma versão que já existia, a “Vetus Latina ou Itala”, e o Antigo Testamento ele traduziu do original hebraico. A tradução foi concluída em 405 d.c., em Belém, na Palestina.
Jerônimo era padre e notável erudito da Igreja Católica Romana quando ainda mantinha sua pureza espiritual.
A primeira tradução da Bíblia em Português foi feita pelo pastor João Ferreira de Almeida. Ele converteu-se ao Evangelho,em 1.642, na Igreja Reformada Holandesa, em Batávia(ilha de Java, atual Djacarta, Indonésia),onde estava morando há um ano. Lá ele traduziu a Bíblia para o português, servindo-se da versão latina de Beza, da espanhola, da francesa e da italiana. Diz-se ser uma das melhores (mais fiel ao original). Primeiro traduziu o Novo Testamento, que foi publicado em 1681, em Amsterdam,Holanda e o Antigo Testamento só traduziu até o livro de Ezequiel e seus colegas terminaram, por conta de sua morte em 1.691. Foi publicado em 1753.
As siglas ARC e ARA, que indicam duas vezes de João Ferreira de Almeida, significa:
·         ARC- Almeida Revista e Corrigida
·         ARA- Almeida Revista e Atualizada (tem uma linguagem mais popular)

Agora, espero que você ao ler esse maravilhoso livro, tenha uma visão mais ampliada, não só de seu conteúdo, mas também de sua história.
Esse livro é imbatível! Dê valor a esse tesouro pois suas instruções podem transformar simples seres humanos em filhos de Deus.

Espero ter ajudado,
Com amor,
Leila Castanha
02/2013



domingo, 17 de fevereiro de 2013

AINDA HOJE EXISTE O OFÍCIO DE PROFETA?

Moises recebendo os dez mandamentos
A palavra “Profeta”, vem do hebraico e a tradução mais comum é “nabi”.
Não é certa a significação original da raiz (NB’). Segundo alguns estudiosos, esta raiz significa “Ferver, borbulhar”, ao que muitos entendem o termo “Profeta” como sendo, “Aquele que ferve com a mensagem ou com a inspiração divina”.
Todavia, outros acham mais provável que Nabi esteja em conexão com uma raiz assíria ou árabe, que significa “proferir, anunciar uma mensagem”, e está em conformidade com Êxodo 7:1, onde está escrito o seguinte:
“...Tenho te posto por deus..., e Arão,... será o teu profeta”.
Sabemos que Arão foi enviado por Deus para falar a mensagem dele a Faraó, porque Moisés achava que não conseguiria falar. Deus, então fez um acordo com Moisés  dizendo que passaria a ele o recado para Faraó, ele passaria para Arão e Arão diria ao rei. (Ex 4.14-16).
Só para constar, Arão era o irmão mais velho  (3 anos mais velho) de Moises, sendo a irmã do meio Miriã e Moises era o caçula. ( Leia Ex 7.7)
A palavra “Profeta” no grego é “Prophetes”, que significa “alguém que fala por um deus e interpreta sua vontade”.
Assim, segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica, profeta é alguém que serve como porta-voz de Deus, cuja mensagem é para admoestação ou predição.
Apesar de Moisés ter servido como profeta (porta-voz de Deus ao povo), ser profeta ainda não era considerado um ofício, uma função reconhecida, como era a de sacerdote, cargo já ocupado por seu irmão Arão (ele foi ungido à sumo sacerdote - Leia Lv 8) . Assim, a primeira pessoa que foi reconhecida como profeta, foi Samuel. Ou seja, a partir dele, assim como havia o ofício de rei, de pastor de ovelhas, de artesão, de sacerdote, também havia o de profeta.
Após a vinda de Jesus à Terra,não houve mais esse oficio, na verdade, segundo a Bíblia, o último que ocupou este ofício, sendo chamado de profeta,foi João Batista. (Veja em Mt 11:13)
A instituição da função de profetas, isto é, a eleição de homens que eram separados para Deus dar recados ao seu povo por intermédio deles, se deu porque  na época de Moisés o povo teve medo de morrer caso Deus lhes falasse diretamente, então pediram que Moisés lhes falasse em lugar de Deus. Daí para frente, Deus falava com Moisés o que queria do povo e Moisés passava-lhes o recado, como um porta-voz. (Leia Ex 19.17; 20;18,19; Dt 5. 1,4,5; 18.15,18).
Uma vez que Deus não falava mais diretamente com o povo, ele falava com eles através dos profetas. Por isso em Pv 29.18a, Salomão diz: “Não havendo profecia o povo se corrompe”. Em outras palavras, nós podemos entender que, se não houvesse profetas (mensageiros de Deusque entregavam ao povo as profecias), o povo estava perdido.
Havia uma grande diferença entre “profetas” e “sacerdotes”, dois ofícios importantíssimos na época do Velho Testamento (da velha aliança de Deus com Israel). Os profetas, eram como canais onde Deus se utilizava para falar com seu povo, que, lembre-se, teve medo de falar diretamente com ele. Já os sacerdotes, eram pessoas separadas por Deus para sacrificar à Ele em favor do povo (No Antigo Testamento, isto é, no Antigo Pacto de Deus com o seu povo, que dizia que quando alguém pecasse, deveria levar um animal para que o sacerdote o sacrificasse para remissão do pecado do ofertante).
Então podemos resumir da seguinte maneira: O homem falava com Deus através do sacerdote; Deus falava com o homem através do profeta. 
Os profetas no Antigo Testamento são classificados da seguinte maneira: Profetas Maiores e Profetas Menores. Esta classificação nada tem a ver com a importância dos profetas,mas com o tamanho de seus livros. Por exemplo, o livro de Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel, são considerados grande em relação aos demais, então são classificados como Profetas Maiores. Os outros doze livros que são respectivamente: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum,  Habacuque,  Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias, são chamados de Profetas Menores, porque seus livros são pequenos.
Também são classificados como Profetas Orais e Escritores: Os orais são aqueles que são mencionados em algum livro, mas não tem o próprio, como é o caso de Natã, que é um profeta mencionado no livro de 1 Samuel e não existe um livro com o seu nome. O mesmo acontece com os profetas Elias e Eliseu, cujos nomes são mencionados no livro de Reis, e nenhum possui o seu livro.
Já os Profetas classificados como Escritores, são aqueles cujo nomes foram mencionados nos próprios livros. É o caso de Isaias, Daniel, Jeremias, Jonas e outros.
No início, Israel vivia sob o regime da teocracia (governo onde o próprio Deus era o governante), e o povo conhecia suas leis através dos profetas que lhes anunciava: Deus dava a ordem ao profeta e ele passava ao povo. Veja por exemplo, Isaias 1. 2 :
 “Ouvi, ó céus, e dá ouvido, ó terra, porque o Senhor é que fala ...”  (itálico meu)
Em 2 Rs13.15-17, vemos uma historia onde um rei vai procurar um profeta, para que ele lhe diga o que Deus ordena que ele fizesse. Era dessa maneira, Deus enviando sua palavra ao homem através do  profeta, que funcionava o governo teocrático. Porém, em uma determinada época, os israelitas não queriam mais ser governados por Deus e pediram para que Deus permitisse-lhes ter um rei humano, assim como era nas outras nações. Apesar de Deus ficar muito triste por ser rejeitado pelo seu povo, conhecendo a besteira que eles estavam fazendo, disse a Samuel (seu profeta) que lhes respondessem que faria o desejo deles e  a partir daí Saul foi constituído por Deus, como o primeiro rei de Israel. (Leia 1 Sm 8.4-9).
Para finalizar, vamos relembra duas coisas sobre os profeta:
1º: O primeiro a ser reconhecido na função de profeta foi Samuel.
2º: O último a ser considerado profeta, foi João Batista.
Portanto, devemos compreender que apesar de existir o dom de profecia, conforme afirmado em 1 Co 12.10, profeta como função ou oficio (em que pessoas iam a ele para que Deus lhes dessem a mensagem) já não existe mais, pois além da Bíblia dizer que o último profeta foi João Batista, ela nos explica que após o sacrificio de Cristo, nós temos direito de entramos diretamente a presença de Deus, porque agora não precisamos de profeta como mediador entre Deus e o homem, mas atraves de Cristo temos acesso a Ele (1 Tm 2.5). Portanto, tomemos cuidado com aqueles que assim se denominam.

Em Cristo,
Leila Castanha
02/2013