terça-feira, 28 de julho de 2015

O QUE É O BATISMO NAS ÁGUAS


A palavra batismo vem do grego (baptismos) e significa imersão ou mergulho
João Batista foi o precursor de Jesus, isto é, ele veio anunciar a Cristo. Eram primos, sendo João seis meses mais velho do que Cristo (Lc 1.5, 34-36). Sua mãe chamava-se Isabel e era prima de Maria, a mãe de Jesus, Maria, ficou na casa de Isabel três meses, isto é, até a sua prima dar a luz – (v.39, 56, 57). 
Voltando ao batismo nas águas, é importante saber que para ser válido, ele deve ser precedido de arrependimento, conforme observamos em  At 2.38: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”. (grifo meu).
O batismo que João pregava era diferente dos que os judeus conheciam, pois eles conheciam o batismo como rito de iniciação e de purificação. Por exemplo: quando um gentio convertia-se ao judaísmo os judeus o circuncidava e o batizava, visto que os gentios eram considerados impuros. 
Observação: gentio era o nome dado a todos os que não eram judeus; circuncisão é a retirada do prepúcio (uma pele que cobre a glande, ou como é chamada popularmente, “cabeça do pênis”).  
O batismo que João executava era “Batismo de arrependimento”, e não apenas de iniciação ou de purificação-  Mt 3.1,2, 5,6.  Os fariseus não compreendiam aquele tipo de batismo, visto que sendo judeus, já se consideravam puros, e João os exortava a se arrependerem de seus pecados, para que fossem batizados (v.7, 8).  
O batismo pregado por João exigia arrependimento porque era uma demonstração exterior do que havia acontecido no interior do homem (Mt 3.5-8,11). Batizar para o arrependimento não significava que o batismo produzia arrependimento, mas comprovava que os batizandos haviam se arrependido dos pecados, e como prova desse arrependimento seriam iniciados em uma nova vida (Mt 3.2; At 2.38;  16.14,15; Mc 16.16).  
João Batista sabia que Cristo veio ao mundo para salvar o homem do pecado a fim de religá-lo a Deus, logo, era necessário que o homem assumisse uma postura de arrependimento que seria confirmada por meio do batismo.
O batismo bíblico é uma comprovação formal do nosso compromisso com Cristo.  Assim como o casamento que sela o compromisso de um homem com uma mulher diante da sociedade e de Deus, o batismo nas águas tem o mesmo valor simbólico. No casamento existem direitos e deveres, que devem ser respeitados por ambos, do mesmo modo que na comunhão com Cristo, temos direitos às bênçãos celestiais e à vida eterna, mas temos o dever de ser santos (separados do pecado). Rm 6.3,4; Gl 3.27; Cl 2.7. O batismo não salva, ele é a comprovação de que aceitamos a salvação em Cristo. 
A Igreja Católica Romana tem sete sacramentos, dentro os quais estão o batismo e a eucaristia (a Santa Ceia). Para o catolicismo romano os sacramentos são sinais sagrados, instituídos por Jesus, e dá santificação divina. Mas, segundo a Bíblia, o que salva o homem é a fé no sacrifício expiatório de Cristo, ao reconhecê-lo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.35). Esse reconhecimento é consequência de nossa fé Nele. O batismo não salva ninguém, pois se assim fosse, o ladrão que morreu na cruz não seria salvo, pois não havia sido batizado, no entanto, Jesus lhe garantiu  que  estaria com ele no Paraíso (Lc 3.23,39-43)
Quando a Bíblia diz que quem crer e for batizado será salvo (Mc 16.16), não significa que o batismo salva, mas quer dizer que o fato de alguém se batizar confirma que esta pessoa creu na salvação em Cristo, e o confessa  por meio do ritual do batismo, cujo simbolismo índica que a pessoa morreu para o mundo e tornou a nascer para Deus.
Quando aceitamos a salvação de Cristo se faz necessário confessar a nossa fé, conforme está escrito em Romanos 10.9: "A saber: Se com tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo". No ato batismal, além da confissão pública por meio do ato simbólico do batismo, antes de descermos às águas batismais fazemos confissão de fé, verbalmente, alguns em determinado culto anterior ao batismo, mas, em geral, é comum  o candidato responder algumas perguntas feita pelo ministro no momento do ato.
O batismo nas águas é a sua fé exposta em público; é sua crença interior, exteriorizada; é a sua fé invisível, sendo exposta de forma visível. Em Tiago 2.20-22 vemos a afirmativa de que as obras comprovam a fé. Por exemplo: Uma criança quer aprender andar de bicicleta e após umas duas tentativas frustradas fica emburrada e decide desistir. O pai, então, anima-a prometendo que não vai deixá-la cair. Depois, o pai lhe pergunta se ela confia nele ao que a criança responde afirmativamente. No entanto, apesar de sua afirmação de que confia no pai ela se recusa a voltar a pedalar, ao que o pai lhe pergunta: “Mas você não disse que confia em mim?” E a criança responde: “Confio papai, mas não vou porque estou com medo de cair”.
 Este diálogo nos mostra que a falta de ação da criança demonstra que, embora ela repita que confia no pai, sua falta de atitude em obedecê-lo e voltar a pedalar, prova que  ela não confia, de fato, na promessa dele. Assim é quando nós dizemos que cremos que Jesus nos salvou e queremos ser  novas criaturas, mas na hora de nos batizar ficamos com dúvidas se devemos ou não aceitar o batismo. 
Embora o batismo seja símbolo de novo nascimento, ele não tem o poder de salvar ou de purificar o homem do pecado, pois, segundo a Bíblia, quem purifica o homem do pecado é:
a.        O sangue de Jesus : 1 Jo 1.7 (o fato de Jesus ter morrido por nós é que nos torna puros diante de Deus);
b.         A Palavra de Deus (Sl 119.9; Jo 17.17); É observando a Palavra de Deus que nos purificamos (nos tornamos santos) Sl 119.10 “Escondi a tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”.

O batismo também não converte ninguém. A conversão se dá com a nossa crença em Jesus, aceitando-o como nosso Senhor e Salvador. Converter é mudar de direção (quando deixo de servir ao pecado, e passo a  me submeter ao senhorio de Cristo, então me converti).
Santificação é um processo que se dá após a conversão e é gradual, e deve ser buscada (seguida). A santificação é um processo -  Hb 12.14. Santificar significa separar.
O batismo é iniciação para os novos membros da família cristã. Observamos que todos os que criam em Jesus e se arrependiam do pecado eram, em seguida, batizados. Daí então surge as seguintes perguntas:
a.        Quem deve ser batizado: Todo aquele que crer (Mc 16.16; At 8.36-38).
b.    Quem tem compreensão acerca do Evangelho: Isso não significa entender a Bíblia toda. Esse conhecimento se dá por meio de estudos aplicados e a orientação do Espírito Santo. O que quero dizer aqui, como compreensão do Evangelho, é entender essa Boa Nova (a palavra Evangelho significa Boa Nova), isto é,  reconhecer sua condição de pecador e desejar o novo nascimento em Cristo, o que implica em compromisso com Ele. O apóstolo Paulo alertou os irmão de Roma (Romanos 12.1) dizendo-lhes que o nosso culto deve ser racional (devemos saber o que estamos fazendo). Quando Filipe se aproximou do eunuco, a primeira coisa que perguntou foi: “Entendes tu o que lês?” (At 8.30). Por isso não concordamos com o batismo de crianças.

PORQUE NÃO BATIZAMOS CRIANCINHAS

O fato de Jesus dizer que das crianças é o Reino dos Céus não é motivo suficiente para se justificar o batismo infantil, pois a criança não compreende o significado do ato (com exceção da criança que já tem idade para entender).
Ao apontarem o batismo da família de Lídia, também não é argumento contundente para a defesa do batismo infantil, pois a Bíblia não diz a idade dos filhos dela.
Em relação à circuncisão que era feito nos meninos, com apenas 8 dias de vida,  também não é explicação para o batismo infantil, visto que o simbolismo de um não é idêntico ao do outro (a circuncisão era sinal de pertencimento à nação israelita), enquanto que o batismo é para todo o que crer em Jesus e é sinal de pertencimento à Igreja de Cristo, composta por todas as raças, tribos, nações e línguas, e sua adesão é precedida por arrependimento de pecados).


Com amor,
Em Cristo Jesus,
Leila Castanha


2 comentários:

  1. muito bom o texto acima,me ajuda muito a tirar todas as minhas duvidas sobre a bíblia...muito obrigada

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    1. Prezada Gislene,
      Obrigada pela participação e seja sempre bem-vinda a este blog.

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