sábado, 8 de fevereiro de 2014

PORQUE NÃO CREIO NO SONO DA ALMA

 
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Muitos não creem na doutrina da imortalidade da alma, cuja crença explica que, após a morte o espírito separa-se do corpo e retorna para Deus. Alguns acreditam que ao morrer, o fôlego de vida (que segundo eles, é o que o homem possui (não alma e espírito, e serve para trazer-nos animação ao corpo), é retirado por Deus e reintegrado ao ar, porém não é entidade consciente nem homem real).
Ao dizerem estas palavras, professam sua crença na doutrina do sono da alma, isto é, acreditam que, ao morrer, a pessoa fica num estado de inércia, dormindo, até a ressurreição.
Segundo Ellen G. White (profetisa adventista), os cristãos são colocados em pé de igualdade com os espíritas (estes creem na imortalidade da alma e no retorno dos espíritos dos mortos entre os vivos), e afirma que os cristãos, por acreditarem na imortalidade da alma, “negam a origem divina da Escritura Sagrada.” (Eventos finais, 136).
Para desfazer esse grande absurdo, e esclarecer a razão de nossa fé aos que buscam verdadeiramente o apoio bíblico de nossa crença, propus o tema acima.
Como apoio a sua doutrina (a palavra doutrina significa ensinamento), os defensores da doutrina do sono da alma utilizam textos bíblicos, dentre os quais, Salmos 6.5; 146:4; Eclesiastes 9.5,6 e Isaías 38.18,19. Outro argumento utilizado por eles é o texto de 1Co 15.16-18, no qual o apóstolo Paulo diz que se não houvesse ressurreição dos mortos, os que morreram em Cristo estariam perdidos.
 Também citam as palavras de Paulo, em 1Tessalonicenses 4.16-18, sobre a ressurreição dos mortos, o qual afirma que quando Jesus vier, seremos transformados e “estaremos com Cristo para sempre”. Ainda baseiam-se em Mateus 25.21 como refutação à doutrina da imortalidade da alma, o qual diz que no dia do julgamento Jesus fará os elogios aos que forem aprovados por Ele: “Muito bom, servo bom e fiel (...). Entra no gozo do teu Senhor!”.
Com esse texto, lançam a seguinte pergunta: Se o espírito do salvo já está com Deus, que sentido teria em julgá-lo ou elogiá-lo só após a ressurreição? Da mesma forma, dizem não haver sentido julgar-se alguém que já está penando no inferno.
Na realidade, não cremos na doutrina do sono da alma, isto é, que após a morte a alma fica inconsciente, em estado de inexistência,assim como é um absurdo a teologia do aniquilacionismo (que diz que a alma dos ímpios (pecadores), após a sua morte física, será destruída) porque de acordo com a Bíblia:
a.      O homem possui alma (sede de emoções e sentimentos) e esta é imortal, conforme indicam os textos abaixo, extraídos da versão ARC (Almeida Revista e Corrigida): “Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma (...). (Mt 10.28).  (grifo meu).
Observe: ambos, separados, alma e corpo. O corpo morre, mas a alma não pode morrer. Assim, vemos que o homem é dotado mais do que de “fôlego de vida”, mas tem algo espiritual, que ao findar o fôlego, continua como alma vivente.
Em Ec 12.7 observamos o seguinte texto:  “E o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”
   Observe que o pó, aqui, trata-se do corpo, pois, de acordo com Gn 2.7, o homem foi criado do pó da terra. Novamente verificamos nesse texto que o corpo (que é pó) fica, e o espírito vai, desligando-se um do outro na morte.
Assim sendo, ao morrer, o espírito do cristão, não morre,  mas retorna a Deus, assim como a alma (sede de emoções e sentimentos humanos) está bem acordada e consciente, pois de acordo com a parábola de Lázaro e o rico, contada por Jesus, ambos estavam em pleno domínio de suas faculdades mentais, inclusive o rico sentiu sede, e também demonstrou medo e preocupação pelos seus irmãos que estavam vivos. Em 1 Pe 3.18-20 observamos que os espíritos em prisões, os quais Jesus desceu a pregar, na ocasião de sua morte, tratava-se de pessoas que haviam morrido. Não teria sentido Jesus ir até eles se suas almas estivessem em sentido de inconsciência, dormindo. Mas abaixo citarei outros textos que comprovam a consciência da alma após a morte.
 Leia Lc 20.37 e compare com Mt 22.30. O primeiro texto diz o seguinte:
 “E que os mortos hão de ressuscitar também o mostrou Moisés junto da sarça, quando chama ao Senhor Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque para ele vivem todos”. (Confira Ex 3. 6). (grifo meu)
Repare: No versículo 37, o argumento de Paulo em favor da ressurreição é baseado no fato de Deus, ao falar com Moisés, denominar-se o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó (três pessoas já mortas na época). Logo, Paulo conclui que, se Deus não é Deus de mortos e ainda assim Ele disse que era Deus de três homens que já haviam morrido, estes homens haviam de estar vivos de algum modo, em algum lugar, e não inconscientes , como ensinam os defensores do “sono da alma.
Em Josué 1.2, Deus diz a Josué: “Moisés, o meu servo é morto.” Se dermos crédito às palavras do apóstolo Paulo, descritas acima que diz que Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, fica difícil acreditar que se Deus chamou Moisés, depois de morto, de “meu servo”, ele estava se referindo a um defunto, em estado de inconsciência.
Lucas também parece crer na consciência da alma após a morte:
“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (o ladrão estaria morto naquele dia, como pois Cristo disse “hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”?) Certo é que na carne (no corpo) não seria, e, para tanto, não poderia estar em estado de inexistência. (Lucas 23:43)
Com o intuito de encontrar argumentos convincentes a sua doutrina da inconsciência da alma após a morte, já foi feita uma nova versão da Bíblia. No texto onde Jesus diz ao ladrão que naquele mesmo dia (hoje), eles estariam juntos no paraíso, mudaram o sentido, colocando uma vírgula após a palavra hoje, ficando o texto da seguinte forma: “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no Paraíso”. Só inventando mesmo para negar a imortalidade da alma.
Em Atos 7.59 encontramos o seguinte texto: “E apedrejaram a Estevão, que em invocação dizia: Senhor Jesus recebe o meu espírito.” (grifo meu)  Embora cremos que o homem é um ser tricotômico (composto por corpo, alma e espírito), e asseverando que por ocasião da morte o espírito volta a Deus, não  há sentido em crermos que a alma fica com o corpo inerte, pois além do exemplo acima citado, da parábola de Lázaro e o rico, vemos a afirmativa de Paulo em Fp 1.23 cujo desejo era estar com Cristo, dizendo ele que,  para que isso seria muito melhor. Não vejo sentido em o apóstolo aos gentios querer "estar com Cristo" se ele, desprovido de sua alma, não sentiria nenhum sentimento de gozo. 
Observe: Estevão estava sendo morto, apedrejado, e como conhecedor das verdades divinas sabia que o sangue e a carne não podem herdar o Reino de Deus (1Co 15.50), todavia, ele tinha consciência de que seu espírito, por ocasião de sua morte, voltaria a Deus, conforme declara a Bíblia Sagrada nos versículos que lemos acima.
O apóstolo Paulo pensava da mesma forma, conforme observamos em Filipenses 1 21-23:
 “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.”
Vemos, aqui, novamente, que o apóstolo Paulo expressa sua preocupação e ansiedade aos irmãos da cidade de Filipos (os filipenses), dizendo-lhes que preferia morrer (partir) e estar com Cristo, no entanto, julgava ser necessário permanecer com eles, na carne (no corpo).
O ponto que pretendo chamar a sua atenção é que Paulo disse que desejava “partir (morrer) e estar com Cristo”, portanto, não há como acreditar que o apóstolo pensasse que a morte o levaria a um estado de inconsciência, um sono que eliminaria suas faculdades mentais, onde só despertaria no dia da ressurreição, conforme ensinam, usando partes da Bíblia, sem apelar para seus contextos. Contextos são os textos que vem antes e/ou depois daquele em estudo.
b . Após a morte, a alma dos ímpios mortos não são aniquiladas, isto é, não deixam de existir, mas tanto ímpios como justos ficam conscientes: Os defensores do sono da alma são chamados aniquilacionistas porque acreditam na aniquilação dos ímpios após a morte, isto é, acreditam que após morrer, o ímpio passa do estado de existência física para a total inexistência (deixam de existir). Para tanto apóiam sua crença em textos como o Salmo 37.10 que diz o seguinte: “Pois ainda um pouco e o ímpio não existirá; Olharás para o seu lugar, e não aparecerá”.
No entanto, conforme confirmam muitos estudiosos dos idiomas originais da Bíblia, o mesmo termo hebraico usado nesse salmo sobre o perecimento do ímpio (que é abad), é o mesmo empregado em Isaías 58.1 e Miquéias 7.2, para falar sobre o perecimento do justo.
No entanto, os aniquilacionistas, não acreditam que os justos deixarão de existir. Então, por que somente os ímpios serão aniquilados (deixarão de existir) se o termo para “perecimento” (abad) é usado para ímpios e para justos?
Segundo autoridades da Bíblia, a palavra abad é designada para descrever coisas perdidas, mas encontradas depois, conforme se observa em Deuteronômio 22.3. Basta ler Lucas 16.19-31 para observar que essa doutrina não tem base nos escritos bíblicos, visto que, conforme já foi mostrado acima, o rico da história, após morrer sem ter se preocupado em fazer a vontade divina, encontrava-se em um lugar de tormento, tão consciente que podia lembrar-se de sua situação enquanto vivo (v 25). De outro lado o mendigo, Lázaro, foi repousar junto ao seio de Abraão (v.22), também consciente, pois o rico pediu que deixasse que Lázaro molhasse a ponta de seu dedo para refrescar-lhe a língua. Observe também os textos a seguir:
 “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus Vivo, à Jerusalém Celestial, e aos muitos milhares de anjos, à igreja universal e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados”. (Hebreus 12.22,23). (grifo meu)
O texto acima não diz de salvos encarnados (com seus corpos materiais), mas os espíritos deles, a quem o escritor somou aos demais personagens que compõem a Jerusalém Celestial. Se Deus não é Deus de mortos, é óbvio que estes "espíritos" não vagavam sem alma (sem consciência própria). 
Em Apocalipse 6.9-11, João viu almas conscientes:
“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus (...). E clamavam com grande voz, dizendo: (...).” (grifo meu).
Paulo outra vez faz separação entre corpo e espírito (provido de alma): “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe), foi arrebatado até ao terceiro céu.” (2 Coríntios 12.2)
Observação: O apóstolo Paulo deixa em aberto se certo homem foi arrebatado no corpo (carne) ou fora dele. Assim, se há dúvida da parte de Paulo sobre em qual estado houve o arrebatamento dessa pessoa, no corpo ou fora dele, é fato que o apóstolo cria que existia algo no homem que podia separar-se do seu corpo conscientemente (se o que o homem tem é apenas o fôlego de vida que traz animação ao corpo, porque Paulo conjectura que talvez o arrebatamento possa ter sido “fora do corpo” e o tal homem viu coisas inefáveis?).
a) Dormir é relativo ao corpo e à vida física, não à alma:
Em Mateus 27.52 lemos: “Abriram o sepulcro e muitos corpos dos santos que dormiam foram ressuscitados”.
Veja: Dormir, aqui, denota a ideia de o corpo estar em repouso, não a alma. Os corpos estavam estáticos e foram “despertados”, posto em movimento com a ressurreição. O texto não deixa qualquer brecha para se pensar em alma dormente, mas trata exclusivamente do corpo.
Os adeptos do sono da alma usam o versículo a seguir para provar suas teorias, mas observe as palavras do sábio Salomão:
 “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, a sua inveja, já pereceram e já não têm parte alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9.5,6).  (grifo meu)
Repare: O texto em estudo declara que “os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa”. Conforme, bem coloca os comentaristas de A Bíblia Apologética, se o interpretarmos de modo absoluto, somos forçados a admitir que todos os mortos estão nivelados pela inconsciência, sem nenhuma possibilidade de obter recompensa. Mas tanto as testemunhas de Jeová quanto os adventistas admitem que uma classe de mortos vai ressuscitar e terá recompensa (Dn 12.2; Jo 5 28,29; Ap 22:12).
Logo, há de se admitir que a interpretação correta da passagem tenha outro sentido: está afirmando que os mortos não terão recompensa nem sabem nada do que se faz “debaixo do sol” (v. 6), isto é, nesse plano atual, na verdade, nenhum morto tem qualquer relacionamento com os que aqui ficam, mas isso não quer dizer que estará inconsciente no lugar para onde vão.
   Se for fiel, irá para o céu, se, porém, afastarem-se dos ideais divinos sofrerão, conforme indica o texto de Lc. 16.19-31 (a história do rico e Lázaro, que vimos acima).
Em Romanos 8:11 está escrito:  “E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificarão os vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita”. (grifo meu)
A ressurreição é o momento em que nosso corpo será vivificado e transformado em um corpo incorruptível (sem pecado). Observe o texto abaixo:
 “Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme o dito do Senhor. Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, (...); e ninguém tem sabido até hoje a sua sepultura. (Dt 34.5-6)  (grifo meu)
Agora compare com Mt 17.1-3:
“Seis dias depois, tomou Jesus a Pedro, e a Tiago, e a João, e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-se diante deles (...). E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.”
Perceba que em Deuteronômio (essa palavra significa “Segunda Lei”), a Bíblia narra a morte de Moisés, dizendo que o próprio Deus enterrou o seu corpo, enquanto que Mateus narra que três dos discípulos de Jesus puderam ver Elias (que fora arrebatado) e Moisés (que estava morto), juntamente com Cristo transfigurado (mudado de forma).
Se ao morrer o homem fica em estado de inexistência (como creem os adeptos da doutrina do sono da alma), como, pois, Moisés (que estava morto), apareceu no monte da transfiguração? O que observamos bem claramente nesse texto é que, tanto os que foram arrebatados (como Elias), quanto os que morreram (como Moisés),  seu espírito continua vivo, no mundo espiritual.
b) Deixamos de existir, dormimos, para esta existência terrena, mas estamos conscientes no mundo espiritual, tanto os justos, quanto os ímpios:
Contrário ao que alguns apregoam, nós, cristão, não cremos e refutamos (Contestamos, contradizemos, combatemos com argumentos) a crença espírita do retorno dos espíritos desencarnados (mortos) a esta existência. Para ver o motivo de nossa refutação, leia neste blog o texto “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, no subtítulo As previsões mediúnicas falharam, na parte comunicação dos vivos com os mortos.
Na verdade, o que defendemos é que o corpo fica no pó, mas o espírito desliga-se dele, com consciência, no mundo espiritual (não no físico), tanto o espírito dos justos, quanto o dos ímpios, conforme nos indica os textos a seguir:
 “Porque há esperança para a árvore, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos, se envelhecer na terra a sua raiz, e morrer o seu tronco no pó, ao cheiro das águas, brotará e dará ramos como a planta. Mas morto o homem, é consumido; sim, rendendo o espírito, então, onde está? Como as águas se retiram do mar, e o rio se esgota e fica seco, assim o homem se deita e não se levanta: até que não haja mais céus, não acordará, nem se erguerá de seu sono.” (Jó 14,7-12). (grifo meu)
Vemos neste texto, que Jó deixa claro a que tipo de sono se refere: o homem morre, e diferente das árvores, não podem mais voltar a Terra, mas seu corpo permanece sem erguer-se, dormindo. Quanto ao espírito a pergunta de Jó foi: “Rendendo o espírito, então onde está?”, ao que explica que não mais na Terra, pois morto o homem não mais se levanta, diferente das árvores, porque sua existência aqui (no mundo dos vivos), já não é mais possível. Seu corpo só se erguerá na ressurreição, quando seremos transformados e teremos um corpo glorificado, e herdaremos novo céu e nova terra (2 Pe 3.7,10,11; Ap 20.11) e os ímpios herdarão a condenação (Jo 5.29).
Da mesma maneira podemos entender os demais textos citados pelos aniquilacionistas, que assim o fazem na esperança de provar que não ha inferno. Porém, conforme bem explica o dr.Scofield, em sua anotação descrita abaixo, sobre Hc 2.5, observamos que:
Em nota de Lc 16.23, o Dr. Scofield afirma:
 “Embora ambos, hades e sheol, sejam às vezes traduzidos para “sepultura” ou “morte” (compare Gn 37:35; 1Co 15.55), jamais indicam um lugar de sepultamento, mas, antes, o estado do espírito depois da morte. Veja Lc 16-23 (o rico estava em plena consciência após a morte).
Em Atos 7. 60, cujo episódio narra a morte de Estêvão, a Bíblia diz que após ele entregar o espírito a Deus, adormeceu. Ou seja, seu corpo estava inerte e seu espírito desligado dessa realidade, mas em outro lugar (que cremos ser no Paraíso) ele estava conscientemente com Deus: “... Senhor Jesus, recebe o meu espírito. (...) E tendo dito isto, adormeceu”. (grifos meus).
Observe: Primeiro ele pede para que seu espírito seja recebido por Jesus, só então, adormece. Se o espírito estava com Cristo, o que adormeceu? Não seria a matéria, o homem físico? Esse mundo é material, logo, tendo o espírito de Estêvão sido entregue ao Senhor, ele já não mais fazia parte desta vida. Daí o sentido de “dormir” na morte, isto é, estar desligado desta realidade.
Os defensores da doutrina do sono da alma alegam que se a Bíblia diz que estavam dormindo, logo, devemos aceitar que não pode haver outro sentido além do que foi dito. No entanto, sabemos que a Bíblia é cheia de figuras de linguagem, como: metáforas, símiles ou comparações, hipérpoles, eufemimos, etc. Quando Jesus disse: “Eu sou a porta”, por exemplo, ele não estava se autodenominando o objeto porta, mas, falava de sua função de nos introduzir a Deus, isto é, ele é o acesso a Deus.
  Da mesma forma existem eufemismos na Bíblia (figura de linguagem, utilizada para substituir um termo ou palavra por outra, com a finalidade de suavizar, de tornar mais agradável), como, por exemplo, quando o apóstolo Paulo utiliza a expressão “partir” ao invés de “morrer”.
   Se tivermos que pegar ao pé da letra todos os versículos onde é usado a expressão dormir com o sentido de morrer, e crer que a alma dorme (fica inconsciente), então no texto de Mt 9.24, no qual Jesus diz que a garota não está morta, mas dorme, devemos acreditar que ela não morreu. No entanto, se ao invés de atentarem-se tanto para a palavra dormir, os defensores do sono da alma prestassem mais atenção na expressão “ela não está morta”, cujo contrária é “ela está viva”, não teriam coragem de dizer que ao morrer ficamos inconscientes ou em estado de inexistência. Cremos ser esse sono, uma afirmativa de que “debaixo do sol” (nesta vida) não temos mais parte alguma, estamos dormindo (inconscientes para o mundo físico).
Dormir, no entender popular é estar “desligado”, como se vê no exemplo a seguir: Maria cumprimentou Ronaldo que, despercebido, não lhe respondeu. Então João que estava atento, dá um cutucão no amigo e lhe adverte: “Acorda, Ronaldo, a Maria está falando com você, cara. Parece até que você está dormindo!”.
Ou seja, ambos estavam no mesmo espaço quando Maria falou com Ronaldo, porém, somente João percebeu porque estava “acordado”, isto é, com os sentidos ligados , enquanto que Ronaldo estava fisicamente ali, mas com os pensamentos em outro lugar.
Outro exemplo para explicar como cremos no sono em relação à morte é o seguinte: Joana chegou à casa de Luíza, mas esta estava dormindo. Então aproveitou para conversar com sua mãe que estava fazendo os afazeres domésticos. Após alguns minutos, Luíza acordou, e ao ver que Joana estava em sua casa desculpou-se: “Oi, Joana! Desculpe amiga, mas não vi você chegar”. Então a amiga lhe responde: “Eu sei, é que quando cheguei você estava dormindo”.
Ou seja, Joana sabia que quando dormimos, embora a presença física esteja ocupando o mesmo espaço, ficamos alheios ao que se passa ao nosso redor.
É assim que entendemos a morte no sentido de sono: Para os que morreram, embora o corpo possa estar presente no mesmo espaço que os vivos, seus sentidos (sua alma/ seu espírito) estão distantes, em outro lugar, no Paraíso, conforme disse Jesus ao ladrão da cruz. Lá estamos alheios a este mundo, a tudo que se passa “debaixo do sol” (Eclesiastes 9.5,6).
Sobre o texto de 1Co 15.16,18, usado pelos adventistas como tese para a defesa do sono da alma, uma leitura mais apurada revela o seguinte:
1- O versículo 12 mostra-nos que havia entre os cristãos coríntios (da cidade de Corinto), alguns que pregavam que Cristo não ressuscitou, isto é, negavam a ressurreição corpórea de Cristo, tendo forçado o apóstolo a inquirir dos irmãos se foi isso que ele havia ensinado e se foi isso o que eles, de início, haviam crido (v. 11);
2- O próprio Paulo havia ensinado que Cristo é as primícias dos que dormem (morrem), isto é, o primeiro a ressuscitar e não mais morrer, e, se assim não fosse, tudo o que Paulo ensinou não passava de mentiras, mas isso não podia ser possível, porque como ele próprio explicara em sua defesa, ele passou aos irmãos o que recebeu do Senhor, isto é, que ele foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (Veja os versículos 1-4). A pregação de Paulo consistia na crença, não só da morte, mas na ressurreição de Jesus.
3- No versículo 13,14 e 15 ele continua sua explanação defendendo a importância dessa crença: “Se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” E no versículo 17, ele explica por quê: “E, se Cristo não ressuscitou é vã a vossa fé, e ainda permanecereis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos”. (grifo meu)
Veja bem: Paulo disse aos coríntios que se Cristo não ressuscitou, “é vã a vossa fé”, porque nesse caso haviam acreditado em mentiras (e a base do cristianismo é a ressurreição de Cristo, que é a prova de sua divindade), e, sendo isso mentira, estariam perdidos, porque “permanecereis nos vossos pecados”.
   Não era a morte de Jesus que nos remiria dos pecados, mas a sua morte e ressurreição. O apóstolo aos gentios (Paulo), explicou aos romanos (4.24,25) que somos justificados para com Deus porque cremos que, por nossos pecados, Jesus foi entregue e ressuscitado. Assim, a preocupação de Paulo era que os irmãos não deixassem de crer na ressurreição corpórea de Cristo (que é o motivo de nossa justificação), e não para provar que sem a ressurreição estamos perdidos (inexistimos).
Para melhor me fazer entender, utilizarei a explanação do dr. McNair, em A Bíblia Explicada:
“(...) O apóstolo considera uma variedade de circunstâncias ligadas à hipótese de não haver a ressurreição dos mortos:
a) Nesse caso, Cristo não ressurgiu - A bem-aventurança de haver um Salvador e Mestre vivo, presente, poderoso, fica sendo meramente um fato histórico passado, e o cristão está abraçado com um defunto. (grifo meu)
b) Nesse caso, nossa fé é vã, porque a fé cristã abraça, não a um menino no colo da mãe, nem um mártir pregado na cruz, mas um Salvador vivo à destra (a mão direita) de Deus. (grifo meu)
c) Nesse caso, o Evangelho é falso - Porque afirma como sua verdade central, a ressurreição de Cristo. Não pode haver um Evangelho sem um Salvador vivo. (grifo meu)
d) Nesse caso, os pecados não foram purificados - Se Cristo não ressurgiu não há prova de que a sua morte expiatória tenha sido suficiente.
(...).”
Assim, observamos que sem a ressurreição os santos estariam perdidos porque esta é a base da nossa pregação, assim, toda a mensagem de Paulo e dos demais apóstolos, bem como tudo o que afirmam as Escrituras seria mentira. E, conforme vimos acima, nosso corpo aguarda a ressurreição, mas a alma não dorme, nem morre. Por esse motivo, creio na imortalidade da alma e afirmo que a doutrina do sono da alma não encontra apoio na Bíblia Sagrada.

OBS.: Este blog não tem por finalidade promover discussões de qualquer espécie, mas, esclarecer o meu ponto de vista bíblico sobre questões diversas. Embora não concorde com todos os dogmas religiosos, a educação me faz respeitar a todas as pessoas que as integram.
Portanto, não são bem vindos comentários maldosos contra qualquer instituição religiosa, nem textos que pressuponham debates que a nada levam (2 Tm 2.14,23; Tt 3.9). Porém, se o leitor quiser fazer alguma observação sem esse fim ou registrar dúvidas concernentes ao tema, fique a vontade para utilizar o campo de comentários que fica abaixo (Se for possível utilizar respostas rápidas e objetivas, responderei no próprio campo de comentário, porém, se a resposta exigir uma explanação mais minuciosa, responderei ao leitor em forma de novos textos neste mesmo blog).
Para qualquer participação que não caiba a esse espaço, fique à vontade para utilizar o meu e-mail que está disponível no blog.
Um grande abraço, e que o Espírito de Deus ilumine nosso entendimento.

No amor de Cristo,
Leila Castanha
01/2014

Bibliografia:
A Bíblia Sagrada – com as referências e Anotações de Dr. C.I.Scofield, 1987.
Bíblia Apologética de Estudo (Edição Ampliada) – ICP
BULLÓN, Alejandro. Sinais de esperança:...Tatuí,SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011.
CALVINO, João. 1coríntios. São Paulo: Edições Paracletos. 1996.
WHITE, Ellen G. A Grande Esperança:... Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011.
WHITE, Ellen G. Eventos Finais. 2 ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1994
MCNAIR, S.E. A Bíblia explicada. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1983.
RINALDI, Natanael; ROMEIRO, Paulo. Desmascarando as Seitas... Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1996.


PORQUE NÃO GUARDO O SÁBADO


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Dentre os que defendem a lei sobre a guarda do sábado estão os Adventistas do Sétimo Dia (usarei a sigla ASD). Algumas pessoas, no intuito de agradar a Deus ficam em dúvida se há a obrigação de guardar o sétimo dia da semana. Com a finalidade de mostrar o motivo pelo qual não cremos na necessidade do cumprimento desta lei nos dias atuais, procurarei apresentar alguns textos utilizados pelos ASD em defesa dessa prática, seguida de nossa posição, com o devido cuidado de refutá-los à luz da Palavra de Deus.
A expressão “guardar o sábado”, significa santificar (isto é, separar) o sétimo dia da semana para descanso do povo de Deus, conforme ordenou o Senhor, através do Decálogo (os dez mandamentos).
Os ASD dizem ser o sábado o selo de Deus nos dias atuais. A expressão Selo de Deus, quer dizer, identificação de propriedade de Deus. Defendendo esta doutrina (a palavra doutrina significa ensinamento), Alejandro Bullón, um dos respeitados líder desta denominação, interpreta Apocalipse 13 dizendo que o sábado é o selo de Deus e o domingo a marca da besta. (Leia o texto de apocalipse citado antes de prosseguir a leitura).
Em seguida Alejandro diz que assim como a bandeira é símbolo do país, o sábado é o símbolo da autoridade de Deus, conforme observamos nas seguintes palavras de sua autoria:
 “Bem, se a autoridade divina está expressa em Seu selo, e o selo de Deus é o sábado, qual é a marca, o selo, que expressa a autoridade do inimigo? (...) O domingo tem uma origem completamente pagã. (...)” (Sinais de Esperança, p. 95).
Diferente do que querem provar os “guardadores do sábado”, não há nenhuma referência bíblica de que o sábado é o selo de Deus nos dias atuais. Vemos, porém, que o povo de Israel devia guardá-lo, porque possuíam dois selos, ou seja, duas marcas que o identificavam como povo de Deus que eram a circuncisão e a guarda do sábado (Gn 17. 9-14; Êx 31.17). 
Para a Igreja atual, o apóstolo Paulo aponta ser o Espírito Santo o selo de Deus (o sinal que identifica aqueles que pertencem a Deus) nesta atual época, e não o sábado, conforme veremos nos textos a seguir:
 “Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que primeiro esperamos em Cristo. Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.”(Ef 1.12,13).  (grifo meu)
Veja também outros textos que tratam do selo de Deus (2 Tm 2.19; 1Co 9.2; Jo 6.27).
Nós, povo de Deus da atualidade, não precisamos mais guardar o sábado porque não vivemos mais sob (debaixo) da lei, mas vivemos agora debaixo da graça (a palavra graça significa favor imerecido).
A explicação de Paulo é clara, conforme vemos em Romanos 6: 14: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais mais debaixo da lei, mas debaixo da graça.”
Apesar da clareza do texto, os ASD interpretam este versículo dizendo que “estar debaixo da lei” significa transgredi-la. No entanto, se isso fosse verdade, então deveriam acreditar que “estar debaixo da graça” também tem o mesmo significado. No entanto, segundo a Bíblia, quem está debaixo da graça deve ser obediente aos preceitos divinos (Leia Tt 2.11-12; Hb 10.28,29). Nesse sentido bem esclarece a Bíblia Apologética, em comentário ao citado texto, dizendo: 
“Se esta condição procede (se é verdade), então Jesus nasceu em pecado e está sob condenação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4. (...)” (grifo e parêntese meus).
E, é claro que essa ideia não tem lógica, porque, de acordo com os textos a seguir, Jesus jamais pecou: Leia Hb 7.26; 9.14 e 1Pe 1.19.
Assim, observamos a falácia dos ASD: Jesus nasceu sob a lei, e cumpriu toda a lei (Mateus 5.17,18).
Ainda falando da lei, Paulo escreve aos romanos (7.4-6) que uma vez tendo Cristo morrido não precisamos mais servir a lei, de sorte que “agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.” (v.6). (grifo meu)
Em Gl 3.24, o mesmo apóstolo Paulo explica que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo. De acordo com Olardo S. Boyer, “Um Aio entre os gregos e os romanos foi um criado de confiança, encarregado de acompanhar e educar uma criança ilustre até que esta chegasse à maioridade” (Pequena Enciclopédia Bíblica).
Em Romanos 3.19-21, o apóstolo aos gentios (Paulo) esclarece:
 “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz (...). Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (grifo meu).
Lembra-se do que lemos antes? “Não estamos mais debaixo da lei”. (Rm 6.14).
Logo, se o que a lei diz é para quem está debaixo da lei, e Paulo diz, conforme vimos no texto acima, que não estamos mais debaixo da lei, a lei sabatina não é mais para nós.
Para melhor se fazer entender, o apóstolo Paulo foi enfático em dizer, em Romanos 10.4,9, que “o fim da lei é Cristo, para a justiça de todo aquele que crê” (grifo meu).
Observe que o apóstolo aponta a lei como aio (condutor) da salvação que é Cristo.
Não somos mais justificados pelas obras da lei, todavia, conforme o próprio Paulo afirma em Ef 2.8, 9, a salvação é dom (presente) de Deus, “não vem das obras, para que ninguém se glorie”. Ninguém vai ser salvo porque não quebrou a guarda do sábado, mas porque creu em Jesus como o caminho que leva a Deus.
O apóstolo aos gentios escreve aos gálatas (4.21), assim como o escritor aos hebreus (12. 18-29), usando a alegoria entre o monte Sinai (onde se deu os dez mandamentos), e o monte Sião (comparado a Nova Jerusalém) para mostrar-lhes que não estamos mais debaixo da lei, mas da graça (favor imerecido).  Leia os versículos citados como referência.
Não obstante esses versículos os ASD teimam que a salvação está na aceitação de Cristo e no cumprimento da lei (O Decálogo), dentre as quais está a guarda do sábado.
Na intenção de persuadir os que refutam sua doutrina, citam os dez mandamentos um a um (Êxodo 20:2-17), e nos perguntam se podemos quebrá-los, ao que respondemos que não. Então, recitam o mandamento referente ao sábado e tornam a perguntar se devemos quebrá-lo, ao que respondemos afirmativamente.
Assim, lançam a próxima pergunta: “Se vocês julgam certo guardar nove dos mandamentos, por que não guardam o sábado que faz parte do mesmo corpo de mandamentos?” A nossa resposta é a seguinte:
O texto de Mt 12. 5 diz: “Ou não tendes lido, na lei, que aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa?”. A esta afirmativa de Cristo poderemos citar um a um os dez mandamentos e perguntar: os sacerdotes do templo podiam roubar, podiam matar, ter outros deuses ou tomar o nome do Senhor em vão? A resposta, certamente será não. Mas, podiam violar o sábado sem culpa? De acordo com a Bíblia e o próprio Jesus, quem conhece a Bíblia será obrigado a concordar que podiam. E por quê? Cristo disse duas razões: 1) Ele quer misericórdia, não sacrifício; 2) Ele é senhor do sábado.
A esta afirmativa os sabatistas alegam que a expressão “Senhor do sábado” é prova de que o sábado é o dia do Senhor, todavia, essa expressão denota a superioridade de Cristo sobre o dia, dessa forma, sendo Cristo, o senhor do sábado, ele mostrou ser maior do que o sábado, tendo, portanto, o direito de tirar de sobre nós a culpa denotada pela lei.
Sendo Ele nosso exemplo, Jesus curava e ensinava no sábado (Lc 13.10, 14).
Outro texto claríssimo sobre a não necessidade de guardar o sábado é o de Colossenses 2.14-17:
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa ou da lua nova ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” (grifo meu)
Apesar de esse texto ser enfático sobre a não obrigatoriedade de guardar o sábado nos dias atuais, os ASD dizem que a lei que foi pregada na cruz é a lei cerimonial, não o Decálogo (que chamam de lei moral). E dizem ainda que o sábado do qual fala o texto eram os sábados cerimoniais ou sábados anuais (Festas da páscoa, dos Asmos, de Pentecostes, da Expiação e dos Tabernáculos), não o semanal, isto é, o sétimo dia da semana.
No entanto, isso não tem cabimento, porque os chamados sábados cerimoniais já estão incluídos no texto como “dias de festa”. Também as expressões “dias de festa, lua nova e sábados” é a fórmula para indicar os dias sagrados anuais, mensais e semanais. (Nm 28.9-17; 1Cr 23.31; 2Cr 2.4; 8.13; Sl 2.16,17; Ez 45.17; Os 2.11). (Desmascarando as Seitas, 21).
Embora não aceitem que o texto de Colossenses 2 trate do sábado semanal, das 60 aparições bíblicas desse termo só discordam do seu significado nesse texto. Será que não é porque está muito evidente o seu erro em persistirem nos ditames da lei, seguindo ainda o velho concerto?
Outro argumento usado em defesa da guarda do sábado é Mateus 19. 16-22, onde Jesus diz ao jovem rico para guardar os mandamentos. Segundo eles, os mandamentos é o Decálogo. Todavia, observamos que:
a) Jesus não fez nenhuma referência ao sábado;
b) Jesus citou apenas cinco mandamentos, e o Decálogo, como bem indica o nome é composto por dez.
c) Dentre os mandamentos Cristo citou “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, mandamento este que não faz parte do Decálogo.
 Logo, se é verdade que ao citar o Decálogo Jesus estava mostrando que o jovem rico deveria guardar os dez mandamentos (inclusive o sábado), então ao citar o outro mandamento que não fazia parte da chamada lei moral, subtende-se que Ele também ordenara ao moço que guardasse os demais preceitos contidos na passagem a qual citara, em Levíticos 19. 18 (ideia esta não aceita pelos ASD). Pare um pouco e pesquise os versículos citados.
Mateus 5.17,18 é outro texto usado por eles na tentativa de convencer o povo a guardar o sétimo dia:
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar (isto é, anular), mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido” (grifo meu).
Devemos observar que o texto não diz que nem um til ou jota se omitiria da lei até que o céu e a terra passem, mas até que tudo seja cumprido. Em Lucas 16.17, lemos que “A lei e os profetas duraram até João...”, logo, já foram cumpridas. Jesus cumpriu toda a lei, “Não vim ab-rogar, mas cumprir”, (Veja Lc 24.44; At 13.29; Rm 10. 4; Cl 2.14-16).
Genêsis 26. 5 é outro texto usado como argumento pelos ASD: “Porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.”
Todavia, esses preceitos, estatutos e leis não se tratam do decálogo (isto é, dos dez mandamentos) porque a Lei só foi instituída 430 anos depois de Abraão, conforme afirma Gálatas 3. 16,17:
“Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. (...) Mas digo isto: que tendo sido o testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa.” (grifo meu)
Além disso, os estatutos de Deus a Abraão nada tinha a ver com o sábado, mas eram eles:
a) Sair de sua terra (Gn 12.1);
b) Andar na presença de Deus e ser perfeito (Gn 17.1,2);
c) O concerto da circuncisão (Gn 17.9-11);
d) Ouvir sua esposa Sara (Gn 21. 12);
e) Sacrificar seu filho Isaque (Gn 22. 20;
f) Ir à terra que o Senhor lhe ordenara (Gn 26. 2.3)
Usam dentre outros textos, Êxodo 31.12-18 dizendo que Deus instituiu a guarda do sábado como mandamento perpétuo (para sempre), estando, portanto, em vigor até os dias atuais.
 Porém, se devemos guardar o sábado por ser estatuto perpétuo, porque os ASD não guardam a Páscoa, a cerimônia das mãos e os pés, as festas judaicas, a subordinação ao sacerdócio aarônico, a lei da circuncisão, se todos esses também foram instituídos por Deus como estatuto perpétuo? (Leia Gn 17. 9-14; Êx 12.14; 30. 17-21; Lv 3. 41; Nm 25. 13).
Verdade é que o sábado foi dado por Deus aos judeus, não aos gentios (os que não são judeus), porque servia de lembrança da libertação do Egito (Êx 20.10-12; Dt 5. 15). O salmista comprova esta afirmativa no Salmo 147. 19.20, ao dizer que as leis de Deus foram dadas a Israel e para as outras nações não fez isso. Leia esse salmo.
Creem os defensores da guarda do sábado que existem duas Leis: a Lei moral (o Decálogo, isto é, os dez mandamentos), escrita por Deus, e a Lei Cerimonial, escrita por Moisés (no Pentateuco – os cinco livros escritos por Moisés).
Assim crendo, utilizam o texto de Deuteronômio 31.24-26, o qual diz que a Lei escrita por Moisés (o Pentateuco) foi ordenada por Deus a ser posto do lado de fora da arca (ao lado), e dizem que ao ser colocado do lado de fora não tem a mesma importância da Lei colocada dentro da arca (o decálogo, que chamam de Lei Moral).
A Bíblia, porém, apresenta a Lei como uma só, de sorte que até mesmo a Lei que os adventistas chamam de “Lei Cerimonial” também tem preceitos morais, como se observa nos versículos apontados a seguir: Êxodo 22.21-22; Levíticos 19. 2,16,18; Deuteronômio 16. 19; 18. 13.
A parte da lei que Jesus considerou como a mais importante, não consta do decálogo, mas da chamada Lei cerimonial (que faz parte do Pentateuco), conforme lemos em Mt 22. 36-40:
“Mestre, qual é o grande mandamento da lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, de todo o teu pensamento. Este é o primeiro grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.” (grifo meu)
Confira onde estão registradas ambas as leis (Dt 6.5; Lv 19.18). Nenhuma delas faz parte do decálogo, ao contrário, o Decálogo, segundo Jesus, é dependente delas (“porque delas - dessas duas leis - depende toda a lei...” v.40).
Portanto, menosprezar as demais leis por estarem fora da arca, é uma insensatez, já que é nelas que contém a ordenança de amar a Deus. A ideia de dividir a Lei em duas não encontra apoio bíblico, mas foi uma forma que os ASD encontraram para apoiar sua crença na vigência desta lei para os tempos atuais.
O Salmo 19.7, que diz que “a lei do Senhor é perfeita”, é interpretada pelos ASD como sendo o Decálogo. Na verdade, sendo Davi rei de Israel, tinha por obrigação ter uma cópia da Lei de Moisés e lê-la diariamente (para seus súditos israelitas), conforme relatado em Deuteronômio 17.15-19, o mesmo acontecia com Salomão, que também era rei de Israel, o que explica Provérbios 28.9 e Eclesiastes 12.13,14.
No entanto, nesse salmo, Davi não se refere somente aos dez mandamentos (Decálogo), mas também a “todos os preceitos do Senhor” (v.128).
A lei é boa e em seu devido tempo serviu para levar o povo a Cristo (serviu de aio), e este era o propósito da lei. Porém, hoje é exigido do povo de Deus que sejam guiados pelo seu Espírito e não mais por preceitos e estatutos do velho concerto, conforme afirma Paulo em Gálatas 4.1-4, que diz que “na plenitude do tempo” (v. 4), isto é, tendo se cumprido o tempo, “Deus enviou seu Filho, nascido sob a lei” (porque Jesus veio cumprir a lei), “para remir (resgatar) os que viviam sob a lei (...)” (v.4,5).
O escritor aos hebreus (10.8-10) diz que uma vez que o velho concerto que se baseava na lei e não satisfazia a Deus, Jesus dispôs-se para fazer a vontade de Deus (morrer em sacrifício pelo pecado do mundo). Para que esse novo concerto seja validado se faz necessário anular o primeiro, que era baseado na lei.
Em Gálatas 4.9-11 lemos:
“Mas agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo conhecidos de Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós que haja eu trabalhado em vão para convosco”. (grifo meu)
Depois, em Gálatas 5.1-6, o apóstolo incentiva os cristãos a não rejeitarem a liberdade recebida em Cristo, e prossegue: “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído”.
Não foi só a lei do sábado que foi abolida (eliminada) por Cristo, veja que a circuncisão, também instituída por Deus por estatuto perpétuo e que também abrangia os estrangeiros (Gn 17. 12,13), Paulo disse que foi abolida por Cristo. Por que, então, os ASD compreendem que não precisamos nos circuncidar, mas não abrem mão do sábado?
Mas será que abolindo a lei (os dez mandamentos) estamos livres para pecar? Claro que não. O próprio Paulo refuta essa ideia:
Aos Romanos (6.15-23), ele disse: “(...) Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. (...) Mas agora libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação”. (grifo meu)
Ensinando aos irmãos da Galácia (os gálatas), Paulo disse que quem é guiado pelo Espírito não está mais sob (debaixo) a lei, portanto, não pode manifestar as obras da carne, mas produzir o fruto do Espírito. Leia Gálatas 5. 18-26 e veja se o cristão que não guarda a lei do Antigo Testamento (isto é, do antigo pacto de Deus) vive em pecado sendo guiado pelo Espírito Santo.
Dessa forma, fica claro que o velho concerto, a velha aliança, tendo sido desfeita na cruz, por Cristo, não dá ao cristão o direito de pecar à vontade, porque a nova aliança em Cristo nos adverte que fomos chamados para a santificação, embora não mais instruídos pela lei mosaica, mas pelo Espírito que nos faz lembrar todas as coisas que Jesus ensinou (Jo 14.26).
Em Gálatas 5.13 observamos as palavras paulinas (do apóstolo Paulo):
 “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (...)”
Veja o que o Paulo diz sobre o amor em1Co 13.4-8. Assim, que fica claro entender porque tudo se resume no amor (Rm 13.8-10).
 Quem ama cumpre toda a lei, porque, quem ama ao próximo, não mata, não rouba, não adultera (no adultério sempre tem alguém traído), não cobiça a mulher do próximo (porque isso é querer tirar algo do outro), etc. E quem ama a Deus (que é o primeiro mandamento), não adorará outros deuses, nem fará imagens para adorá-las (porque a Bíblia toda condena a idolatria).
Portanto, quando os ASD tentam justificar sua prática de guardar o sábado, utilizando-se do texto de Tg 2.10, “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos”, e afirmando que os mandamentos referidos por Tiago são os dez mandamentos podemos mostrar-lhes que Tiago não está tratando, em especial, do Decálogo, mas ele fala da lei a qual chama de lei real que reprova a acepção de pessoas, apontando seu princípio: Amarás a teu próximo como a ti mesmo (Lv 19.18), e a partir daí inclui mais duas leis prescritas nos dez mandamentos.
Observe que Tiago só cita dois mandamentos do Decálogo (Não cometerás adultério e não matarás), em apoio à outra lei (do amor) que não consta no Decálogo. E, mesmo assim, por citar duas, os ASD dizem que isso é suficiente para subtender-se que devemos guardar todos eles (inclusive o sábado), todavia, se assim for, também devemos guardar todos os mandamentos fora da lei do Decálogo, já que ele também citou uma lei, em cujo texto encontram-se outros mandamentos que os judeus deveriam guardar.
 A lei da liberdade da qual Tiago se reporta no versículo 12 trata da lei de Cristo, isto é, os ensinamentos de Jesus, conforme vemos em Gl 6.2; Jo 12.48, e em momento algum Ele instruiu os seus discípulos a guardar o sábado.
Diferente do que os ASD afirmam, quando João (1Jo 2.3-6) falou de “seus mandamentos”, referindo-se a Jesus, em nenhum momento ele usou a guarda do sábado. Leia João 13.34; 15.12 (De acordo com João, o mandamento de Jesus é que nos amemos uns aos outros).
João ensina, em sua primeira carta (1 Jo 3.23) que “o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho e nos amemos uns aos outros). Em 2 Jo 5 ele repete a mesma coisa: Seu mandamento é o amor. De onde tiraram que João dizia que devemos guardar o sábado?
Jesus aboliu o sábado na cruz, conforme vimos nos textos apresentados acima e a sua não observância culminou em perseguição e morte por parte dos judeus (Veja Mt 12.1-3; Jo 5.16; 18. 9-16).
No entanto, não creio que o fato de guardar-se o sábado (embora esteja claro que não há obrigatoriedade para a Igreja atual), seja motivo para condenação dos que observam esta lei. O problema está em querer condenar e até satanizar aqueles que não guardam como fazem os adventistas ao dizerem que os evangélicos estão de mãos dadas com o espiritismo (porque cremos na imortalidade da alma), e com o romanismo, isto é, com a Igreja católica romana, porque guardamos o domingo, dia este, que segundo eles, é o selo da besta, e os que cultuam nesse dia, são seus adoradores (Eventos Finais, p. 137).
 Na verdade a expressão “guardar o domingo” já é equivocada, pois não guardamos dia algum, apenas escolhemos o domingo, por ser o dia em que Cristo ressuscitou (primeiro dia da semana), e, a exemplo de seus discípulos, não dos adoradores da besta, cultuamos a Deus no primeiro dia da semana (Leia Mc 16.9; Jo 20.1, 19,20; At 20.7).
Se guardássemos o domingo, condenaríamos os cristãos, que por necessidade do ofício trabalham nesse dia, ou até mesmo, aqueles que, por só disporem desse dia separam um período dele para dar atenção e cuidar do lazer de sua família.
Não se deve transformar exceção em regra (fanáticos tem em todos os lugares e religiões), mas a Bíblia não manda guardar o domingo e nem dia nenhum, porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê (Rm 10.4) e, como já vimos, não estamos mais debaixo da lei, mas da graça (Rm 6.14).
Aliás, se entrarmos mais profundamente na questão velho testamentária da guarda do sábado, ficará evidente que nenhum sabatista obedece, de fato, a este mandamento, como veremos a seguir.
 Ninguém poderia trabalhar, nem os empregados, porém, os seguranças das empresas adventistas trabalham. Aos sábados ninguém podia sair de casa, nem acender fogo (nada de fazer comida, por exemplo), não se podia sequer curar no sábado, no entanto, não é bem assim que os sabatistas cumprem a guarda do sétimo dia da semana.
Ao contrário disto, Ellen G.White, declarou que no caso de socorrer alguém é permitido a quebra do sábado porque trata-se de atos de misericórdia que se acha em perfeito desígnio de Deus, todavia, não era assim que os judeus entendiam o quarto mandamento, pois se iraram contra Cristo que curou em dia de sábado, conforme já vimos nos textos de Mt 12.1-3; Jo 5.16; 18. 9-16. Na verdade, basta uma simples leitura de Êx 35 para compreendermos isso. Por que não leem para si mesmos os textos de Gálatas 3.10 e Tiago 2.8-12?
Por isso, o apóstolo Paulo alertou:
“Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas aquele que observar os seus preceitos por eles viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro). Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé o Espírito prometido”. (Gl 3.10-14)
Apesar de compreender, pelas Escrituras, o retrocesso de quem insiste em viver na Velha Aliança, acho errado armarem-se discussões por causa disso, pois segundo o apóstolo Paulo, quem guarda dias, meses e anos, o faz para o Senhor e quem não guarda, também não o faz para agradar ao Senhor, portanto, não devemos criticar nem um nem outro (Leia Romanos 14.5,6 e Colossenses 2.16). 
Portanto, aqueles que creem que para servir a Deus é necessário continuar preso no legalismo, que o faça para o Senhor, mas não critiquem os que estão valendo-se do seu direito bíblico de viver a liberdade que Cristo proporcionou a seu povo pelo sangue da Nova Aliança derramado por Ele no Calvário.
Espero ter podido esclarecer-lhe o porquê os cristãos não guardam o sábado. Ore, leia e prossiga em crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3,18).

OBS.: Este blog não tem por finalidade promover discussões de qualquer espécie, mas esclarecer o meu ponto de vista bíblico sobre questões diversas, assim como os próprios adventistas o fazem em seus blogs e sites.
 Embora não concorde com todos os dogmas religiosos, a educação me faz respeitar a todas as pessoas que as integram. Assim sendo, não são bem vindos comentários maldosos contra qualquer instituição religiosa, nem textos que pressuponham debates que a nada levam (2 Tm 2.14,23; Tt 3.9).
Todavia, se o leitor quiser fazer alguma observação sem esse fim ou registrar dúvidas concernentes ao tema, fique a vontade para utilizar o campo de comentários que fica abaixo (se for possível utilizar respostas rápidas e objetivas, responderei no próprio campo de comentário, porém, se a resposta exigir uma explanação mais minuciosa, responderei ao leitor em forma de novos textos neste mesmo blog).
Para qualquer participação que não caiba a esse espaço, fique à vontade para utilizar o meu e-mail que está disponível no blog.

No Amor de Cristo Jesus,
Leila Castanha
01/2014

OBSERVAÇÃO 1: Não quero radicalizar como alguns fazem, dizendo que os sabatistas não têm salvação. Se o único “problema” for o apego à lei, como a guarda do sábado, creio que isso não implicará em condenação, mas apenas seus praticantes perdem a oportunidade de viver a liberdade que Cristo nos outorgou.
Assim sendo, não tenho nada contra as igrejas sabatistas, a não ser o fato de julgarem os não sabatistas como condenados à perder a salvação, ou se além dessa prática tiverem em seu corpo doutrinário procedimentos que se desviem da sã doutrina bíblica. 
O que acho constituir-se em pecado por parte de alguns praticantes do sabatismo é julgar e condenar os cristãos que não guardam o sétimo dia da semana, pois com tais atitudes os que assim fazem é que transgridem a Palavra de Deus ensinada pelo apóstolo Paulo em Romanos 14.5, 6 e Colossenses 2.16.
O nosso alvo é Cristo e nosso guia é a Bíblia Sagrada, e a meu ver todos quantos têm esse ideal e zela por cumprir os ditames da Palavra de Deus são nossos irmãos e fazem parte da  família de Deus.

Observação 2: Citei o nome da Igreja Adventista do Sétimo Dia por ser a instituição religiosa sabatista mais conhecida. Por certo não coadunamos em todas as ideias, conforme já mostrei acima, mas meu objetivo é apenas mostrar meu ponto de vista bíblico em relação à guarda do sábado, e não pretendo fazer julgamentos que estão acima da minha alçada, pois no tocante a salvação quem há de julgar é Deus.


BIBLIOGRAFIA:
A Bíblia Sagrada – com as referências e Anotações de Dr. C.I.Scofield, 1987.
Bíblia Apologética de Estudo (Edição Ampliada) – ICP
BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. Editora Vida. Ed. 9. Impressão: MG: Betânia, 1986.
BULLÓN, Alejandro. Sinais de esperança:...Tatuí,SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011.
CALVINO, João. 1coríntios. São Paulo: Edições Paracletos. 1996.
WHITE, Ellen G. A Grande Esperança:... Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011.
WHITE, Ellen G. Eventos Finais. 2 ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1994
MCNAIR, S.E. A Bíblia explicada. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1983.
RINALDI, Natanael; ROMEIRO, Paulo. Desmascarando as Seitas... Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996.