O
primeiro obstáculo para uma pessoa tornar-se mórmon é crer cem por cento na
Bíblia, pois se assim for, não poderá crer cem por cento no Livro de Mórmon e
em seus outros livros “inspirados”, uma vez que estes contêm grandes
discrepâncias se comparados à Bíblia Sagrada, conforme veremos a seguir:
O MORMONISMO ENSINA QUE:
Antes de virmos a Terra num corpo físico
vivíamos como filhos espirituais com nossos pais celestes, de
forma que todas as pessoas que vivem ou viveram na Terra foram nossos irmãos
espirituais nos céus. Jesus foi o primeiro espírito nascido de nossos
pais espirituais, sendo, literalmente,
nosso irmão mais velho.
Uma
vez que todos nós somos provenientes de pais espirituais, herdamos Deles o
mesmo potencial para desenvolvermos Suas qualidades divinas. Embora fôssemos
felizes nos céus nosso Pai celestial sabia que não desenvolveríamos nossas
qualidades divinas a menos que os deixássemos por um tempo e nosso espírito
fosse revestido com um corpo físico.
Sendo
assim, Ele convocou um Grande Conselho onde apresentou seu plano para nós.
Houve uma eleição nos céus na qual dois de nossos irmãos participaram como
candidatos a Salvador. Nós votamos em Jesus, e sabemos disso porque estamos na
Terra. Os que votaram em Lúcifer (nome do Diabo quando era anjo de luz) estão
com ele na Terra, mas como espírito. Deus também votou em Jesus porque Lúcifer
pretendia receber a honra pela nossa salvação, forçando a humanidade a voltar
para Deus sem permitir-nos a liberdade de escolha, porém Jesus estava disposto
a dar sua vida e tomar sobre Si os nossos pecados.
De
acordo com seu plano, Deus providenciaria uma Terra para vivermos, onde
seríamos provados e esqueceríamos nosso lar celestial. Sem essa lembrança
precisaríamos escolher entre o bem e o mal. Porém, antes de encarnarmos, fomos
informados, que devido as nossas fraquezas todos pecaríamos, mas um Salvador
seria enviado a fim de vencer o pecado e a morte por meio da ressurreição. Nele
devíamos crer, obedecer a Sua Palavra e seguir o Seu exemplo. Após nossa
provação terrena cada um alcançaria a salvação.
Embora
não nos lembramos de quem éramos nos céus, o Pai Celestial lembra-se.
Devido
a preferência de Deus por Jesus, Satanás rebelou-se, e junto com seus
seguidores lutaram contra Jesus e seus anjos, resultando em sua expulsão e
daqueles que o apoiaram, condenados a viverem na Terra como espíritos.
A
BÍBLIA ENSINA QUE:
Fomos
nascidos em pecado e não como seres espirituais nos céus. Quanto ao plano de
Deus, afirmado pelos mórmons, de nos fazer vir ao mundo com a finalidade de nos
aperfeiçoar, há algumas incoerências, a saber:
a) Se estando com Deus não conseguimos
ser perfeitos como seria possível alcançar a perfeição estando longe dele e
rodeados pelo pecado?
b)
A Bíblia diz que foram os nossos pecados que nos afastaram de Deus (Is 59.2).
Se crermos na história contada pelo Livro de Mórmon teremos de admitir que Deus
não pensou bem em seu plano, pois, de seres puros nos fez virar pecadores ( E
Ele odeia o pecado).
c) Se esta foi a maneira magnífica
encontrada por Deus para aperfeiçoar a santidade de seus filhos, com certeza
não deu certo, já que apenas a minoria das pessoas escolheram seguir as doutrinas e
convênios da chamada, verdadeira Igreja, isto é, “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias”, mais conhecida como “Igreja dos Mórmons”.
A
Bíblia conta que nascemos no mundo, criados por Deus e recebemos desde o princípio um corpo terreno (Gn 1.1, 26,27), e a
partir de Adão e Eva fomos contaminados pelo pecado (SL 51.5), mas para nos
restaurar ao estado de pureza de quando Ele nos criou, Deus enviou ao Mundo o
seu Filho para nos ensinar como voltarmos para Ele, e pelo seu sangue nos
reconciliar consigo (Jo 3.16; Gl 4.4).
Não
há como crer na Bíblia, que afirma que fomos criados do pó da terra e ao mesmo
tempo no Livro de Mórmon que diz que tivemos uma vida pré-terrena, nos céus.
Quanto
ao outro ensinamento do mormonismo, discordante da Bíblia, é a afirmativa sobre
termos votado em Jesus para ser nosso Salvador.
Segundo
a Bíblia, nós não o escolhemos, mas foi Deus quem escolheu enviar o seu único e
amado Filho para nos resgatar do pecado: Leia Is 42.5,6,7; Jo 20.21; Gl 4.4.
Observamos
esta verdade em todos estes textos e muitos outros (basta você seguir os
versículos apontados pelas concordâncias bíblicas). Em nenhuma parte da Bíblia
encontramos qualquer vestígio de que estivemos presentes no céu quando houve o
Grande Conselho. Achamos, no entanto, afirmativas que dizem que estávamos separados de Deus por causa de nossos pecados e por causa disso Deus nos enviou Jesus para nos resgatar do poder do pecado que
imperava em nós (Sl 14.1-3;Is 53.6,11,12).
A
Bíblia também é enfática em dizer que fomos escolhidos por Cristo, e nós não o escolhemos como pensam os mórmons. Só
transcreverei dois versículos que afirmam essa verdade, embora a Bíblia esteja
repleta de textos que falam do mesmo assunto: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi e vos nomeei para que vades e deis
fruto(...)” (JO 15.16) (Itálicos meu)
Efésios
1.4 diz que Ele nos
escolheu antes da fundação do
mundo:
“Nisto está a caridade (o amor): Não em que nós tenhamos amado a
Deus, mas, em que Ele nos amou e nos
enviou seu Filho para
propiciação pelos nossos pecados.” (1Jo 4.10)
Observe
que não houve participação nossa na escolha para um Salvador, mas foi Deus quem
escolheu enviar seu Filho Jesus para nos salvar, e o próprio Jesus foi quem aceitou se entregar como sacrifício por nós.
O MORMONISMO ENSINA QUE:
Deus é um ser de carne e
osso. Eles defendem essa crença utilizando-se de textos como Dt 8.3 e Mt 4.4,
os quais usam expressões como “a boca de Deus”, “o braço de Deus” etc. Jesus é o filho primogênito de
Deus, e somos seus irmãos mais novos. Jesus é Filho de Deus, assim como nós e
todos os espíritos que tomaram ou tomarão um corpo nesta Terra. Toda pessoa que
vem a Terra depende de Jesus para cumprir a promessa que ele fez no céu de ser
nosso Salvador. Ele é um
dos espíritos, que assim como nós, recebeu um corpo na Terra.
Segundo
o ensinamento mórmon, quando a Bíblia refere-se a Jesus como sendo maior do que
todos, ela o faz pelas seguintes razões: Por ele ser o Filho mais velho; Pela
sua condição na carne, sendo filho de mãe mortal e pai imortal, ter
ressuscitado e sido glorificado; Sua escolha e pré-ordenação como Salvador; Sua
ausência de pecado.
Pela
aceitação do Evangelho podemos nos tornar filhos de Jesus Cristo, isto é,
nascemos de Deus por meio da obediência e assim, receberemos a exaltação e até
a condição de Deus.
A BÍBLIA DIZ:
Jesus é Deus e não apenas nosso irmão mais
velho. Ele é superior a tudo e a todos. Leia Mt 1.23; Is 9.6; Jo 1.1-3; 1
Co1.13-18; Hb 1.8 e observe o seguinte:
Em Mt 1.23, o seu
próprio nome, Emanuel, quer
dizer Deus Conosco.
Em Isaias 9.6, um
de seus nomes é Deus Forte.
Jo 1.1-3, o apóstolo João narra
que Jesus (chamado de o verbo, isto é, a Palavra), estava desde o princípio com
Deus e era Deus e tudo foi feito por ele.
Ao
falar sobre o Pai, Jesus disse: “Quem vê a mim vê ao Pai”. (Jo
14.7-9). E, “Eu e o Pai somos um” (Jo
10.30), isto é, não há um maior do que o outro e ambos têm a mesma essência
divina.
Paulo
(1 Co1.13-18) confirma as palavras de Cristo ao dizer que Ele não é apenas o
Filho de Deus, mas é a própria imagem do
Deus invisível. Ou seja, quem vê a Ele vê ao Pai. O escritor aos hebreus (1.10) declara que o próprio Pai chama Jesus
de Deus e diz que Ele (o próprio Jesus) criou
tudo.
Jesus
não é apenas um espírito irmão de Lúcifer, mas é o seu Criador, pois
todos os principados e potestades foram criados por ele (1 Co1.13-18)
É
importante repararmos que quando a Bíblia fala de Jesus como o primogênito da
criação, não significa que ele foi o primeiro a ser
criado. Algumas vezes, a designação de “primogênito” tem o sentido de
“preeminência”, ou seja, de “Cabeça”, de “Maioral”, “Aquele que ocupa o
primeiro lugar”.
Podemos
observar isso nos Sl 89.27, onde diz que Davi ocupava o lugar de primogênito. É
óbvio que isso não pode referir-se ao fato de Davi ter sido o primeiro rei, no
sentido literal, porque o primogênito dos reis de Israel (o primeiro) foi Saul,
no entanto, Davi era primogênito no sentido em que é explicado no próprio texto,
isto é, ele recebeu o lugar “mais elevado” do que
todos os demais reis que o antecederam ou lhe sucederam.
É
nesse sentido que Jesus é o primogênito da
criação, ou seja, Ele ocupa o primeiro lugar no ato da criação, porque tudo foi feito por
Ele e para Ele, conforme lemos nos textos acima.
Se
assim não fosse Ele não poderia ser denominado “as primícias dos que dormem”,
porque outros haviam morrido e até ressuscitado antes dele. Mas ele é
denominado “as primícias”, ou “o primogênito dos mortos”, porque foi o único
que ressuscitou e não morreu novamente, tornando, com isso, a sua ressurreição mais excelente do que a de todos que morreram antes e
depois dele (Lázaro, por exemplo, ressuscitou antes de Cristo, porém tornou a
morrer).
De
acordo com a Bíblia, o motivo pelo qual Satanás foi expulso do céu, nada tem a
ver com a disputa pela nossa salvação, conforme afirmam os mórmons. Todavia, o
motivo de sua queda foi a soberba (orgulho), pois pretendia ser igual a Deus,
conforme observamos no texto de Is 14.12-20.
Em
relação à doutrina mórmon que afirma ser Deus de osso e carne, baseados em
textos que falam da boca de Deus, do braço de Deus etc, podemos entender que
não é isso que a Bíblia quer dizer com tais expressões, porque se buscarmos
outros textos como Hb 12.24 que diz que “Deus é um fogo consumidor” poderemos perguntá-los se Deus é uma fornalha; Ou se
lermos o Sl 91.4, o qual afirma que sob suas asas estamos
seguros, poderemos lhes indagar: Seria Deus um pássaro?
Talvez
os líderes do mormonismo nunca ouviram falar de linguagem denotativa e
conotativa. Se interpretarmos a Bíblia somente no sentido literal (denotativo)
muita coisa não fará sentido algum. Imagine se alguém for levar ao pé da letra
Mateus 5.29 (Quantos crentes cegos e manetas teríamos! E se a lista de
amputação continuasse, não teríamos mais ninguém no mundo).
Pense
em todos os cristãos executando literalmente a ordem de Mateus 18.6. Quantos
suicídios e assassinatos “santos” não seriam cometidos! (Para você ter uma
ideia do que é capaz uma interpretação errada dos textos bíblicos, recomendo
que assista o fime “A letra que mata”).
É
para evitar esse tipo de erro que se faz necessário o conhecimento das regras
da hermenêutica (orientação à correta interpretação bíblica).
Segundo
a Bíblia, Deus é espírito e assim sendo, não possui carne nem ossos (Jo 4.24).
Jesus ainda estava na Terra e para provar que ainda estava em carne disse aos
seus discípulos que se fosse um espírito, não teria carne nem ossos ( Lc 24.39).
Obs.:
Creio que os seres celestiais possuem corpos, porém não um corpo humano (de
carne e ossos), mas, o mesmo corpo que o apóstolo Paulo disse que possuiremos
no céu, “um corpo glorificado” (1 Co15.40, 50-53).
O MORMONISMO
ENSINA QUE:
Deus
tem várias esposas,
portanto temos mãe nos céus e não apenas pai. Os santos
dos últimos dias (como se autodenominam os mórmons) ensinam, também, que o casamento é para a
eternidade. Seu cônjuge terreno deverá ser o mesmo na eternidade, proibindo
por isso que os viúvos se casem novamente.
Acreditam
que Deus não apenas recomenda, mas ordena o casamento, e baseiam seus argumentos
na união de Adão e Eva, dizendo ter sido realizada pelo próprio Deus que
ordenou para multiplicarem-se e povoarem a Terra (Gn 1.28), ordem esta a qual
chamam de primeiro grande mandamento.
Ensinam,
também, que o casamento não é apenas uma união terrena para satisfazer as
necessidades desta vida, mas deve perdurar por toda a eternidade,
proporcionando honras e alegrias neste mundo e glória e vidas eternas nos
mundos vindouros (Pois nos céus os casais terão filhos espirituais). O homem ou
a mulher não podem alcançar a exaltação no reino de Deus se estiverem
solteiros, pois Deus fez macho e fêmea, conforme sua imagem (dessa interpretação é que apóiam sua
doutrina de que temos Pai e Mãe nos céus).
Se
o casamento for celebrado somente no civil ou por outra autoridade senão num
templo dos SUD (Santos dos Últimos Dias, isto é, mórmons), ele é válido apenas
nesta vida, mas se for feito no templo deles é válido para a eternidade e isto
também nos dá o direito de continuarmos com os nossos filhos. Na glória
celestial há três céus ou graus: E para obter o grau mais elevado, o homem
precisa entrar nesta ordem do sacerdócio (o convênio do casamento). Portanto,
quem casa-se para a eternidade alcança a mais alta posição que é a exaltação ou
deidade (seremos deuses) e teremos filhos espirituais.
Abaixo,
registrarei um de seus hinos que retrata bem a crença sobre a paternidade e a
maternidade celestiais:
Ò
Meu Pai
Ó
meu Pai tu que habitas na real celeste mansão
Quando
verei a tua face em tua santa habitação?
Tua
morada sempre fora de minh’alma doce lar?
E
na minha alegre infância pude ao teu lado habitar?
Tu
ao mundo me mandaste por teu glorioso poder
E
esqueci-me das lembranças de meu pretérito viver!
Às
vezes ouço em segredo: “Um estranho és aqui.”
Bem
sei que sou um peregrino de outra esfera em que vivi.
Pelo
Espírito Celeste chamar-te Pai eu aprendi
E
a doce luz do evangelho deu-me vida, paz em ti
Há
somente um Pai Celeste? Não,
pois temos mãe também
Esta
verdade tão sublime nós recebemos do além!
Quando
deixar a humana vida este frágil corpo mortal
Pai e mãe verei contente na mansão celestial
E
terminada a tarefa que mandaste executar
Dá-me
santo assentimento para ao teu lado sempre estar.
(grifo meu)
A BIBLIA
ENSINA QUE:
Quando
perguntaram a Jesus com quem certa mulher, que fora casada com sete irmãos, se
casaria no céu, ele respondeu:
“Errais
não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Porque, na ressurreição, nem casam, nem são
dados em casamento; mas
serão como os anjos no céu (Mt 22.29,30)
Ao
mostrarmos essa passagem bíblica (Mt 22.29,30), os mórmons defendem-se alegando
que ninguém se casará no céu, mas os que já eram casados aqui na Terra continuarão casados.
Porém,
em Lc 20.27-36,
Jesus afirmou e enfatizou que o casamento é coisa desta vida. O apóstolo Paulo disse que a
mulher casada está ligada ao marido enquanto ele viver (1 Co 7.39), e nada disse sobre o
casamento para a eternidade.
Quanto
a afirmativa dos mórmons de que se preservarmos nosso casamento seremos deuses,
é muito antagônica a Bíblia que diz que seremos como os anjos (Mt 22.30).
O
grande problema dos mórmons é que eles não conseguiram compreender as palavras
de Jesus: “O meu Reino não é deste mundo.” (Jo 18.36). Por isso, querem levar a
vida terrena para os céus. No entanto, as coisas dos céus são muito superiores
às da Terra, e segundo o apóstolo Paulo, nenhum ouvido nunca ouviu, nem olho
nunca viu e nunca desceu ao coração do homem, o que Deus tem preparado para os
seus (1 Co 2.9).
Portanto,
é melhor não cometermos a imprudência de tentarmos comparar as coisas
celestiais com as da Terra, porque o profeta Isaias disse que os pensamentos e
os caminhos de Deus são mais altos que os nossos (Is 55.8, 9)
O
MORMONISMO ENSINA QUE:
O batismo pelos mortos ou
por procuração é um ritual realizado pelos SUD, no qual os mortos são batizados
em lugar de pessoas que já morreram, a fim de salvá-las. Para tanto, é de suma
importância que compilem registros genealógicos dos antepassados, a fim de se
fazer o batismo para a redenção de seus mortos. A partir dos doze anos de
idade, os filhos dos mórmons podem participar desse ritual, sendo batizados e
confirmados em nome dos seus antepassados. Assim como acontece na Terra, os que
se arrependerem no mundo espiritual receberão a redenção, alcançando a
liberdade. O evangelho revelado ao Profeta Joseph Smith já está sendo pregado
aos espíritos em prisão, aos que morreram sem o conhecimento do evangelho.
Joseph Smith e todos os apóstolos que viveram sob administração dele, assim
como os élderes (missionários mórmons) que já partiram desta vida, estão pregando
o evangelho a eles. Fundamentam essa doutrina em 1 Pe 3.18-20 e 1 Co 15.29
A
BÍBLIA ENSINA QUE:
Quando
o apóstolo Paulo refere-se ao batismo pelos mortos (1 Co 15.29), é importante
observamos o seguinte:
a) O Versículo 29 diz:
“Doutra maneira que farão os
que se batizam pelos
mortos se os mortos não ressuscitam? Porque batizam eles pelos mortos?”
Observe
as palavras destacadas “os que”, que é todo o diferencial
para não cairmos nesse tipo de erro doutrinário.
b) Quando se trata dos
cristãos, Paulo não usa mais o termo “os que”, mas, “nós”:
“Por que estamos nós também a toda hora em perigo?”
Se
fosse prática da Igreja Primitiva batizar pelos mortos, o texto deveria ser
escrito da seguinte maneira: “Doutra maneira que faremos nós que
batizamos pelos mortos? Porque batizamos nós pelos mortos?”
No
entanto, somente no versículo 30 é que o apóstolo retorna a falar dos cristãos,
usando o termo “nós”, dizendo: “Por que estamos nós também a toda hora em perigo?”
O
apóstolo Paulo estava mostrando aos cristãos de Corinto (os coríntios) que a
crença da ressurreição não é só nossa. Até eles (que não são cristãos)
creem que haverá ressurreição, e a prova disso é que eles batizam pelos mortos (Se cressem que
tudo acabaria com a morte não fariam isso). Então,
em seguida, faz os irmãos pensarem:
“Porque nós vivemos correndo perigo?”, em outras
palavras, Paulo estava perguntando o seguinte: “Será que faz algum sentido
vivermos toda hora à beira da morte se não crêssemos que um dia tornaremos a
viver?”
Além
do mais, não é inteligente ler um livro escolhendo partes e rejeitando outras.
Ou cremos ou não cremos. E se a Bíblia for lida por inteira (respeitando-se o
texto e seus contextos) haveremos de encontrar muitas passagens que excluem
essa possibilidade apontada pelos mórmons, como por exemplo, em Hebreus 9.27, que diz que, ao homem está ordenado morrerem uma
só vez, vindo depois disso o
juízo.
Observe: Depois da morte virá o juízo, não
evangelização aos mortos, como ensinam os mórmons.
Deus
trata a cada um de acordo com a compreensão que possuem acerca das Verdades
divinas, pois a Sua Palavra diz que ele não leva em conta o
tempo da ignorância (AT
17.30). Não precisa, portanto, que alguém vá aos mortos consertar as coisas.
Quanto
à desesperada busca dos mórmons pela genealogia de seus parentes, veja o que diz Tito
3.9 e 1Tm 1.4.
O MORMONISMO ENSINA QUE:
Na
morte, os justos serão recebidos em um estado de felicidade chamado paraíso, um estado de
descanso, de paz, onde descansará de todas as suas aflições e tristezas, mas,
permanecem fazendo o trabalho do Senhor. O ímpio, aqueles que foram maus, serão
atirados nas trevas exteriores, sendo levados cativos pela vontade do diabo e
assim permanecerão sofrendo. Tanto justos como ímpios permanecerão em seu estado até o momento da ressurreição. Porém,
os espíritos podem progredir de um para outro lado se aprenderem os princípios
do evangelho.
Sobre
1 Pe 3.18-20, dizem que os tais espíritos em prisão, são os espíritos daqueles
que ainda não receberam o evangelho de Jesus Cristo e podem ser seduzidos tanto
pelo bem quanto pelo mal. Também estão em prisão o espírito daqueles que
rejeitaram o evangelho quando estavam na Terra. Esses espíritos sofrem uma condição conhecida como inferno. Após sofrerem
completamente pelos seus pecados ser-lhes-á permitido herdar o mais baixo dos
graus de glória, que é o reino Teleste (é isso mesmo, Teleste, não Celeste).
A BÍBLIA ENSINA QUE:
Cada
um será julgado segundo as suas obras (Jó 34.11; Jr 32.19; Mt16.27; 2 C0 5.10;
Ap 22.12), e apenas os que creem (Mc 15.16; Jo 3.18;Jo 5.24; 6.40, 47; 20.31).
Genealogias e orações pelos mortos de nada adiantam, pois a cobrança será individual, e, se
os mortos dependem do batismo dos vivos, as obras serão destes, não daqueles, além
de que estará condenado qualquer espírito que, por ventura, não conste na
genealogia da família.
Em Apocalipse
encontramos o alerta para sermos “fiéis até a morte” - Ap
2.10, e o próprio Deus disse que não tem prazer na morte do ímpio, mas que
todos se arrependam (Ez 18.32). Porque que Ele só referiu-se a morte do ímpio
(não tem prazer) e não disse o mesmo sobre a dos justos? Não seria porque,
conforme afirmou o escritor aos Hebreus (9.27), após a morte segue-se o juízo?
Todo
o processo de conversão é feito enquanto formos vivos, conforme demonstra o
texto de Mc 16.16 que diz que devemos pregar o evangelho
por todo o mundo e “Quem crer e for batizado será (futuro) salvo e quem não crer será (futuro) condenado”.
Jesus não deu esta ordem a seus discípulos mortos, mas enquanto vivos, para
pregarem aos vivos e suas escolhas definiriam seus futuros (salvos ou
condenados).
Também
é antagônica à Bíblia a doutrina que afirma que se os espíritos dos mortos,
após receberem o evangelho (dos mórmons) se arrependerem poderão mudar de
“estado”, do inferno para o céu, pois, na
parábola do rico e Lázaro, na qual o rico pediu permissão para que Lázaro lhe
refrescasse, molhando-lhe a ponta de sua língua, Abraão lhe respondeu que não
era permitido passarem de um lado para o outro (Lc 16, 26). Não houve chance de arrependimento e
mudança de lado, contrariando o que afirma a doutrina mórmon.
O MORMONISMO ENSINA QUE:
Há
quatro reinos:
1)
O Reino Telestial- É o mais baixo grau de glória, para onde vão
os ímpios após pagarem pelos seus pecados.
2)
O Reino Terrestrial – Para onde vão as pessoas boas que não foram mórmons.
3)
O Reino Celestial – Para onde vão os mórmons
que se casaram no templo e se tornaram dignos, chegando à exaltação ou deidade.
4)
O Inferno ou Segunda Morte – Para os mórmons apóstatas, o diabo e seus anjos.
O MORMONISMO ENSINA QUE:
Embora
o sacrifício de Jesus seja válido, o seu sangue não é suficiente para perdoar todos os pecados.
Existem pecados que exigem o sacrifício do próprio pecador para ser purificado.
A
BÍBLIA ENSINA QUE:
“Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus
Cristo, o seu Filho nos purifica de TODO O PECADO”
(1 Jo 1.7).
Também é compatível com a Palavra de Deus
(mas antagônica ao Livro de Mórmon), que ninguém será salvo por porque merece,
mas, pela graça (favor de Deus), é dom (presente) de Deus (Ef.2.8,9; Rm 5.17, 18; 1Pe 1.9)
CONCLUSÃO:
O
mormonismo defende a ideia de que o Livro de Mórmon é equiparado a Bíblia e a complementa, mas
o que realmente observamos é que ela distorce e nega as verdades bíblicas, ora acrescentando,
ora modificando-a
completamente.
Deixo
registrado o alerta paulino, para todos quantos lerem este texto:
“Ainda
que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já ouvistes, seja anátema
(amaldiçoado)”. (Gl 1.8)
Oremos,
pois, para que o Espírito Santo abra os olhos espirituais de todos quantos
estão sendo enganados, e mostre-lhes o Evangelho genuíno.
Fique
na doce Paz do Senhor Jesus,
Um
abraço,
Leila
Castanha
01/2014
BIBLIOGRAFIA:
RINALDI, Natanael e Romeiro,
Paulo. Desmascarando as Seitas: Mormonismo. São Paulo: CPAD, 2005
SMITH, Joseph. Ensinamentos
dos Presidentes da Igreja. São Paulo: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, 1996.
DIAS, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos. Princípios do Evangelho.
São Paulo: 1995.
DIAS, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos. O Livro de Mórmon: Outro Evangelho de Jesus Cristo. Salt Lake City, Utah, EUA, 1830.
Bíblia Sagrada, versão
Almeida Revista e Corrigida.