sexta-feira, 26 de abril de 2024

A BÍBLIA - ARMA CONTRA OS FALSOS ENSINOS




TEXTO BÍBLICO: Sl 1.1-6

Apesar de inúmeros ensinamentos que encontramos na Bíblia para nos proteger contra os falsos ensinos, de nada nos valeria sua eficiência e conselhos se nos esquecêssemos deles. Embora muitos cristãos têm crescido frequentando escolas bíblicas, com o passar do tempo de cristianismo, é comum que o primeiro amor se esfrie e a primeira coisa que fazemos quando isso acontece é desprezarmos a leitura da Bíblia. Às vezes, nos conformamos em ouvir alguém pregar e citá-la e, outras vezes, sequer temos desejo de ouvir falarem sobre ela. E, assim, as verdades espirituais que nos sustentam em Deus vão ficando tão apagadas em nossa vida que, com o passar do tempo, mal conseguimos nos lembrar o que está ou não está escrito.

Por isso, refletiremos sobre um método eficaz para não cairmos nos falsos ensinos: embora compreendamos que a leitura e/ou a audição da Bíblia - há pessoas que não conseguem ler - seja o meio eficaz para não cairmos em falsos ensinos, é a constante meditação nela que nos previne de nos desviar das leis de Deus, seja por desconhecimento ou por esquecimento do que está escrito. Deus fala a Josué  para ter cuidado de cumprir toda a lei que ele dera a Moisés, e para não se esquecer de seus preceitos, ele deveria meditar neles de dia e de noite - Js 1:8.

A IMPORTÂNCIA DAS REPETIÇÕES PARA SE GUARDAR O QUE ESTÁ ESCRITO

Há cristãos que vivem correndo atrás de novidades e desprezam as antigas crenças porque acham tudo muito repetitivo. No entanto, as repetições são importantes porque servem de reforço para nos ajudar a relembrar os nossos conceitos cristãos.

Como seres humanos que somos, é muito comum nos esquecermos das coisas que não ouvimos em nosso cotidiano. Por esta razão, a Bíblia privilegia as repetições das mensagens do Evangelho de Cristo, e desde o Antigo Testamento o Senhor advertiu aos pais que falassem e insistissem em falar aos seus filhos sobre Ele, em todos os momentos de sua vida (ao deitar-se, sentar-se, levantar-se etc.)

Repetição é a chave para não  nos esquecermos da Palavra de Deus e foi o método aplicado pelo próprio Jesus e seus discípulos, conforme observaremos abaixo:

O apóstolo Paulo escreveu aos filipenses (3:1dizendo-lhes que não se aborrecia de escrever-lhes as mesmas coisas, porque isso era segurança para eles, isto é, as repetições serviriam para firmá-los ainda mais na verdade do Evangelho que Paulos havia lhes pregado.

No Antigo Testamento, que era o antigo pacto de Deus com Israel, encontramos um livro cheio de repetições das leis, denominado Deuteronômio, cujo significado é “Segunda Lei”. Não se tratava de novas leis, mas, a maioria delas eram repetições da primeira que fora dada à primeira geração que saiu do Egito.

O livro de Deuteronômio foi escrito para a nova geração de hebreus que estava quase entrando na Canaã prometida. A cada sete anos todos os hebreus deveriam se juntar para ouvir a leitura desse livro - Dt 31. 10-12.   

Certamente, o apóstolo Paulo, tendo sido aluno de um dos maiores mestres de sua época, chamado Gamaliel  - At 22. 3; 5: 34 - aprendeu essa didática da repetição. Além disso, como ele mesmo afirmava, era  um imitador de Cristo - 1Co 11. 1 - cuja metodologia também era pautada nas repetições. Sendo discípulo de dois grandes mestres - Gamaliel e do mestre dos mestres, Jesus -  o apóstolo aos gentios sabia bem a importância das repetições em seus ensinos. Veja o que ele disse aos irmãos filipenses (da cidade de Filipos) e aos tessalonicenses (da cidade de Tessalônica): “Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas...” (Fp 3. 1) e “Muitos há, dos que, muitas vezes vos disse , e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” Fp 3: 18Observe: Paulo já havia dito isso muitas vezes, e disse-lhes que estava dizendo de novo

Em sua primeira carta aos irmãos de Tessalônica (os tessalonicenses), ele disse: “Vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor”, e, em seguida, ele repete cada um dos mandamentos que havia lhes ensinado (1 Ts 4. 2, 3). Quando escreve sua segunda carta a essa mesma igreja, o apóstolo Paulo novamente usa a didática da repetição para relembrar os irmãos do que lhes havia instruído em tempos anteriores: “... Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco?” - 2 Ts 2. 5 - e, assim, Paulo repete tudo o que já havia ensinado.

Pedro também aplicou esse método de ensino, como observamos abaixo: “Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais... Mas também eu procurarei em toda a ocasião que depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas.” (2 Pe 1.12-15)  Observe que Pedro repetia as mesmas coisas com medo de, após morrer, os irmãos se esquecessem do que lhes ensinara. 

João, por sua vez, também escreveu o seguinte: “Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes.” - 2 Jo 2: 7. O livro de 2 S. João é cheio de repetições de sua primeira carta. Novamente na segunda epístola (carta), o apóstolo João faz sua pregação repetindo os fundamentos da fé:  “Porque esta é a mensagem que desde o princípio ouvistes: Que vos ameis uns aos outros.” - 2 Jo 3: 11.

A ADVERTÊNCIA DE JESUS AOS SEUS DISCÍPULOS (ALUNOS):

“E chegando-se Jesus falou-lhes dizendo: ...Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações (...). Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado (...) -  Mt 28: 18-20

Observe: O papel dos discípulos não era apenas de pregar o Evangelho, mas de ensinar os novos discípulos a guardar tudo o que Jesus mandou. E para tanto, o método mais eficiente para isso era e ainda é as repetições.

E isso não é tática apenas dos cristãos, mas em instituições de ensino é comum o uso das repetições para que os educandos possa guardar o que lhes foi ensinado. No site *Gazeta digital, em um artigo da autoria de uma doutora e mestre em Psicanálise, ela afirma que, conforme estudos relacionados ao tema da repetição "é pela repetição dos estímulos que a aprendizagem acontece, pois, as conexões neurais tornam-se fortalecidas, devido o aumento do potencial de ação da célula especializada do sistema nervoso, o neurônio". Ela ainda assevera que "Quanto mais se repete a ação, mais consolidada é a reação entre as células neuronais".

No ensino regular, por exemplo, a maioria das pessoas aprendem a conjugar os verbos e depois, por não usá-los diariamente, visto que costumamos nos comunicar mais pela linguagem informal,  esquecem-nos, principalmente daqueles que dificilmente usamos, como é o caso do pretérito mais-que-perfeito (eu fizera, tu fizeras  etc.).  

Determinadas músicas, quando estão no auge do sucesso, são tão repetidas no rádio e televisão que grudam em nossa cabeça como chicletes. Porém, passando-se a época de sucesso elas param de tocar e, anos depois, percebemos que só lembramos de parte delas, e, finalmente, apenas de algumas palavras. A falta de ouvi-las fez nossa mente esquecê-las.

Assim também se dá na questão dos ensinamentos bíblicos: Precisamos estar sempre sendo lembrados dos primeiros rudimentos da nossa fé para que não venhamos nos desviar do nosso foco que é Cristo. A falta de repetição dos princípios cristãos tem levado muitas igrejas a se tornarem mornas, cheias de religiosidade, além de levar alguns líderes a permitirem práticas mundanas, em nome da modernidade, quando, na verdade, muitos deles sequer se lembram se suas atitudes condizem ou não com o que está escrito nas Escrituras.

É importante termos consciência de que jamais podemos deixar de ouvir temas sobre:

a.    A santificação, porque sem ela “ninguém verá Deus” - Hb 12. 14;

b.    O fruto do Espírito, que é a prova de que estamos vivendo em santificação - Gl 5: 22;

c.     A fé, sem a qual “é impossível agradar a Deus”  - Hb 11.6

d.       O amor, que é o maior mandamento - Jo 15. 12

Além de outros temas de igual importância.

Estes e outros assuntos priorizados pela Palavra de Deus são essenciais à fé cristã, e sem a lembrança deles não há cristianismo, mas apenas religiosidade morta, formalismos e rituais vazios, dos quais Deus já havia advertido seu povo que Ele nunca lhes exigiu isso, antes, e já se cansou de os sofrer, conforme observamos no primeiro capítulo do livro de Isaías.

Culto onde se preza a liturgia ao pé da letra, mas é destituído de seu espírito - do motivo central que o move-  para Deus não passa de solenidades vazias, não havendo nada de santo (separado) nisso.  Leia Isaias 1 e saiba o que Deus pensa de tais cultos.

Para não corrermos o risco de nossos templos se tornarem apenas um lugar para rituais religiosos, precisamos lembrar aos irmãos, e também sermos constantemente lembrados, sobre o que Deus espera de nós, enquanto seus servos. Nunca poderemos parar de ouvir e ler nas Escrituras sobre as verdades fundamentais da fé, pois isso seria o mesmo que tentarmos fazer um bolo do qual ouvimos há alguns anos, e nos esquecermos de alguns ingredientes essenciais à receita. Pode até sair um bolo, mas certamente será outro, diferente do que esperávamos, por não termos os produtos necessários para a sua composição. 

Portanto, querido irmão, não nos cansemos de relembrar e  de ensina aos outros acerca dos antigos mandamentos do Senhor, que desde o princípio temos ouvido.

 

 No amor de Cristo Jesus,

Leila Castanha

05/2014

 

BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA SAGRADA, NVI

*Aprende-se pela emoção e repetição | Gazeta Digital - Dra Marta Relvas 

 

quarta-feira, 24 de abril de 2024

A HARMONIA ENTRE A BÍBLIA E O ESPÍRITO SANTO


https://jovensdefogo.comunidadejavenissi.org

TEXTO BÍBLICO: 2Tm 3:16

A Bíblia foi escrita por cerca de 40 homens, mas estes foram inspirados pelo Espírito Santo: em primeiro lugar, é importante que nos lembremos de que a Bíblia não é um livro qualquer, mas que ela foi inspirada pelo Espírito Santo, conforme podemos conferir nos textos de 2 Tm 3:16 e 2 Pe 1. 20,21

Quem é o Espírito Santo? De nada nos resolve saber que o Espírito Santo é o responsável pela inspiração da Bíblia, se não soubermos quem ele é. A primeira informação relevante é que ele é Deus : ele é eterno - Hb 9.14; Gl 6:8; Mc 3:29. ele é onipresente (está em todos os lugares ao mesmo tempo) - Sl 139:7-10, etc. Ele tem atributos divinos. mas veremos em outra aula. No mundo antigo havia muitas civilizações politeístas (que adoravam vários deuses), como é o caso do Egito, no qual cada cidade tinha o seu próprio deus, embora haviam deuses principais, como, por exemplo, Ramón, Ísis e Osíris, Rá, que eram divindades daquela nação. Cada um desses deuses tinham suas leis e seus próprios rituais.

No cristianismo, porém, não servimos a deuses, mas cremos que há um único Deus, como podemos ler em Is 44.6. No entanto, defendemos que há uma trindade (três seres distintos que agem em unidade), os quais são: o Pai, o Filho (Jesus) e o Espírito Santo. Apesar de serem seres distintos, eles trabalham juntos e recebem a adoração juntos, bem como seus propósitos e ações são realizados em comum acordo.

O Espírito Santo não é uma força ativa (como o vento, por exemplo), conforme defendem algumas crenças religiosas, mas que ele é, de fato, uma pessoa (possui características de pessoa: ele sente, ele age, ele pensa, sente ciúmes, etc.), coisas que não é possível a uma força ativa. A Bíblia afirma que ele faz parte dessa trindade, e não é uma manifestação de Deus, como alguns ensinam (ora ele se manifesta como um, ora como outro), pois vemos narrativas bíblicas que mostram os três seres agindo no mesmo espaço e no mesmo tempo. Nos textos a seguir, apenas alguns dentre muitos, veremos a presença desses três seres divinos agindo juntos ou sendo citados distintamente: Lc 3.21,22 (no batismo de Jesus,  aparecem os três seres); em Lc 4.1, o Espírito Santo conduziu Jesus ao deserto; Jo 17. 21-23 (Jesus ora para que aqueles que foram chamados à salvação, sejam um como ele e o Pai são um) - seria estranho, primeiramente, Jesus orar para si mesmo; depois, ele mesmo explicou o que quis dizer em Jo 10. 30, isto é, são um em unidade, do mesmo modo que a Bíblia diz que no casamento o casal se torna um - Gn 2.24. Em Jo 14.16-27 (O termo outro - no grego é ekeinos, que significa “outro do mesmo tipo", isto é, o Espírito Santo tem as mesmas qualidades de Jesus; 1 Pe 1.2 (Pedro cita os três seres divinos),  do mesmo modo acontece na bênção apostólica - 2 Co 13.13, etc.

 O Espírito Santo participou da criação e é eterno como o Pai e Jesus: Leia Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104:29,30, etc.

Ele se manifestou no Antigo Testamento: Assim com Jesus agiu no Antigo Testamento, o Espírito Santo também agia, embora sua aparição era muito pontual, era esporádica (aparecia casualmente). Por exemplo: quando algum profeta precisava entregar uma mensagem divina, o Espírito Santo descia sobre o profeta, depois se retirava. Leia Nm 11.25; Nee 9.30; 1Sm 19:23; Ez 8:3; 11: 1-5. Ele também capacitava a pessoa para uma missão específica: Gn 41: 38-40; Ex 35:30-35.

Luciano Subirá, em sua pregação “O ministério do Espírito”, na internet, pontua que o Espírito Santo nunca foi o plano B de Jesus, mas, desde o princípio, ele já fazia parte do plano específico de Deus de vir ficar com a Igreja, conforme observamos nas palavras de Cristo em Lc 24.49: “Enviarei sobre vós a PROMESSA de meu Pai” - ele já havia sido prometido - Is 44:3; Ez 39:29; Zc 12:10; Joel 2. 28-32 - (veja o cumprimento dessa promessa em At 2. 14-21). Além disso, sua vinda era tão importante, que, segundo observa o pastor Luciano Subirá, em Jo 16.7-16, Jesus diz aos seus discípulos que “convém que eu vá, senão o Consolador não virá”. Atente-se para a palavra “convém”. Percebemos no decorrer da leitura desse texto que o Espírito Santo tinha uma obra específica para fazer: o Pai planejou o nosso resgate, Jesus veio cumprir o plano, pagando o preço pelo resgate (preço de sangue, coma sua morte) e o Espírito Santo veio convencer os homens da realização desse plano e de suas implicações para quem aceita e para quem não. Ele é MUITO IMPORTANTE, para o cumprimento do plano divino, por isso é necessário que a Igreja saiba quem é essa pessoa da divina trindade e quais são as suas funções. Dentre elas, o texto de Jo 16. 7-16, conforme já lemos acima, apresenta as seguintes:

1) Convencerá o mundo - de nada adiantaria pregarmos se as pessoas não pudessem ser convencidas. Esse é o papel do Espírito Santo: convencer das verdades registradas nas Escrituras.

2) Guiará - ele também é o guia, o orientador da Igreja. Sem ele, estaríamos sem rumo.

3) Falará do que ouviu - ele vem como um embaixador de Cristo, lembrar o que Jesus pregou quando andou na Terra;

3) Anunciará o que há de vir - ele vem para revelar os mistérios de Deus à Igreja;

4) Glorificará a Jesus (ele vem para nos direcionar a enaltecer Cristo, que se sacrificou pela Igreja).

A Bíblia não tem sentido espiritual se não houver a intervenção do Espírito Santo: A Bíblia é o meio principal que o Espírito Santo utiliza para convencer o homem a respeito das coisas espirituais. Sem ele a Bíblia não passa de um livro de histórias ou de um livro histórico. O apóstolo Paulo afirmou em 1Co 2.10-14 que “as coisas espirituais se discernem espiritualmente", de modo que só os espirituais conseguem entendê-las, visto que só o Espírito de Deus é que tem capacidade de nos revelar as verdades contidas nesse livro inspirado por ele.

O Espírito Santo nos ensina - Jo 14.26; Lc 4. 17-21 (Jesus leu o livro de Isaías que dizia sobre o Espírito Santo estar sobre ele), e em Mt 13.54-56, os escribas (conhecedores das Escrituras) se maravilhavam da sabedoria dele por ser ele filho de carpinteiro) - o Espírito estava sobre ele, e uma de suas funções é ensinar. mesmo aconteceu com Pedro, após ser cheio do Espírito Santo (At 4.8-13). A Bíblia é o nosso guia de fé e de prática, logo, é nela que nos orientamos e é dela que aprendemos os valores cristãos. E o nosso professor, aquele que nos explica o funcionamento dessas práticas é o Espírito Santo, com ele temos conhecimento de tudo - 1Jo 2. 27.

O Espírito Santo nos lembra:   É por isso que não precisamos ter medo de evangelizar, pois o Evangelho diz respeito às boas novas que Jesus pregou e uma das funções do Espírito Santo é nos lembrar o que Cristo falou - Jo 14. 26. Todavia, é importante observar que ninguém pode lembrar a outra pessoa o que ela não conhece. O Espírito Santo só pode nos lembrar o que conhecemos  e à medida que conhecemos (se conhecemos pouco o Evangelho , ele te lembrará desse pouco, se conhecemos muito, ele nos lembrará muito).

Ele revela: Além de lembrar, ele também revela, isto é, compartilha com você o que você não sabe, mas que é necessário para a obra que ele pretende realizar em alguém ou em você mesmo. Ele revelou a José - Gn 40.1-19, a Daniel - Dn 2.27,28, dentre outros. No Novo Testamento, temos a revelação de João (Apocalipse), dentre outras.

O Espírito Santo habita em nós: No tempo do Antigo Testamento, isto é, antes de Jesus vir morrer para nossa redenção, o Espírito Santo se manifestava quando era muito necessário, depois se retirava. Quando Jesus andou na Terra, Jesus estava com os discípulos, não tendo ainda a necessidade do Espírito Santo se manifestar, embora, como Cristo tinha seu lado humano também, o Espírito se apossou dele para ajudá-lo a realizar sua missão. No entanto, quando Jesus voltou para o céu, tendo cumprido sua obra na Terra, o Espírito Santo foi enviado, não mais para ficar COM os discípulos de Jesus, mas para estar NELES. Leia 1Co 3. 16 - por isso, quando pecamos, estamos profanando o templo do Espírito Santo - 1Co 6. 18,19.

Resumindo: sem o Espírito Santo conosco, ficaríamos sem rumo, não entenderíamos as Sagradas Escrituras, não teríamos poder para pregar a Palavra de Deus, nem haveria convencimento do pecado, da justiça nem do juízo divino, além do mais, não teríamos esse ser divino habitando em nós e nos ajudando nas nossas fraquezas - leia Rm 8: 26. Viu como esse ser, que faz parte da Trindade e que também é Deus,  é INDISPENSÁVEL para a Igreja da qual fazemos parte?  

Espero tê-lo ajudado a conhecer, pelo menos, um pouquinho da importância do Espírito Santo para a compreensão, a divulgação e a eficácia da Palavra de Deus em nossa vida.

No amor de Cristo,

Leila Castanha

21/04/2024


BIBLIGRAFIA:

Bíblia, versão NVI (com exceção de Jo 14. 16-27 - ARA; Nee 9. 30 - ACF; Jo 16: 7-16 - NBV)

Luciano Subirá, pregação "O ministério do Espírito Santo", youtube

segunda-feira, 15 de abril de 2024

BÍBLIA, O GUIA INFALIVEL DA NOSSA VIDA


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 TEXTO BÍBLICO: Sl 119.105

Os cristãos da Igreja Primitiva seguiam as instruções da Bíblia : Os cristãos da Igreja Primitiva obedeciam a Palavra de Deus - o Cânon do Novo Testamento ainda não estava fechado quando a igreja foi formada, entretanto ela seguia os escritos do Antigo Testamento e as orientações verbais de Jesus transmitidas pelos apóstolos. Por exemplo, Jesus leu o livro do profeta Isaias, ele e os apóstolos citaram várias passagens dos Salmos; a galeria dos heróis da fé, no livro de  hebreus, cita homens e mulheres cujas histórias foram retiradas do Antigo Testamento.

Cânon: É uma palavra grega, e significa cana ou vara de medir. Esses livros que fazem parte da Bíblia é o meio pelo qual tudo deve ser medido ou avaliado, pelo fato de ter autoridade concedida por Deus.

Para entrar no cânon, os livros tinham que cumprir algumas exigências:  Alguns livros foram rejeitados porque possuem ensinamentos contrários aos de Moisés e também porque não foram citados por Jesus nem pelos apóstolos. Eles receberam o nome de apócrifos, que significa "Oculto, escondido" (esses livros não foram reconhecidos como inspirados), também não faziam parte dos escritos dos judeus (a maior parte do Antigo Testamento foi escrito na língua dos judeus, o hebraico) porém, ao traduzirem a bíblia do grego para o latim, Jerônimo incluiu esses livros na Bíblia e a Igreja Católica os denominou de deuterocanônico, que significa segundo canônico. 

CuriosidadeA palavra Deuteronômio (5º livro da bíblia) significa "segunda lei", pois deuteros é uma palavra grega que significa segundo(a), nesse caso, foi utilizada para indicar que houve a repetição da lei de Moisés, e na palavra deuterocanônico, indica que houve um segundo cânone, reconhecido pela Igreja Católica. Alguns desses livros que, aliás, não foram aceitos pela maioria dos cristãos, há ensinamentos heréticos (contrários à Palavra de Deus), como, por exemplo, em 2 Macabeus 12.45,46 e Tobias 12.12, há incentivo para se orar em favor de pessoas mortas, quando toda a Bíblia não ensina isso, pelo contrário, ela afirma que depois da morte segue-se o juízo (Hb 9.27).  Esse é apenas um exemplo, mas há muitos outros problemas encontrados nesses livros, embora alguns estudiosos utiliza alguns deles para estudos históricos, mas não doutrinários. A palavra doutrina significa ensinamento.

CRISTÃO: quando falamos de cristãos da Igreja Primitiva, é importante sabermos o que significa essa palavra. Cristão significa seguidor de Cristo. Ser cristão é  diferente de ser simpatizante. O cristão precisa seguir Jesus. Todos os que Jesus chamou, sua ordem foi: “Segue-me”. Seguir Jesus pressupõe renúncia - Lc 14.26.

Mahtma Gandhi:  Foi um ativista indiano, que lutava pelos direitos civis. Ele disse a seguinte frase: “Admiro o Cristo dos cristãos, mas repudio  o cristianismo deles”. Na verdade, apesar dele mencionar o nome CRISTÃO, ele se referia a simpatizantes do cristianismo, pois essas pessoas, apesar de gostar de ir à igreja, não têm compromisso com a Palavra de Deus. Os cristãos, de fato,  são imitadores Cristo, eles seguem o seu exemplo, e, por isso é impossível desassociar o cristão de Cristo. Como disse o apóstolo Paulo, em sua segunda carta à igreja de Corinto (2 Co 3.3), ele afirma àqueles  irmãos que eles são a carta de Cristo. Assim somos nós, cristãos, todos que nos "leem" deverão encontrar em  nossas atitudes a assinatura de Cristo, isto é, ver em nós a prática dos ensinamentos de Jesus. È muito preocupante quando uma pessoa que se diz cristão escandaliza o Evangelho, pois Jesus disse que “é lícito que venha o escândalo, mas ai daquele por quem o escândalo vier” Mt 18.7

De acordo com Juan Carlos Ortiz, em nossas igrejas há muitos membros e poucos discípulos. Discípulo é aquele que aprende com outro, é um aprendiz. No entanto, também é o que segue os conselhos, ideias ou doutrinas de outrem, isto é, um seguidor. Na realidade bíblica, essa segunda concepção da palavra discípulo é a cabe a nós, pois trata-se de alguém que imita a Cristo, alguém que segue os seus ensinamentos, ou seja, um seguidor, não apenas um aprendiz.

Jesus é o Senhor, só assim ele torna-se nosso Salvador: O Pr Juan Carlos Ortiz, em seu livro “O discípulo" (que, aliás, super recomendo), explica que Jesus é o Senhor, não apenas o nosso Salvador, e, quando o aceitamos Cristo, ele recebe o senhorio de nossa vida. Para mostrar essa verdade o Pr Ortiz narra a história de Zaqueu: quando Jesus disse a Zaqueu que iria em sua casa, ele  não perguntou se o publicano, que era o dono da casa, queria sua visita ou se a esposa permitia. Ele é o Senhor de tudo e de todos, por isso ele só declarou que iria 'hoje".

Em outra ocasião, um homem queria primeiro enterrar o seu pai e Jesus lhe disse que NÃO - “deixe os mortos enterrar seus próprios mortos, quanto a você vem e segue-me”, essa foi a resposta do Mestre. Jesus também não perguntou a Mateus se ele gostaria de segui-lo, nem tampouco lhe explicou o que isso significava, apenas ordenou: "Segue-me". Mateus só tinha que resolver se obedeceria ou não (Mt 9.9). 

Ortiz disse que algumas pessoas pensam que a característica de alguém ser do Reino de Deus é o fato de não fumar ou não beber ou não praticarem coisas que desagradam ao Senhor. Porém, é muito mais que isso: ele explica que seguir a Jesus pressupõe ser o que ele quer que sejamos e fazer o que ele quer que façamos. Outra coisa que o pastor argentino nos leva a refletir é que tratamos a Jesus como se ele fosse um coitadinho: “Abra a porta do teu coração, porque Jesus está batendo. Coitadinho de Jesus!”. Não é de se admirar que as pessoas pensem que estão fazendo um favor para Jesus, ao invés de entenderem que precisam dele - disse o referido autor.

A salvação, de acordo com a reflexão do autor acima citado, não é um convite, mas uma ordem. Isso porque quando alguém faz um convite não há castigo caso a pessoa não aceite, mas se for uma ordem, a quebra dela terá consequências. Jesus disse que “quem crer e for batizado SERÁ SALVO; mas quem não crer SERÁ CONDENADO” (Mc 16.16).  

Seguir a Cristo, pressupõe andar como ele andou: O pastor Nilson do Amaral Fanini, falando sobre Jesus ser o caminho - João 14.6 - contou que, certa vez, em um acampamento numa reserva indígena, o guia, que também era um homem indígena, lhes disse: Eu sou o caminho! Fanini observa que com essa frase, o guia queria dizer que os visitantes deveriam segui-lo. O Pr Fanini relatou que ia atrás do guia e contou sua experiência da seguinte maneira: “Quando ele pulava eu pulava, quando ele parava eu parava, quando ele se abaixava eu me abaixava, etc.”. Jesus, quando disse que é o caminho (Jo 4.6), ele estava dizendo que  quem for segui-lo deverá fazer exatamente o que ele fez e como ele fez. João disse isso com muita precisão: 1 João 2.6 - “Aquele que diz que está nele, deve andar como ele andou”.

 Seguir Jesus pressupõe nascer de novo- A diretora de uma escola de ensino fundamental, em uma reunião de pais, decidindo junto à equipe de professores e na presença do aluno que estava tendo pouco resultado pedagógico, devido a sua falta de compromisso com os estudos, disse a seguinte frase: Você pode até passar, mas para isso,  você vai ter que nascer de novo”. Lembrei-me da conversa de Jesus com Nicodemos: “É necessário nascer de novo” - João 3.3-7. Nascer de novo é começar do zero. Abandonar  tudo o que aprendemos,  tudo o que praticamos, a nossa cultura mundana, enfim, largar tudo o que Deus não aprova e viver segundo os moldes da Palavra de Deus.

Resumindo: A Bíblia é o guia infalível da vida do cristão, logo, todas as nossas decisões e todo o nosso pensamento deve ser "medido" por esse Livro. A Bíblia é a "vara de medir" do cristão. No Sl 119.9, o salmista faz uma reflexão e ele mesmo a responde: "Como purificará o jovem o seu caminho?" - e a resposta é - "observando-o de acordo com a tua Palavra". Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, deve ser examinado se está de acordo com a Bíblia. Ela deve ser examinada diariamente, pois precisamos guardá-la em nosso coração para não pecarmos contra o nosso Senhor (Sl 119.11)

Que Deus te abençoe continuamente.

No amor de Cristo,

Leila Castanha

15/04/2024


BIBLIOGRAFIA:

A graça é feita de elementos concretos, Caio Fábio

Enciclópedia Estudos de teologia(Volume I). Editora Semeie

O DISCÍPULO - JUAN CARLOS ORTIZ

Livros apócrifos: por que evangélicos rejeitam parte da Bíblia de católicos (uol.com.br)

 

 

segunda-feira, 8 de abril de 2024

CRISTO, O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA

 

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TEXTO BÍBLICO: Jo 1:43-45

     Desde Gênesis até Apocalipse, a Bíblia apresenta Jesus, na verdade, o objetivo central da Bíblia é revelar Cristo, pois o plano divino sempre foi restaurar a comunhão do homem com Deus, e isso só é possível através de Cristo, visto que esse era o plano de resgate do homem desde antes da própria queda. (leia 1 Pe 1.18-20; Ef 1.4). Em Gênesis 3.15, o plano da salvação por intermédio de Cristo já havia sido revelado, e o apóstolo Paulo confirma o comprimento dessa profecia em Gl 4.4. No texto bíblico acima citado (Jo 1.43-45) observamos que Filipe, ao anunciar a Natanael que havia encontrado Jesus, que era o Messias prometido, ele diz que havia achado "aquele sobre quem Moisés e os profetas escreveram", ou seja, com essas palavras Filipe se referiu a todo o Antigo Testamento, do Pentateuco aos livros dos profetas (Pentateuco são os 5 primeiros livros da Bíblia, escritos por Moisés: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio). Em Jo 5:46, o próprio Jesus cita o Pentateuco, mostrando aos seus ouvintes que tudo o que as Escrituras falavam o fim era.

Observação: Ao dizer que Jesus é referido do Gênesis ao Apocalipse, isto é, do início ao final da Bíblia, não significa que a Bíblia está em ordem cronológica: não pensemos que gênesis foi escrito primeiro, depois foi êxodo, etc. Na verdade, a Bíblia foi organizada por assunto, não por data, assim temos os livros do Antigo Testamento agrupados na seguinte ordem: Pentateuco (5 livros de Moisés), história, livros poéticos e os profetas (maiores e menores). Essa designação de "maiores" e "menores" se refere ao tamanho do livro, por exemplo: Isaias faz parte dos profetas maiores, porque seu livro é extenso (66 capítulos), em comparação com Obadias, que faz parte dos profetas menores, porque seu livro é menor do que outros (só tem 1 capítulo). No Novo Testamento acontece a mesma coisa, são organizados por assunto: primeiro vem os Evangelhos (livros que contam desde o nascimento de Jesus até sua volta ao céu), depois vem as epístolas paulinas (as cartas do apóstolo Paulo, a maioria é endereçadas a determinadas igrejas), em seguida as epístolas gerais (cartas de vários autores enviadas para todo o povo de Deus, não tem um destinatário específico), e, por fim, vem o livro da revelação (apocalipse). 

     A encarnação de Jesus foi um episódio muito profundo, embora devido à distância do tempo pareça algo tão simples: quando Cristo aceitou nascer como um ser humano, como qualquer pessoa humana, isso exigiu dele uma humildade extrema, o apóstolo Paulo diz que ele se "esvaziou a si mesmo", isto é, ele trocou tudo o que ele era (poderoso, imortal, glorioso etc.) pelo nada que são os seres humanos (fracos, limitado, sentimentos instáveis, etc.). Entenda isso: Jesus era o próprio Deus se despindo de todo o seu poder  e autossuficiência e se entregando, sem qualquer defesa, nas mãos de suas próprias criaturas (leia Fp 2.7). 

     Phillip Yancey, em seu livro "Decepcionado com Deus", ao tratar do grande sacrifício que Jesus realizou ao se encarnar (tornar-se carne, humano), relata que outro autor, C. S. Lewis, comparou a encarnação de Cristo à transformação de um humano em uma lesma (tão baixo ele desceu para se fazer um de nós). Já o próprio Yancey pondera que ao assumir a forma humana, Cristo precisou vir ao mundo como um bebê recém-nascido, totalmente dependente, frágil e sem controle de si mesmo. Era Deus nas mãos dos homens (inimaginável isso, não é?). E, ainda mais inimaginável é o pouco valor que damos a esse tremendo ato de amor, de um Deus que, desde o princípio, fez questão de suas criaturas.

     Phillip Yancey ainda pontua que a encarnação de Cristo deu a ele e a nós, seres humanos, a oportunidade de manter um relacionamento próximo e direto com a divindade, coisa que, antes desse acontecimento não era possível devido à glória de Deus , que impossibilitava qualquer contato do divino com o humano (veja como o povo sentia medo da glória de Deus: Ex. 20. 18, 19; o próprio Moisés  sentiu medo - Ex 3. 6). O autor observa que quando um ser divino se manifestava ao homem (fosse anjo ou o próprio Deus), ao invés, de saudar a pessoa com um "bom dia", "boa tarde", "shalom", ou qualquer saudação da época e do lugar, ele já chegava dizendo: "Não tenha medo". Daniel, quando recebeu a visita de Gabriel,  anjo mensageiro de Deus, ficou tão apavorado que suas pernas ficaram tremendo; ele narra que seus joelhos batiam um no outro, e olha que o anjo já chegou dizendo para ele não ter medo (leia Dn 8. 18; Dn 10. 9-12).

Observação: *Cristofania é um termo técnico da teologia cristã utilizado para designar as aparições de Cristo pé-encarnado ocorridas no Antigo Testamento). 

Observação 2: Ao ser encarnado, Jesus recebeu esse nome porque significa Salvador, para se referir a sua missão no mundo. 

     Quando dizemos que Jesus é o tema central da Bíblia, isso significa que ele não somente foi profetizado e referido desde o Antigo Testamento, mas ele apareceu em toda a história. A Bíblia apresenta uma trindade (três pessoas que vivem em unidade, isto é, não vivem em prol de si mesmas e de seus poderes, mas são intrinsicamente ligados, são eles: o Pai, o Filho - Jesus - e o Espírito Santo). Embora a palavra trindade não se encontre na Bíblia, a distinção entre eles é notória (leia Mt 3.16,17;   Mt 28. 19). Na criação, a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) agiram juntos, observe que o verbo está no plural "façamos", isto significa que havia mais de um ser fazendo o homem, além disso, na língua original em que essa passagem foi escrita, o hebraico, onde lemos Deus, está Elohim, esse termo se refere ao plural. Se fosse só uma pessoa seria Elohá, que é a forma singular de Deus (Leia Gn 1. 26). O mesmo aconteceu na confusão das línguas, na torre de Babel (Gn 11.7).

     Jesus estava com Deus (o Pai) antes que o mundo existisse (Jo 11.7). No texto a seguir, além de mostrar que Jesus já habitava com Deus, antes de tudo, e foi ele que fez tudo, e que tudo é para ele, João evidencia que, apesar de Cristo ter nascido ser seis meses depois dele (ou seja, como humano, Jesus era  mais novo do que João). pois Maria ficou grávida quando Isabel já estava de seis meses, mas, para evidencia que antes de ser encarnado Jesus já existia, por isso ao falar sobre Cristo revelou que João, na verdade, Jesus veio antes dele, visto que ele era eterno  (Lc 1.36Jo 1.1,2,3,18,26,27). 

JESUS APARECEU EM VÁRIOS MOMENTOS NO ANTIGO TESTAMENTO

     Jesus havia aparecido para algumas pessoas no Antigo Testamento. Há duas nomenclaturas que aparecem no Antigo Testamento que se refere a Jesus, além de outras: Eu Sou  e O anjo do Senhor. Além dessas, podemos identificá-los por atributos próprios dele, ou seja, de acordo com o que as profecias falam sobre ele.  O próprio Jesus havia dito que "antes de Abraão Eu Sou" (Jo 8.58). Observamos que ele se apresenta da mesma maneira em alguns episódios no Antigo Testamento, como, por exemplo, quando Moisés pergunta como dirá a Faraó quem o enviou, o Senhor lhe disse para dizê-lo "Eu Sou me enviou a vocês"- Ex. 3.14. Ele também afirmou que quando o crucificassem "vocês descobrirão que EU SOU" (Jo 8.28).

     O Anjo do Senhor também é outro nome dado a Jesus - Atenção: para se referir a Cristo, o artigo deverá ser definido (o), quando aparece como um anjo do Senhor - artigo indefinido (um) - se refere a anjos, de fato. Outra evidência também é que um anjo comum (serafins, arcanjos, etc.) não podem receber adoração, somente Deus pode.  Veja o que Jesus respondeu ao diabo (um anjo caído) quando ele sugeriu que Jesus o adorasse (leia Mt 4.10). No entanto, quando lhe adoravam, ele não repreendia, mas aceitava a adoração, visto que ele é Deus - (leia Mt 8.1-3Jo 9.38; Mc 2.7). Quando João recebeu a revelação descrita no livro de Apocalipse, ele ajoelhou-se para adorar o anjo que lhe revelara aquelas coisas, mas o ser angelical o repreendeu (leia Ap 22. 8,9). Todavia, Jesus aceitou adoração de todos e aA Bíblia revela que ele é Deus, por isso pode ser adorado (leia Is 9.6 "Deus Forte"; João 1.1- "o verbo era Deus"; Hb 1.8 - "ó Deus"). 

     Algumas aparições de Jesus no Antigo Testamento: Leia - Jz 13.18  (conversou com o pai de Sansão - "Maravilhoso" é um termo messiânico - Is 9,6). Socorreu Agar e seu filho Ismael no deserto (Gn 16. 7,14 ). Impediu Abraão de matar Isaque (Gn 22.11,12). Encontrou-se com Jacó, primeiro em sonho (Gn 28. 11-19), depois apareceu a ele, revelando que era ele quem lhe fez promessas em Betel  (Gn 31. 11-13). Apareceu a Moisés na sarça ardente - sarça ardente significa, mato que pegava fogo, mas não ficava queimado - (Ex 3. 1-6). Apareceu a Josué - apresentou-se como "príncipe do exército do Senhor", isto é, o comandante do exército celestial - no entanto, não era um anjo qualquer porque aceitou ser adorado por Josué, além de que a mensagem que deu a ele foi a mesma que deu a Moisés (leia Jz 2.1-5). Apareceu a Gideão para animá-lo (Jz 6. 11-14). Há mais textos velho testamentários que mostram Jesus agindo no Antigo Testamento, mas ficaremos por aqui a fim de não estendermos mais o texto.

     Que o Espírito Santo nos faça enxergar os mistérios revelados sobre a encarnação de Cristo para valorizar esse grande sacrifício do Filho de Deus, que por amor a nós desceu ao mais baixo estado, de criador a forma e vida de criatura, e ainda foi rejeitado pelos seres que criou, por fim ainda morreu uma morte vergonhosa, visto que a cruz era castigo para os piores criminosos. Oro para que o Santo Espírito nos faça reconhecer o amor de Deus em Cristo e seu sacrifício a fim de reconciliar consigo o mundo.

     Jesus sempre esteve presente na história humana com aqueles que serviam a Deus de coração, e antes de voltar ao céu ele deixou duas promessas que se resume em uma: "Vou, mas enviarei outro Consolador, o Espírito Santo para estar convosco" e "Estarei convosco todos os dias". Por meio do seu Espírito, que habita em nós e trabalha nos lembrando tudo o que Jesus ensinou, o próprio Cristo está presente conosco. 

Que lindo mistério é a Trindade: Jesus veio falar o que o Pai mandou e o Espírito Santo vem lembrar a igreja tudo o que Jesus ensinou da parte do Pai. Que união e harmonia! Que aprendamos a sermos um assim como eles são um (Jo 17. 20, 21) .

Que o amor de Deus em Cristo Jesus, arda em nossos corações

No amor de Cristo,

Leila Castanha

07/09/2024


BIBLIOGRAFIA

Bíblia Sagrada, NVI

Decepcionado com Deus - Phillip Yancey

Revista Maturidade Cristã,, lição 4 - 1991, 2º trimestre - CPAD

*Cristofania – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)